sexta-feira, 30 de março de 2007

marca registada

Ai, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii…………………

[isto foi um longo e enorme suspiro, daqueles que só se suspiram mesmo por uma boa causa]

Deveserdaprimaveraouentãoporqueésextafeira.ouentãoéportudoenãoépornada.

quinta-feira, 29 de março de 2007

Quando?

Quando é que eu aprendo a não me iludir?
Quando é que eu aprendo a não esperar que as pessoas (re)ajam tal como eu (re)agiria se estivesse na sua pele?
Quando é que eu aprendo a esperar menos, em lugar de esperar sempre mais?
Quando é que eu, de uma vez por todas, aprendo?

Bela banda sonora, a acompanhar este post, no VH1…

"Strumming my pain with his fingers,
Singing my life with his words,
Killing me softly with his song,
Killing me softly with his song,
Telling my whole life with his words,
Killing me softly with his song ...

I heard he sang a good song, I heard he had a style.
And so I came to see him to listen for a while.
And there he was this young boy, a stranger to my eyes.

Strumming my pain with his fingers,
Singing my life with his words,
Killing me softly with his song,
Killing me softly with his song,
Telling my whole life with his words,
Killing me softly with his song ...

I felt all flushed with fever, embarrassed by the crowd,
I felt he found my letters and read each one out loud.
I prayed that he would finish but he just kept right on ...

Strumming my pain with his fingers,
Singing my life with his words,
Killing me softly with his song,
Killing me softly with his song,
Telling my whole life with his words,
Killing me softly with his song ...

He sang as if he knew me in all my dark despair.
And then he looked right through me as if I wasn't there.
But he just came to singing, singing clear and strong.

Strumming my pain with his fingers,
Singing my life with his words,
Killing me softly with his song,
Killing me softly with his song,
Telling my whole life with his words,
Killing me softly with his song ...

He was strumming, oh, he was singing my song.
Killing me softly with his song,
Killing me softly with his song,
Telling my whole life with his words,
Killing me softly with his song ...
With his song ..."

Fugees, Killing me softly

terça-feira, 27 de março de 2007

Dia do Pai

É provável que já tenha escrito aqui que os gelados da Olá são, na minha opinião, mesmo muito bons.
Como se isso não bastasse, as campanhas publicitárias dos últimos anos têm rivalizado em qualidade com o produto, o que só faz com que a Olá some ainda mais pontos.
E depois há esta coisa das edições especiais e limitadas, particularmente no que se refere aos Magnum [hiamy,hiamy]. Isto de fazer uma ‘edição limitada’ dum gelado confere um certo requinte a um produto espetado num pauzinho de madeira e vendido em quiosques, na praia e nas estações de comboio…
Lembro-me daquela edição dos sete pecados, foi no Verão, há três ou quatro anos. Estivemos no Algarve duas semanas seguidas e todas as noites experimentávamos um diferente, até os termos provado todos e termos começado a comer só aqueles de que tínhamos gostado mais.
Escusado será dizer que no regresso a casa fui forçada a dar início a uma severa dieta, na tentativa de me livrar dos ‘magnum’ acumulados nas coxas.
Este ano há Magnum novos. Java, Colômbia e Equador, sendo que o meu coração pende para este último. Senão vejamos:
“As plantações luxuriantes das árvores Forasteros produzem um cacau raro, aromático e não amargo. Esta árvore apenas cresce neste solo, que atribui ao cacau, estranhamente, um sabor único de flores de frutos e ervas secas, similar a uma infusão. O chocolate que resulta deste cacau pode ser descrito como suave, único e com um apontamento de sabor a frutos vermelhos”.
Não, desculpem…
Repare-se na referência à ‘luxúria’, um dos pecados do passado, e ao sabor a frutos vermelhos…
Palpita-me que isto é muito bom. Uma versão sofisticada de um gelado, assim uma coisa tipo saquinhos de chá em forma de pirâmide, azeite com ervas, açúcar em cubos ou vinagre balsâmico…
Depois há o spot que passa na televisão, muito bom MESMO.
Já que falo nisso, lembrei-me agora, outro anúncio de televisão de que gosto muito é o do Azeite Gallo, aquele do “tirem-me tudo mas não me tirem o gosto”.
E os da Super Bock sem álcool [parece que há uma com sabor a pêssego… ainda não provei mas também ando curiosa… bolas, eu devo ser a pessoa mais influenciável do planeta…], protagonizados pelo Bruno Nogueira, “vamos ao perfeito? Vamos. Onde é que é? É aqui.”.
Ah, e os do atum Bom Petisco. Não, esses são de mais. Aqueles do “o que eu comia agora…”. Lindo. Particularmente o da banheira e o ar com que o senhor diz “bem bom…”, como que a justificar-se, do género, “o que foi, não é bom, não?”. Genial.
Pronto, passado o intervalo comercial, regressemos ao que me move mesmo.
E que era… ah, sim, Magnum. Já se comia um geladinho…

PS - O Pai faz anos hoje, é dia de Parabéns. ;) E eu, por acréscimo, 30, de baptismo. Na Igreja de Alverca. Ah, pois é, tenho um passado obscuro... :)

segunda-feira, 26 de março de 2007

Thank God it's... monday...

Difícil, acreditar que está a começar mais uma semana quando a anterior me engoliu de repente.
Ainda ontem foi segunda. Ainda ontem foi sexta. Ainda hoje é segunda.
A passada, passei-a embrenhada no trabalho que a cada dia, a cada semana, a cada mês, me dá mais gozo.
Se tudo correr bem e desta vez as máquinas não decidirem encravar, lá para o final desta semana já cá o tenho, o menino, nos braços.
Segunda, terça, quarta e quinta-feira, dias colados ao(s) teclado(s) e ao(s) monitor(es), totalmente absorvida pela coisa que mais prazer me dá fazer, logo a seguir à escrita e à edição dos textos: a produção, a maquetagem, o corta-e-cola de antigamente, transformado agora em cut-and-paste.
O d., que faz estas maratonas de braço dado comigo, o dono do outro par de mãos que faz este trabalho, chegou a arranjar-me um cantinho lá no atelier, entre a secretária dele e a do c., para que pudesse aproveitar o tempo enquanto ele faz coisas nas quais não meto o bedelho e ir escrevendo mais um textinho, que é mesmo o que falta para fechar mais uma página.
Trabalhar com pessoas que acabam por tornar-se nossas amigas é uma sorte.
Mais do que uma sorte, é uma felicidade.
Não sei se o mérito é meu, mas tenho deixado amigo(a)s nos sítios onde tenho trabalhado. O que é bom.
Tenho feitos amigos, aqui. Duas amigas, em particular, muito queridas. Mais uma boa meia dúzia de óptimas pessoas das quais gosto muito. Mais um grupo alargado de colegas capaz de transformar o mais cansativo e enfadonho dos dias numa festa.
Uma das noites da semana foi passada em frente ao computador, em casa, a escrever textos que tinham mesmo de o ser. Até à uma da manhã, algo que, quem me conhece sabe, exige de mim um esforço sobre-humano.
Dormi bem, mas pouco, fartei-me de trabalhar no dia seguinte, em que tinha agendado um ‘serviço’ de agenda na rua.
Uma correria, na tentativa de chegar a tempo, chegámos, e bem, a horas, porque, já sabemos, toda a gente se atrasa sempre nestas coisas.
Fim de tarde, esplanada em cima do rio, o pôr-do-sol mais bonito que é possível, uns acepipes ‘daqui’, um copo de vinho de Carcavelos e um grupo de colegas 5*. Sim, estou a falar de trabalho…
Melhor? Impossível.
Naquele momento, o meu emprego pareceu-me o melhor do Mundo.
A sério. E disse-o. Disse-o várias vezes, até que houve quem arriscasse o palpite de que talvez já tivesse bebido um bocadinho de vinho a mais.
Tentaram tirar-me o copo da mão.
Mas não, a verdade é que dou mesmo valor a momentos assim e aqueles valeram pela semana intensa de trabalho, que ainda nem sequer tinha chegado ao fim.
O vinho produziu efeito, sim, mas mais tarde, quando embalada pelo movimento do carro, a caminho de casa.
Esforcei-me para manter os olhos abertos. Claro que tanta dedicação à causa redunda, geralmente, numa muito escassa vontade de cozinhar – esta já de si é pouca – pelo que naquela noite houve pizza…
Eu sei que há pratos facílimos de fazer e que só é preciso ter um bocadinho de imaginação mas a minha esgoto-a na escrita e depois faz-me falta frente ao fogão, OK?
Não é que eu cozinhe mal, não é bem isso, a questão é que não consigo dar conta de todos os recados, tipo expoente máximo daquela amiga do Marco Paulo que era uma lady na mesa e uma louca na cama… J
Tinha pensado substituir, este fim-de-semana, as plantas moribundas da minha varanda por umas novas e cheias de flores, mas a Mãe sugeriu que esperássemos mais uma semana, porque o tempo ainda está a fazer caretas e a Primavera parece que ainda não decidiu instalar-se definitivamente.
De maneiras que a ida ao viveiro ficou adiada para a semana que vem e em vez disso fomos passear e fazer um bocado de ‘window shopping’, que é uma coisa que gostamos muito de fazer juntas.
Aproveitámos para tratar dos presentes de aniversário do Pai, que faz anos amanhã.
Passei a tarde de sábado no cabeleireiro, algo que é sempre revigorante.
E o domingo a não fazer nada [excepto pôr roupa a lavar / estender roupa / arrumar a casa / fazer jantar para quatro / ver o resumo dos ‘Perdidos’ e o primeiro episódio da nova série com o Rodrigo Santoro e ainda o ‘Eixo do Mal’ e a final dos ‘Grandes Portugueses’, sim, o Salazar foi votado como o maior português de todos os tempos], o que também pode ser muito estimulante.
Entretanto mudou a hora. Quando acordei hoje estava mais frio e mais escuro do que é costume, mas isto passa, só custam os primeiros dias.
Em compensação, está quase na hora de ir para a casa e lá fora o Sol brilha… Iupi, é segunda-feira…

quarta-feira, 21 de março de 2007

O belo do equinócio foi hoje

Só para assinalar que estou bem de saúde, a família também, graças a Deus e felizmente, e que estou atolada em trabalho até à pontinha dos cabelos.
Não podia, no entanto, deixar passar em claro o facto de ter começado a Primavera, iupi, iupi.
Também não queria deixar de manifestar a minh'enorm'alegria pela mudança da hora que, segundo me disseram, ocorre já este fim-de-semana, pelo que os dias começam a ficar granjolas e isso é sem dúvida muito fixe.
Está um frio de rachar (eu sei porque acabei de vir da varanda, onde estive a estender roupa...), mas amanhã vamos ter solinho outra vez (também sei disto porque acabei de vir da varanda e o céu está todo estreladinho...) e, se tudo correr bem, hei-de conseguir almoçar numa esplanada.
Estou com pressa porque trouxe trabalho para casa mas estou mesmo bem disposta.
Para dar um ar um bocado mais científico e sério a este post, aqui vai:
«A palavra equinócio vem do Latim e significa "noites iguais". Os equinócios acontecem em Março e Setembro, as duas ocasiões em que o dia e a noite tem duração igual. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol é o instante em que metade do corpo solar está acima (ou metade abaixo) do horizonte, e o pôr do Sol o instante em que o corpo solar encontra-se metade abaixo (ou metade acima) do horizonte. Com esta definição o dia durante os equinócios tem 12 horas de duração».
Ora toma.
E graças ao equinócio, já estamos na Primavera... :)

quarta-feira, 14 de março de 2007

J.T. - Parte 532

Excluindo o tempo que tenho passado a dormir, nestes últimos dias os "meus" momentos têm-se resumido ao interior da minha viatura, onde passo, diga-se, bem mais tempo do que desejava... será possível que toda a gente saia de Cascais em direcção a Oeiras e a Lisboa ao mesmo tempo que eu?!?...
Whatever. Dentro do meu carro continuo a consumir freneticamente:
a) antena 3
b) Justin Timberlake

A minha mais recente descoberta [sim, estou a descobrir o álbum dos bocadinhos] foi uma música que dá pelo nome título de "Lovestoned / I Think She Knows Interlude".
Muito bom... este jovem faz-se...

She's freaky and she knows it
She's freaky and I like it
Listen

She grabs the yellow bottle
She likes the way it hits her lips
She gets to the bottom
It sends her on a trip so right
She might be goin' home with me tonight

She looks like a model
Except she's got a little more ass
Don't even bother
Unless you've got that thing she likes
I hope she's goin' home with me tonight

Those flashing lights come from everywhere
The way they hit her
I just stop and stare
She's got me love stoned
Man I swear she's bad and she knows
I think that she knows

She's freaky and she knows it
She's freaky, but I like it

She shuts the room down
The way she walks and causes a fuss
The baddest in town
She's flawless like some uncut ice
I hope she's goin' home with me tonight

And all she wants is to dance
That's why you'll find her on the floor
But you don't have a chance
Unless you move the way that she likes
That's why she's goin' home with me tonight

Those flashing lights come from everywhere
The way they hit her I just stop and stare
She's got me love stoned
Man I swear she's bad and she knows
I think that she knows

Those flashing lights seem to cause a glare
The way they hit her I just stop and stare
She's got me love stoned from everywhere
She's bad and she knows
I think that she knows

Now danceLittle girl
You're freaky, but I like it
Hot damn!
Let me put my funk on this one time

sexta-feira, 9 de março de 2007

Já cheira...

... a Primavera... eheh! :)

quinta-feira, 8 de março de 2007

Fidalgo

Confesso... hoje estou um bocadinho dispersa... Tenho desculpa, parece-me. Quais são as probabilidades de se conjugarem todos os factores que passo a enunciar:
a) sol firme e céu azul
b) ser dia internacional da mulher
c) faltarem duas semanas para o começo da primavera
d) ser quinta-feira, logo, amanhã ser sexta
e) gozarmos todos de boa saúdinha, felizmente
Tudo isto num mesmo dia. É bom.
A quinta-feira traz consigo duas boas revistas, a Visão e a Sábado.
Destaco, da Visão desta semana, a crónica do António Lobo Antunes, maravilhosamente bem escrita (gosto desta expressão. Duvido que seja português correcto, mas enfim, hoje tenho desculpa...).
Não sei se foi de propósito, mas esta semana escreve na primeira pessoa mas na pele de uma mulher. É, na minha interpretação, sobre a forma como os nossos critérios, as nossas exigências e mesmo os nossos padrões (de beleza, por exemplo), se vão alterando, ao longo dos anos ou conforme as circunstâncias.
No que aos homens diz respeito, por exemplo. Naturalmente, aos 15 o aspecto é quase tudo o que conta. Com ligeiras oscilações, porque de vez em quando me encantava por alguém diferente, durante a adolescência, quanto mais bronzeado, mais louro e mais areia nos pés, melhor. Namorar (ou mesmo 'curtir'...) com um surfista estava assim no topo das aspirações, no que ao campo "amoroso" dizia respeito.
Lá pelos 18, os padrões alteraram-se. O look betinho passou a fazer muito mais sucesso. Bem, se fosse surfista e com look betinho, melhor ainda. Desde que não faltassem as camisas aos quadrados, as levi's e os sapatos vela (variações admitidas - vestuário surfístico, mas tudo muito aprumadinho, de preferência já sem areia nos pés).
Agora que penso nisso, acho que este padrão se manteve sem grande mudanças durante muitos anos.
Os meus namorados (e foram só 2, 4 anos para cada 1...) obedeciam a este critério. É natural. Os homens da minha vida corresponderam às minhas necessidades/aspirações do momento.
Numa fase da minha vida em que me apetecia sair à noite e divertir-me, tive um namorado que me acompanhava. Quando ele se cansou das borgas e começou a sufocar-me com os ciúmes, impedindo-me de fazer o que quer que ele não quizesse fazer, separámo-nos.
Como precisava de respirar, tive depois um namorado que deixava tudo nas minhas mãos. Uma espécie de relação dominador/dominado, sendo que eu era a dominadora e ele o dominado.
Respirei tanto que em vez de falta de ar passei a sentir ar a mais.
Foi então que conheci a pessoa que correspondia aos meus anseios do momento. Alguém com quem podia trocar de papéis, dominador/dominado, consoante as circunstâncias. Alguém que me transmitia segurança e me fazia sentir que não teria de ser sempre eu a decidir e a tomar as rédeas de tudo, em todas as circuntâncias.
Quanto aos padrões de beleza, há coisas que com os anos passam a contar mais. Claro que os homens por quem me apaixonei foram sempre bonitos, pelo menos para mim.
E não há um, unzinho sequer, em relação ao qual eu hoje diga "ai meu Deus, como é que eu fui capaz?". Não, nenhum.
Claro que aquilo que um homem deita pela boca fora (ou aquilo que escreve) passa a ter muito mais importância à medida que os anos passam.
Mesmo assim, os meus instintos não me têm enganado e, regra geral, os meus relacionamentos, mesmo os mais longos, partiram de uma atracção à primeira vista. Num dos casos, fui reincidente. A primeira vista repetiu-se duas vezes, depois de uns anos em que andámos desencontrados. E foi bom das duas vezes.
Curiosamente, apesar de ter achado o meu marido um homem extremamente interessante desde a primeira vez que o vi, não simpatizei inicialmente com ele.
Acho que o primeiro homem que me conquistou após muito tempo de convivência foi um colega de faculdade. Não houve faísca, confesso. Foi com o tempo, com o conhecimento, depois e horas e horas de conversas, com as cartas, julgo que as únicas que podem ser verdadeiramente consideradas cartas de amor que alguém alguma vez me escreveu, enviadas pelo correio, à moda antiga mesmo, que me vi completamente envolvida. Com alguém com quem nunca cheguei realmente a envolver-me. As pessoas certas, na altura errada. Lá está.
Bem, considerações dispersas à parte, somethings never change. Não para mim, pelo menos.
E hoje, porque é dia da mulher, permito-me a referência a um homem que, acredito, ter-me-ia interessado aos 15, aos 20, aos 25...
Fidalgo, José Fidalgo. E a nova campanha da Throttleman. BRUTAL!!! LOL

quarta-feira, 7 de março de 2007

Mulheraças!

1 - Já disse que adoro a música nova dos Blasted Mechanism, "All the way"?... ainda não tinha dito, mas digo agora. É muito boa. Um dos elementos dos Blasted andou na minha turma, no liceu. Claro que ele já não se deve lembrar de mim, porque eu não sou famosa... :) mas eu lembro-me. E era 5*.
2 - Amanhã, 8 de Março, celebra-se o Dia Internacional da Mulher. Como gosto de jogadas de antecipação, deixo já aqui o meu manifesto de admiração pelas 'minhas' mulheres...

Mulheraças!

Começo com um statement. E não quero que soe a pretensão. Simplesmente, faço questão de, para início de conversa, deixar claro que não pretendo fazer deste artigo uma glorificação a uma entidade a que, com graça, um amigo meu apelida de “Nossa Senhora dos Lugares Comuns”.
Faço-o porque escreverei sobre mulheres e porque não é minha intenção repetir, à exaustão, todos esses lugares comuns que por estes dias, certamente, correrão de boca em boca.
Para evitá-lo, socorro-me de uma amostra de mulheres. As que conheço, as que me estão mais próximas, as que posso denominar de “minhas” mulheres.
Falo… da minha Avó, naturalmente, da minha Mãe, das minhas queridas amigas, das minhas colegas. Julgo que será mais que suficiente. Mas vejamos.
Casadas ou nem tanto, com ou sem filhos, todas elas – excluo a minha Avó, que se ocupa sobretudo da jardinagem – estão empregadas. Digo, trabalham. Fora de casa, bem entendido. Enfim, são pagas para desempenhar uma determinada função, fazem-no, cumprem horários e regras, respondem perante um superior.
Observo-as, espreitando para dentro dos tubos de ensaio onde acabei de as colocar.
Em todas elas reconheço ambição. Vontade de “vencer na vida” (os lugares comuns perseguem-me…). Desejo de realização profissional. Não as percebo conformadas, antes lutadoras. Não imagino que alguma delas esteja disposta a abdicar daquilo a que chamam “carreira”.
Mais ou menos adaptadas às funções de desempenham, esforçam-se, procuram dar de si o melhor, congratulam-se com os elogios e os sucessos alcançados. São profissionais, de mão cheia!
As suas existências não se esgotam, contudo, e felizmente, no empenho que colocam no cumprimento das suas obrigações laborais.
Findo o dia de trabalho, acalentam uma outra vida. A doméstica, se é que me faço entender. E é neste campo que a minha amostra se revela verdadeiramente polivalente.
Da imensa lista que tarefas que abraçam diariamente com renovada… alegria… posso destacar o carinho que dedicam aos Homens da sua vida. Falo dos Homens, pela primeira vez, mas não pela última, garanto.
Falava eu do carinho. Que não se esgota nos Homens. Distribui-se pelas mães, pelos pais, pelos filhos, pelas irmãs, pelos irmãos, pelos sobrinhos, pelas sobrinhas, pelas cunhadas e cunhados, pelos sogros e sogras, enfim… distribui-se, em doses ENORMES.
Mas há mais. E é aqui que as coisas começam a complicar-se.
O abastecer do frigorífico e da despensa, as refeições, religiosamente, a tempo e horas, a roupa, lavada, engomada, pendurada, a casa, arejada, aspirada, bem decorada, o pó, que não está lá, onde devia, em cima dos móveis, os cães e os gatos, alimentados, vacinados e escovados, as crianças, trabalhos de casa feitos, banho tomado, pijama vestido, jantar na mesa, não, jantar ao lume, mexe, tapa e destapa as panelas, num virote, e o telefone que toca, é preciso atender, e agora um que espirra, outro que tosse, é uma virose, as reuniões, na escola, e as notas, que sobem e descem, e aquele livro para ler, aquele filme para ver, aquele disco que queria comprar… e ter tempo para ouvir.
Detenho-me a mirá-las, novamente… e não é que as admiro! Mesmo!
Cabelo alinhado, maquilhagem, manicura, a roupa e os sapatos da moda, impecáveis, não caminham, flutuam, sobre o sentido do dever cumprido. E no rosto, o sorriso, o sorriso franco e aberto de quem, afinal, não carrega assim grande peso nas costas. Ou será que carrega?
Estará viciada, esta minha amostra? Não creio. Esforço-me por ser bastante imparcial na análise e concluo que não são mulheres. São MULHERAÇAS estas de quem falo.
E são “minhas”, já o disse. Inspiram-me, diariamente, com o seu exemplo. De força, de coragem, de amor, de amizade, de abnegação, de fé, de delicadeza na resolução dos problemas e dos conflitos, de determinação, de garra, de obstinação.
Retorno aos Homens, conforme prometido. Para lhes render uma homenagem, desta vez. Estes homens, em particular, que partilham a vida com as mulheres de quem falo, escolheram-nas. E tiveram olho! Conhecem-nas, bem, e ao seu lado lunar. E amam-nas!
Lugares comuns à parte, que o Dia da Mulher seja vivido da melhor forma possível. Lá para as minhas bandas instituímos, há uns anos, um encontro de amigas para celebrar o 8 de Março.
Se servir de pretexto para nos reunirmos, à volta de uma mesa, a ingerir calorias, despreocupadas, e a discutir trivialidades, comemoremo-lo duas vezes por ano! Se a reboque nos der para nos mimarmos com uma incursão desvairada pelo shopping, uma visita ao cabeleireiro ou uma sessão de massagens, então que seja uma vez por mês! E se para nos fazer ainda mais felizes tivermos à nossa espera um ramo de flores, bilhetes para o teatro e um jantar romântico, então que seja todas as semanas!... exigente, eu? Afinal, também sou mulher…

nota: este texto foi escrito há precisamente um ano e publicado, nessa altura, num jornal local. Estive a relê-lo e por manter tudo o que disse, achei que valia a pena 'imortalizá-lo' nas minhas águas-furtadas.

terça-feira, 6 de março de 2007

Quem é que está farto do Inverno, quem é?...

Faltarão, amanhã, duas semanas para o início da Primavera.
Eu já decretei, interiormente, o final do Inverno e deixei que o espírito primaveril se apoderasse totalmente de mim.
Se tudo isto é verdade, porque é que o tempo insiste em fazer-me caretas?!?... Que enfadonho! :)

quinta-feira, 1 de março de 2007

1.º de Março




É de mim ou o dia 1 de Março marca uma espécie de entrada numa nova Era?... Bom, talvez seja de mim, e dos 'pingos', que hoje me esqueci de tomar... :)
Whatever.
Gosto do dia 1 de Março. Gosto, aliás, de todo o mês de Março. E estou mesmo bem disposta, porque, ao contrário do que parecia às sete da manhã, está sol, tímido, é certo, mas ainda assim sol.
Março é um excelente mês para uma série de coisas boas e a mim enche-me de esperança.
É a Natureza que se renova. É o frio que começa a ir embora. É o verde que começa a ganhar terreno. São as plantas e as flores a recuperar dos rigores do Inverno. São os passarinhos a chilrear. São as janelas de casa abertas e o solinho a entrar. É tempo de plantar. De mudar. De reformar. De redecorar. De arejar. De sair. De 'esplanadar'. De sentir a roupa a pesar menos sobre o corpo. De começar a ganhar cores. De pintar o cabelo de mais escuro e as unhas de mais claro. De matar saudades do branco e do amarelo. De fazer saladas. De deixar a Primavera tomar conta de nós. Gosto.
Durante muito tempo, dizia que havia de casar-me em Março. Pois. Não. Casei em Abril. Ainda assim, Primavera. Num dia que teve de tudo. Sol, calor, neblina, frio e chuva. Muita chuva, quando já estávamos, felizmente, a almoçar nas Furnas do Guincho.
Também costumava dizer que gostava de ser mãe em Março. Já não será neste, isso de certeza.
O Pai faz anos, em Março, no mesmo dia em que fui baptizada (ora bem, ele fazia 25 nesse dia, eu fiz 30, logo, o Pai faz 55 este ano... eh, eh, eh... não deve estar muito contente com a ideia...).
A r. foi mãe em Março. Vai fazer três anos que nasceu a florinha mais amorosa.
Por tudo isto e mais alguma coisa, estou a comemorar a chegada do mês de Março.
Flores, precisam-se!
Van Gogh também gostava delas. Papoilas. Na jarra. Ou não. E borboletas. Este mora lá em casa (em versão poster, que trouxémos de Amesterdão). É lindo e inspira-me todos os dias. Sobretudo hoje. Primeiro de Março.



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