terça-feira, 30 de dezembro de 2008

2009, tás aí?...

A última semana do ano dá conta de mim. Passo doze meses a desejá-la e quando dou por isso, puf, já foi.
No espaço de uma semana, uma mísera semaninha, ele é fazer anos (32 and still going better), ele é Natal (a véspera e o dia), ele é ano novo. Tudo isto resulta em que eu chegue ao dia 30, precisamente o dia de hoje, com a sensação de que me passou um comboio por cima.
Este final de ano trouxe consigo boas surpresas. No sentido humano da coisa. Pessoas boas a entrar na minha vida. Pessoas boas que fizeram questão de me fazer sentir que não estão de passagem, que querem permanecer. Amizades consolidadas, a provar que mulheres podem ser amigas genuinamente, sem o mínimo rasto de invejazinha ou ciuminho. Um consolo para a alma.
Escrevi aqui, quando fiz 30 anos, que tinha a sensação que seria a melhor década da minha vida. Up to now, parece que não me enganei. Os 20's são um estágio para a coisa a sério. Isto aos 30 é que começa a embalar. Tenho bons pressentimentos em relação ao ano que vem. Também tenho um bom feeling em relação a esta passagem de ano. Para começar, já tenho idealizada a roupa que vou vestir na última noite do ano. E é garantido que vou entrar em 2009 - não podia ser de outra forma - ao mais alto nível.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Maravilhosa descoberta do dia

Somos todos, mesmo todos, de carne e osso.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Coisas às quais não consigo ficar indiferente



O Jude Law na campanha para o Dior Homme Sport. Tenho sérias dúvidas de que o Jude Law exista. A sério.
Os bombons mousse da Nestlé. Estes existem. E são uma coisa do outro Mundo. Como diria um amigo meu, "iiispectaculares".

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Músicas para sorrir

Além das pessoas que amo (e do álcool, vá), a música é a única coisa que tem a capacidade de me fazer sorrir, no matter what.
Sorrir, dançar, pular, andar pela casa aos gritos e a agitar os braços no ar. Sim, eu faço isto tudo e tenho a certeza que alguns dos meus vizinhos podem testemunhar a esse respeito. Os que ouvem (tenho a certeza que alguns ouvem, quando estou mesmo muito inspirada) e o que vêem (sou um bocado descuidada com cortinados e persianas).
Arrumar a casa é uma das situações que despoleta mais em mim a vontade de cantar e de dançar. Isto significa que adoro arrumar a casa? Sim, significa isso mesmo. Internem-me, ok. A desorganização dá-me urticária. Gosto de tudo arrumadinho. Sou mesmo gira. No sentido de engraçada. Pronto, no sentido de caricata. ;)
Quando era, digamos, nova, era frequente ser apanhada pelos meus pais a dançar de pano do pó e de aspirador na mão, enquanto arrumava o meu quarto, ao sábado de manhã, ao som de um programa mítico que era transmitido na Rádio Marginal (como é que se chamava... ai caraças, 'tou senil...) e que só passava rock dos anos 80/90. A loucura com aquilo era tal que eu e a r. gravámos o programa em cassetes para ouvir ao longo da semana. E as manhãs de sábado funcionavam como estágio para as noites de sábado, em que ouvíamos precisamente as mesmas músicas, nos bons tempos do Bauhaus e do News.
Isto de dançar sozinha em casa é, portanto, uma coisa que vem de longe. Continuo a fazê-lo tantas vezes quanto possível e dá-me precisamente o mesmo gozo. Quem nunca dançou sozinho em casa que atire a primeira pedra. Ou que se mate, porque a vida é isso mesmo!
Tudo isto para dizer que há, por estes tempos, uma música que não só me faz dançar sozinha como tem a extraordinária capacidade de me pôr in a good mood.
É dum senhor que se chama Anthoney Wright, chama-se 'Reset to zero' e é dançáááável! uhuhuhuhuhu

«I'm smiling across my face,
Like a child, who's been given candy
Walking like a giant,
Every step I take defines me

Ouh... A new life, a new beginning,
Oh! Here's something with some meaning
Because you've got to know that girl
You've stopped me in my tracks now,
Can't you see that

You rewind my life, girl,
Reset my heart, back to zero
It's like all the heartache and pain,
Has been erased from me now

Ooh, you rewind my life, girl,
Reset my heart, back to zero
And I'm ready to start it over again with you now,
You now, you now

First taste of freedom, is like,
A cool drink on a summers day
I was lost now I've found,
My sweet amazing grace

Ooh, a new start, a new beginning,
Ooh At last, something to believe in
I got to tell you girl
There's no turning back, now
Can't you see that you
Rewind my life, girl,
Reset my heart, back to zero
It's like all the, heartache and pain,
Has been erased from me now

Ouh You rewind my life, girl,
Reset my heart, back to zero
And I'm ready to start it,
Over again, with you now,
You now, you now

We've rewound the clock of love,
I like, were we're started from
A new page to write our story on,
Oh because you rewind my life, girl,
Reset my heart, back to zero

Ooh, yes the heartache and pain,
Has been erased, you've taken away from me
Oh you got me, got me
You rewind my life, girl,
Oh baby, you've reset my heart,
Right back to zero
And I'm ready to start it, over again,
You got me, got me, got me»

domingo, 14 de dezembro de 2008

Fazer planos

Fazer planos.
Ninguém escapa, todos fazem, fizeram ou vão fazer planos.
Metódica e organizada por natureza, sou a maior fazedora de planos do planeta.
Os planos corriam-me bem. Até determinado momento, os planos corriam-me mesmo muito bem.
O plano de ser jornalista. É o meu plano mais antigo. Devia ter oito, nove anos, a primeira vez que disse que queria ser jornalista. Muito rapidamente deixou de ter a forma de um sonho para se tornar no objectivo da minha vida. O maior.
Para alcançá-lo, o plano era estudar. Ser a melhor em tudo, porque o plano era entrar para a universidade que, diziam, era a melhor que um aspirante a jornalista podia frequentar.
Cumprido o plano, o plano seguinte seria trabalhar num jornal. O plano era que fosse um jornal grande, onde pudesse, quem sabe, vir a ser grande repórter. Este plano não se cumpriu mas cumpriu-se, ainda assim, o de trabalhar num jornal.
Escrever era mesmo o que eu queria e isso estava a acontecer.
Não estava nos planos, isso não, ganhar um prémio logo no primeiro ano de trabalho. Aconteceu e foi esse prémio que acabou por levar-me ao sítio onde estou hoje. O plano cumpre-se porque é um trabalho que me dá imensa satisfação, onde me permitem fazer o que mais queria: escrever e ser criativa.
Casar não era propriamente um plano. O plano era comprar casa, viver sozinha, auto-proclamar-me independente e auto-suficiente.
Mas os planos, já se sabe...
Casada, não deixei de fazer planos. Nem por sombras. Tirem-me os planos, tiram-me tudo. Não se cumpriram grande parte dos planos, nem os meus, nem os dos outros. O plano de ter filhos, ao segundo ano de casamento, foi um plano fracassado. O plano de fazer uma viagem inesquecível por ano deixou de ser um plano e passou a ser uma fantasia difícil de realizar.
E aqui já eu me questionava sobre esta minha mania de fazer planos.
A verdade é que, ao longo dos últimos dois, três anos, a vida tem-se encarregue de dar a volta aos meus planos como se quisesse brincar comigo. Um jogo onde eu pareço ter muito pouco controlo sobre o que acontece e onde, volta na volta, a vida me deita a língua de fora e diz: «faz lá os teus planinhos agora».
Provavelmente, o que a vida tem de mais maravilhoso é supreender-nos, arrasando com os nossos planos. A mim, eu que gosto tanto de fazer um planinho, isto dá-me cabo da cabeça (e do coração, by the way). Mas enfim, deixar-me-ei surpreender pela vida e pelos planos que, ela sim, parece ter feito para mim.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Tenho este problema...

... que consiste em oscilar entre momentos em que me sinto muito esperta e outros em que me sinto muito estúpida.
E é isto.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Sorrir

Da crónica de António Lobo Antunes na 'Visão' de hoje: «Apetece-me que me sorriam mas não há aqui ninguém senão eu. Portanto sorrio-me a mim mesmo».

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Mítico. Histórico.

Ora bem. O que é que sucede quando um grupo de pessoas que se conheceram à hora de almoço se sentam à mesma mesa, para um jantar muitíssimo regado com tinto alentejano e finalizado com licor de poejo?
A resposta é: acontece magia.
Fomos para Évora para participar num encontro relacionado com trabalho e viemos de lá com uma barrigada de riso e de histórias para contar. Tanta gente boa. Ao mais alto nível.
Depois de uma bebedeira assim 'grupal', ficamos com a sensação que nos conhecemos há muito tempo. Passámos dois dias juntos e tenho a certeza que o elo ficará para sempre. Inesquecível. Ficam, para a posteridade, as imensas expressões repetidas ao longo da noite/madrugada ('já fizemos um brinde?', 'agarras isso?', 'viva o NECA', 'olhem!'...) e apetece mesmo dizer, como diz a minha amiga a., foi mítico, foi histórico. ;)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Strangelove

Por uma daquelas razões que me levam a fazer coisas estranhas na vida, dei por mim a arranjar maneira de acrescentar Depeche Mode à lista de intérpretes presentes no meu ipod.
E foi à conta desta tomada de posição, muito inteligente, diga-se, que tive oportunidade de recordar esta música, que eu em tempos ADOREI.
Os próximos convidados do meu ipod serão os Duran Duran. Porque me apetece, OK?...

«Strangelove
Strange highs and strange lows
Strangelove
That's how my love goes
Strangelove
Will you give it to me
Will you take the pain
I will give to you
Again and again
And will you return it

There'll be days
When I stray
I may appear to be
Constantly out of reach
I give in to sin
Because I like to practice what I preach
I'm not trying to say
I'll have it all my way
I'm always willing to learn
When you've got something to teach
And I'll make it all worthwhile
I'll make your heart smile

Pain will you return it
I'll say it again - pain
Pain will you return it
I won't say it again

I give in
Again and again
I give in
Will you give it to be
I give in
I'll say it again
I give in»

Strangelove, DM

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A frase do dia

"Tu fazes sobressair o pior dos homens".

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Morno, eu?...

Face ao excelente funcionamento do Serviço Nacional de Saúde, hoje consultei-me com um endocrinologista numa clínica privada.
Convém dizer, para começo de conversa, que o médico em questão consegue ser quase tão alucinado quanto eu.
Inspirou-me, todavia, confiança (isto também não se estranha).
Vai-se a ver e afinal o meu nódulo é 'morno' (ó, caraças!).
Gostei mais de saber que era 'quente'. Fiquei desiludida, confesso. 'Morno' é, tal como disse o médico, um bocado 'gay'. (o médico usou a palavra 'gay', juro).
Porque não é carne nem é peixe. Ou seja, é quente, mas não suficientemente quente. Porque não se manifesta em toda a plenitude de sintomas clínicos. E que sintomas seriam esses? Irritabilidade, excitação, palpitações, perda de peso... Pois, de facto não. O meu hipertiroidismo não se manifesta assim de forma 'TCHANAN!'. Por isso é morno. Gostava de ser quente, mas não consegue. Porque não está suficientemente excitado. (tudo isto que eu acabei de dizer está fundamentado, do ponto de vista clínico. Ou então não...).
Posto isto, o médico acha que não se justifica que me comece a drogar assim como se não houvesse amanhã.
O conselho dele, 'para acabar de ver com o problema', é 'ir à naifa'. Estou a citar.
Dois ou três dias de internamento, uma semana sem ir trabalhar. Mas sem pressas. Deixemos passar a época natalícia, e depois se vê.
Afinal, 'passar o Natal com um penso no pescoço é uma seca'. Sem dúvida, doutor.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

what else?

Fiquei à espera que a dra. Ferreira Leite me fizesse chegar, de alguma forma, indicações sobre o assunto a abordar no meu próximo post.
Suponho que, se não pode ser a comunicação social a decidir o que publica/emite, também não podem ser os autores dos blogs a decidir sobre o que escrevem.
Visto que até ao momento, por nenhuma via, chegaram ao meu conhecimento as orientações da dra., avanço, por minha conta e risco.
Há já uns dias que as televisões passam o novo anúncio da Nespresso. E pronto. É tudo o que eu tenho a dizer. Vou ali suspirar e já venho.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Há qualquer coisa em mim que está fora do sítio

A sério, há qualquer coisa em mim que está fora do sítio.
Não sei ao certo o que é, mas houve, de certeza, algum fio que se soltou, algum parafuso que se desapertou, alguma coisa está a fazer mau contacto ou entrou em curto-circuito.
Alguma coisa está, definitivamente, fora do sítio.
Na sexta-feira achei que tinha pedalada suficiente para fazer duas aulas de ginásio seguidas. E tive.
Primeiro uma de ragga, depois uma de hip-hop. Acontece que a coreografia da primeira aula contemplava diversos agachamentos. E piruetas. E braços no ar. O que é muito bom e muito bonito. Na altura.
Fiz a segunda aula encharcada até aos ossos. Acho que nunca tinha transpirado tanto numa aula. A meio da aula de hip-hop comecei a ouvir o meu corpo a pedir "senta-te, por favor, senta-te". Aguentei estoicamente até ao fim, fiz a coreografia todinha, com todo o empenho. Esmerei-me mesmo, apesar do cansaço. Alguma coisa em mim está fora do sítio.
Escusado será dizer que cheguei a casa morta. Mas quente. O pior foi no sábado, quando os músculos arrefeceram. Passei o dia todo a andar como um pinguim. O que não me impediu de passar a tarde toda no centro comercial com a minha Mummy. (e o vestido que comprei? ai. que lindo).
A situação piorou no domingo. Passei de pinguim a pinguim com reumático. Os músculos da parte superior/frontal das pernas fizeram questão de me fazer saber que existem.
Felizmente, eu sou uma gaja muito inteligente. Achei que nada melhor para aliviar a dor que ir fazer a minha caminhada pelo Guincho. Há qualquer coisa em mim que está fora do sítio.
O que é certo é que melhorei bastante. Não deixou de me doer, mas aliviou.
Percebi, entretanto, que estou viciada naquilo. Como estava assim meio que morta, defini que só caminharia uma hora, no máximo.
Acontece que ao fim de uma hora não me apetecia parar. i just can't get enough. Só mais dez minutos. Só mais um quarto de hora. A sério. Há qualquer coisa em mim que está fora do sítio.
Entretanto, aluguei o "Sexo e a Cidade", que não tinha ido ver ao cinema.
Não sei se o problema é meu, mas eu garanto que passei o filme TODO, do início ao fim, a chorar como uma Madalena. A sério. Eu sou de lágrima fácil, é verdade, mas não me lembro de alguma vez ter chorado tanto com um filme.
Chorei porque é triste. Porque é bonito. Porque é verdadeiro. Porque é mesmo comovente. Ou então, o que é mais provável, porque há qualquer coisa em mim que está fora do sítio.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

my favourite man

Não é de política que eu quero falar, nem da minha mais que óbvia e natural satisfação pelo facto de o Obama ter ganho as eleições na América.
Mesmo eu que sou muito básica consigo perceber que o discurso de vitória de um homem que acabou de ser eleito presidente da nação mais poderosa do Mundo é estudadíssimo, não há um pormenor que escape, nada é dito ao acaso, não existe uma palavrinha fora do sítio. Eu consigo perceber isso. Mas enquanto ouvia o discurso, de fio a pavio, esqueci-me, por momentos. Fui só eu que achei genial? Simultaneamente inteligente, incisivo, bem estruturado, emotivo? Fui só eu?...
Fez-me ficar com pele de galinha. E não é qualquer homem que consegue isso, atenção. O Barack Obama tornou-se, por isso, a partir daquele momento, oficialmente, um dos meus homens preferidos. No dia em que ganhou as eleições fez feliz uma mulher que vive aqui, em Portugal, across the atlantic. E com o discurso da vitória fez com que a mesma mulher se comovesse até às lágrimas. (podia a seguir dissertar sobre o facto de me desgraçar assim, por gostar de homens que me fazem rir e me fazem chorar, mas vamos deixar isso para outra altura...).

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Internem-me

Quando, às oito e meia da manhã, estou em casa a tomar o pequeno-almoço e a verter lágrimas, enquanto vejo um episódio da série 'Will & Grace', só posso concluir uma de duas coisas: ou estou louca, ou estou mesmo louca.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Girls night out

Estava prometido e cumpriu-se. Sábado à noite houve saída de meninas, com direito a jantar, bar de karaoke (e uma interpretação memorável do hit dos Abba 'Dancing Queen', registada em vídeo - brevemente no youtube) e uma noite inteira a dançar.
O nível de intimidade entre cinco mulheres atingiu ali níveis dificilmente alcancáveis. Conseguir que cinco mulheres com histórias de vida completamente diferentes, com personalidades distintas, onde há solteiras, casadas, separadas e divorciadas, se dispam totalmente de preconceitos e aceitem partilhar, em redor de uma mesa, o que têm de mais íntimo, é uma coisa maravilhosa. Assim se cimenta uma amizade. Confessando o que à partida parecia inconfessável.
Falou-se sobretudo de sexo, é verdade. Sem pudor e sem vergonha. Mas também de sentimentos, de homens e de outras mulheres. Muito bonito.
Igualmente bom só mesmo descobrir que há um sítio em Lisboa que passa música ao nível das melhores noites da minha (ai) juventude. Estão a ver o 'News'? Se não estão, azar o vosso, por não terem conhecido uma discoteca ÚNICA. O sítio onde estivemos fez-me lembrar o 'News'. E tudo o que lá passei. O 'Bauhaus', também, quando abriu, no tempo em que era bom. Cada música, uma recordação. De pessoas que conheci, amigos que ficaram, outros que deixaram de ser. Noitadas, bebedeiras, engates. Dançar até cair para o lado. Mil e uma histórias. Deu-me para a nostalgia, era inevitável. Músicas que adorava e já não ouvia há anos, quanto mais dançá-las. Foi muito bom. Dançar assim faz-nos sentir vivos.
Dormi pouco nessa noite. Acordei esquisita. Coisas. Mas isso não me impediu de fazer a minha caminhada. Duas horas, para trás e para a frente, entre a Marina e o Guincho. O vento frio a bater na cara só melhora a coisa. Onde é que eu andava com a cabeça para não ter começado a fazer isto antes?...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pelo ar e com estilo

Ontem fiz o meu baptismo de vôo de helicóptero. E que bem. Coisas do trabalho que isto, parecendo que não, até tem as suas vantagens. :)
E o que é que eu posso dizer acerca da experiência?... Pois que correu muito bem. Sentei-me no lugar da frente, ao lado do piloto, que é uma coisa que dá todo um outro élan.
Acontece que o rapaz era uma simpatia mas tivemos um pequeno problema de comunicação. Os meus auscultadores não funcionavam. Parece que ele passou a viagem toda a dar explicações, acerca do que víamos e do que estava a fazer e eu nada, em branco. As meninas sentadas lá atrás ouviam e era suposto que eu ouvisse também. Aliás, era suposto que todos conseguíssemos ouvir-nos e falar uns com os outros. Face às tentativas, frustradas, das minhas amigas em conversar comigo durante o vôo, parece que ela acabou por dizer "a s. não nos está a ouvir. os auscultadores dela não funcionam". Isto é o que me contam. Porque eu ouvir, só mesmo o barulho do motor e das hélices, ou que raio é aquilo, ainda que abafado pelas almofadas nos ouvidos. Cristo. Só comigo.
Comunicação com o piloto, só mesmo através de gestos, sorrisos e duas ou três palavras gritadas. Ai mãe.
A verdade é que também não estava ali para fazer amizade com o piloto, certo?...
Sobrevoámos Oeiras e é tão catita.
Mas bom, bom mesmo, é voar em cima do mar. LINDO. A sensação, ao pairar, é a de estar suspensa em cima da água. O céu estava muito azul, sem nuvens, o mar lindo, lindo. Uma maravilha. Sensação de liberdade. Muito bonito.
Dias que valem verdadeiramente a pena, aqueles em que fazemos algo que nunca tínhamos feito. :)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

I know I can do it better

Andar a pé é libertador.
Caminhar sozinha, com o vento e o sol do Guincho colados ao corpo, com a música que é só minha nos ouvidos. Caminhar em direcção a lado nenhum, em passo apressado mas sem pressas, sentir o coração a bater no peito e a latejar na cabeça. Sentir-me sozinha mas livre. Acompanhada mas livre. Sozinha outra vez e ainda livre. Feliz porque faz sentido, apesar de tudo, independentemente de tudo. Porque é o que tem de ser, porque é como tem de ser. MESMO.
E depois esta música. 'She's not me'. A Madonna sabe do que fala.

«I just want to be there when you discover
When you wake up next to your new lover
She might cook you breakfast and love you in the shower
The flavor of the moment, cause she don't have what's ours

She's not me
She doesn't have my name
She'll never have what I have
It won't be the same
It won't be the same

She is licking her lips
And she's batting her eyes
She's not me
She's got legs up to there
And such beautiful hair
She's not me
Oh, devoted for life
Make a beautiful wife
She's not me
If you spend some more time
I guarantee you will find
She's not me

I know I can do it better

If someone wants to pimp your style
And hang with you a little while
And make off with all the things you like
You're gonna have to watch it

She's not me
She doesn't have my name
She'll never have what I have
It won't be the same
It won't be the same

She's not me and never will be
Never will be...»

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Só comigo (parte II)

Vinha a menina a caminho do trabalho, um trânsito infernal. Pára-arranca-pára-arranca, à procura de uma música boa na rádio. Jason Mraz, pode ser. 'I'm Yours' na telefonia e a menina canta a plenos pulmões, o volume muito, muito alto.
E eis que na faixa ao lado um carro, cinco yuppies lá dentro. O do lugar do pendura diz qualquer coisa que a menina não consegue ouvir. Baixa o volume e ele pergunta: "Desculpe lá, qual é a rádio que está a ouvir?".
"A Comercial...", responde a menina, atónita.
Os yuppies riem. Riem todos muito.
Os carros avançam. Dois metros à frente, a menina acha que tem de dizer: "Tenho ouvido muitas abordagens mas essa foi, sem dúvida, muito original".
Rimos todos e seguimos com a nossa vida.
Just another perfect day.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Very hot

E o meu nódulo é quente. Nada que me surpreenda. Acho mesmo que era desnecessário terem-me posto líquido radioactivo a correr nas veias para chegar a esta conclusão. Se está em mim, havia de ser frio?... ;-)

Pretérito perfeito

Se há coisas que é bom que aconteçam, uma delas é, de certeza, não nos arrependermos nem de um segundo do tempo que investimos numa relação. Particularmente se tiver sido uma relação longa.
Olhar para trás e pensar que tudo fez sentido, que foi exactamente como tinha que ser, que, envolvidas as duas pessoas em questão, não poderia mesmo ter sido de outra forma.
Se há pessoa em relação à qual sinto isto, essa pessoa é o g. Namorámos durante quatro anos e foi uma relação muito intensa. Em parte porque foi um namoro sério que resultou de uma paixão assolapada. Consumíamo-nos em quantidades absurdas. Em parte porque era extraordinariamente ciumento e tínhamos discussões horríveis, durante as quais nos agredíamos estupidamente. Para nos voltarmos a amar outra vez incondicionalmente. Uma relação que fez sentido naquela fase das nossas vidas - tínhamos 17, 18 anos quando a coisa se tornou séria.
A ruptura foi dolorosa e o caminho até voltarmos a ser amigos não foi fácil de percorrer. Mas chegámos lá. Aproximámo-nos ainda mais de há uns meses para cá - o msn tem esta coisa maravilhosa de aproximar as pessoas - e agora conversamos com frequência.
É comum, durante as nossas conversas, ter a sensação de que, apesar dos anos decorridos, somos, na essência, as mesmas pessoas. Que ainda me conhece bem. Tal como eu a ele. Que podemos prever a reacção do outro ao que dizemos. Que há carinho. Que há passado e que, visto a esta distância, tudo foi perfeito. E é esta sensação que é apaziguadora. Entender ainda o que me fez apaixonar e sentir que tudo fez sentido. Que podemos ser genuinamente amigos, porque as feridas estão curadas.
Fez anos há uns dias. Combinámos um almoço para a semana. Falámos ao telefone durante imenso tempo e não fizemos outra coisa que não fosse dizer idiotices. Estupidez. Parvoíces. Porque podemos. Rir um do outro. Rir em conjunto. Falar. Do passado, do nosso presente, do futuro. Das voltas que as vidas de ambos entretanto deram. De como é ser um homem casado. De como é ser uma mulher casada. De como teve coragem de ter com outra o filho que até planeámos ter juntos. De como eu tive coragem de o deixar antes de termos avançado com esse plano. De como funcionávamos incrivelmente bem. De como funcionávamos incrivelmente mal.
Sensação boa. A de ver boas pessoas passarem a fazer parte das nossas vidas. E a de sentir que outras ainda cá estão.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Um mês de ginásio...

... e eis que tivémos a nossa primeira aula de kizomba. Lição número 1: 'soltar a anca'.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Feeling radioactive

Tenho para mim que não voltamos a ser os mesmos depois de nos injectarem líquido radioactivo na veia. Just a wild guess. [e tudo isto para descobrir se o meu nódulo é, afinal, quente ou frio].

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Só comigo

A menina sai de casa e vai à bomba de gasolina. Compra um pãozinho com queijo para ir a comer pelo caminho, que o tempo não dá para tudo. Pára num semáforo encarnado. Vidro aberto. E um senhor que se aproxima e diz 'Bom apetite...'. E a menina agradece. E assim começa mais um dia.

domingo, 5 de outubro de 2008

Porque hoje é domingo


Passeavam-se as amigas pelo centro comercial à hora de almoço quando uma menina daquelas que oferecem, a quem por ali passa, cartõezinhos perfumados à porta das perfumarias, nos estende um papelinho borrifado com Dior Homme Sport. O perfume é ÓPTIMO (ou não fosse Dior), mas a pergunta que se impunha era precisamente a que eu fiz:
«E o Jude Law, não tem, para oferecer?»
Não tinha. Uma pena.
Breathtaking. In a good way.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Implorando

Esta excitação toda em torno do casamento entre homossexuais é uma coisa que me dá nos nervos.
Num momento em que a instituição casamento, como a concebemos, se apresenta falida e condenada aos olhos da sociedade - a recentemente aprovada lei do divórcio confirma-o sem margem para dúvidas - (não confundir casamento com o 'amorrrrreeeee'), p'ra que raio é esta excitação toda? Ai, por favorrreeeee...
E a música do Madcon, o Beggin, bem catita, hã?

Beggin, beggin you
Put your loving hand out baby
Beggin, beggin you
Put your loving hand out darlin

Pinoquar

É provável que já toda a gente tenha dito isto. Ainda assim, para que fique registada a minha opinião, o programa que a Teresa Guilherme apresenta na SIC é mau de mais para ser verdade.
Ontem vi um bocado, naquela lógica de precisar de ver com os meus próprios olhos algo que todas as pessoas que viram dizem ser horrível.
Pelo que me foi dado compreender, até agora todos os programas giraram em torno de um mesmo assunto: sexo. Ora são as pessoas com quem se fez e não era suposto que se soubesse, ora são as pessoas com quem não se fez mas se queria e também não era suposto que se soubesse.
Talvez o problema seja meu, mas entre um programa onde é suposto os concorrentes dizerem a verdade, sempre a verdade e nada mais que a verdade, e um outro, como o que é apresentado pelo Malato, no Canal 1 ('Jogo Duplo'), onde a lógica é precisamente a inversa, prefiro este último. Mas é que sem sombra de dúvidas.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Hot

Uma médica disse-me hoje que tudo aponta para que tenha um nódulo quente na tiróide.
As coisas banais não são para mim. A ter uma merda, havia de ser uma assim, com um nome destes: nódulo quente.
O bom do nódulo quente (além de ser quente) é que não implica, forçosamente, a cirurgia. Pode ser facilmente tratado com drogas. Que é uma coisa que também me dá jeito nesta fase da minha vida.
Contudo, é preciso confirmar que o meu nódulo é mesmo quente. E para tal, amiga, vais fazer mais um exame, que até te lixas.
Quem me quer ver feliz é deitada numa marquesa.

Jet Lag

Chegar ao trabalho às oito da manhã, sair do trabalho às oito da noite, é algo que deve dizer muito acerca do meu estado de total e completa insanidade mental.
Aprendi que as primeiras horas da manhã são calmíssimas, logo, favorecem a super-produção. Tal e qual as horas do final do dia, a partir das seis da tarde.
Enquanto estou aqui sozinha, faz-me companhia e isola-me do resto do Mundo o meu querido Ipod, cuja bateria, a propósito, acabou de berrar.
Música boa para produzir é a da Joss Stone. Nem demasiado apagada nem demasiado acelerada. Perfeita. Assim como esta música, que é tão catita, tão catita, que não me importo de ouvir em repeat. A miúda está lá.

«Little angels
Whisper softly
While my heart melts
For you and I'll see
Only sunshine
Only moonlight
For the first time it's real

And the higher you take me
The more that you make me
Feel so hazy
Tell me what this means

I got jet lag and I never even left the ground
See it's like that every time you come around
Oh, I'm so hung over and I never even touched a drop
See I can't get enough
This must be love

How the time flies
When you're near me
Get those butterflies
Inside and I'll be
Where the stars shine
Where the birds fly
'Till the next time you're mine

And the higher you take me
The more that you make me
Feel so hazy
Tell me what this means

I got jet lag and I never even left the ground
See it's like that every time you come around
Oh, I'm so hung over and I never even touched a drop
See I can't get enough
This must be love

Whenever you're with me
It feels like gravity
Ain't got no hold on me
Tell me what does this mean
This must be love
Love

I got jet lag and I never even left the ground
And it's like that every time you come around
I'm so hung over and I never even touched one drop
See I got jet lag

Baby don't cha know
You really really got it goin' on
Baby don't cha know
You really really got it goin' on
Baby don't cha know
You really really got it goin' on
Baby don't you know
Baby don't you know

I got jet lag and I never even left the ground
See it's like that every time you come around
Oh, I'm so hung over and I never even touched a drop
I never even left the ground
I never no no
Jet lag, jet lag»

Jet Lag

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Dá-me

Depois de ter lido e ouvido tanta coisa acerca do concerto de domingo, só posso concluir que o *Psicológico* não foi, de todo, o pior sítio para ver e ouvir a Madonna.
Percebo, agora, que vi, certamente, muito mais do concerto do que muitas centenas (quem sabe milhares) dos que pagaram bilhete para lá estar.
E com uma vantagem adicional: apesar de sermos muitos dentro da roullote, espaço para dançar não nos faltava e o chão escorregadio ajuda, e muito, ao balanço da anca. ;-)
Quanto a hamburgueres, cachorros-quentes e pita shoarma, não, por favor, nos próximos meses, não me convidem.

«What are you waiting for?
Nobody's gonna show you how
Why wait for someone else
To do what you can do right now?

Got no boundaries and no limits
If there's excitement, put me in it
If it's against the law, arrest me
If you can handle it, undress me»

Give it 2 me, LINDO :-)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Perfectly perfect

Uma noite que começa perfeita, acaba perfeita e durante a qual tudo pelo meio é perfeito, só pode mesmo ser a noite perfeita.
E quando se vive a noite perfeita tudo o resto são pormenores.
Porque quando se vive a noite perfeita ficamos a saber que é possível fazer acontecer a noite perfeita. E que as fantasias se realizam, mesmo.
Foi no sábado e foi uma viagem inesquecível.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Porquê?

Porque é que há pessoas que nos desvendam quase imediatamente? Sabem do que eu estou a falar, alguém que conhecemos ainda agora e já nos sabe de cor. Nos reconhece os gestos e os olhares, as hesitações e os silêncios. Alguém que provoca em nós aquela sensação estranha de nos conhecer melhor do que nos conhecemos a nós mesmos. E que, por causa disso, nos faz acordar com um nó na garganta e os órgãos todos trocados, todos fora do lugar. O coração esmagado na traqueia, os pulmões abaixo do estômago, o cérebro nos pés.
Porque é que há pessoas que nos fazem sentir que precisamos de psicanálise? Que temos o mundo todo ao contrário. Que estamos a caminhar em contra-ciclo com o resto do planeta. Que ninguém nos entende, sobretudo, porque não queremos parar para pensar no que realmente queremos, e porquê.
Porque é que hoje me sinto como se me tivesse passado um camião por cima? Porque é que me apetece enfiar-me dentro do carro, embasbacar no infinito e ficar horas sem falar e sem fazer nada?
Porque é que as melhores pessoas do universo insistem em atravessar-se no meu caminho? Será porque mereço mesmo? Ou isto é castigo, assim de um modo muito retorcido?
A sério, se alguém fizesse um ranking das 20 melhores pessoas do universo inteiro, podem ter a certeza, eu conheço-as a todas. E gostam de mim, o que é mais fantástico. Sim, isso é que é, de facto, fantástico. Mesmo que algumas delas me virem do avesso, uma vez por outra...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Não é bom. É a seguir.

Uma vez escrevi aqui que, se fosse possível, gostava de ter, um dia, assim, vá lá, metade do sex appeal da Fergie.
A juntar a isso, e se não for pedir de mais, pode ser também metade do talento do António Lobo Antunes... Pronto, um terço, para não parecer demasiado ambiciosa.
É que a crónica de hoje na Visão inclui isto que se segue. Leiam e chorem, por favor.
«Claro que tens defeitos: alguns divertem-me, outros enternecem-me, nenhum me incomoda, talvez por serem os defeitos das tuas qualidades da mesma maneira que um automóvel possui os travões adequados à potência do motor. Se fosse Deus não mudava grande coisa em ti: talvez trocasse um móvel de posição, alterasse uma jarra, substituísse um quadro. Na casa não mexia: agrada-me que seja como é.»
E posto isto, vou ali desmaiar e já venho.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Não podem mesmo


Razão pela qual também é bom ler o Diário Económico.
Porque podemos sempre dar de caras com um anúncio de página inteira da Louis Vuitton onde a estrela é Keith Richards, fotografado de forma magistral, no que aparenta ser um quarto de hotel, com a sua guitarra e, ao lado, uma malinha LV.
E a legenda: "Algumas viagens não podem ser contadas em palavras".
É que não podem mesmo.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

As coisas já não são como eram

A minha amiga c. fez-me companhia até à farmácia, hoje pela manhã. Enquanto esperávamos que me atendessem, detivemo-nos perante o expositor da Durex. Pois que há muita novidade, dizem os senhores da marca, "para uma vida sexual mais saudável e prazerosa". 'Prazerosa', sim.
Achei que a coisa tinha potencial, e vai daí enfiei um folheto explicativo dentro da mala.
À hora de almoço decidimos olhar para aquilo com olhos de ver.
Os senhores explicam, logo à partida, que "as coisas já não são como eram". Ah pois não... e este folheto é uma boa prova disso.
A Durex explica que "a utilização dos brinquedos sexuais na prática sexual é cada vez mais comum e, ao contrário de outros tempos, para além de serem utilizados de forma individual, são desfrutados principalmente a dois". Mas... fizeram algum inquérito que tenha permitido chegar a esta conclusão?
Quantos aos produtos.
A gama de lubrificantes inclui três produtos. Um deles provoca "efeito calor". A descrição explica "com doce sabor e uma agradável sensação de calor ao assoprar". Ao assoprar?!? Mas soprar como em "blow"?... Não explicam...
Um outro tem "efeito refrescante" . Provoca "sensação de cócegas" mas a marca não o recomenda para "penetração anal". Porque será?... Há sensação mais "prazerosa" do que cócegas, enfim, vocês sabem onde...
Temos ainda toalhetes refrescantes ("despreocupação antes e depois") e o anel vibrador que, dizem os senhores "inspira divertimento e riso". Ai, que graça...
A Durex também tem uma gama de estimuladores, bem catitas, em prateado e roxo (a cor da moda, atenção).
Mas a minha parte preferida foi, sem dúvida, descobrir, na gama de preservativos (sim, também têm o clássico, o mais tradicional), o "prazer mais natural", os que garantem "maior sensibilidade", os que proporcionam "máximo prazer", os aconselhados aos "alérgicos ao látex" e, TCHANAN, os especiais "PARA OS INDECISOS".
Uma salva de palmas para os senhores da Durex. Clap, clap, clap.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Amazing

O pensamento do dia (na realidade, devia ter sido o pensamento de sexta-feira passada, mas whatever), vai direitinho para as pessoas que nos surpreendem.
Pessoas que nos fazem sentir que os preconceitos e todas as ideias pré-concebidas são de facto muito ridículas e que nos fazem jurar que nunca, nunca mais, vamos julgar uma pessoas antes de a conhecermos o suficiente. O mínimo. Claro que voltaremos a fazê-lo, mas enfim, fica a intenção.
Este pensamento aplica-se tanto a alguém que ainda estamos a descobrir como a alguém que conhecemos há muitos anos.
A alguém que, por um ou outro motivo, julgávamos impenetrável e que [afinal] não é.
Ou a uma amiga que, de repente nos surpreende ao garantir que sim, que nos vamos inscrever no ginásio e que sim, que vamos mesmo fazer as aulas de ragga.
Ain't life amazing?...

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Como ter a certeza que o nosso marido bebeu de mais...

... num jantar de acesso exclusivo a homens: quando acordamos, a meio da noite, com o som do seu profundo ronco.
Por hoje, era isto.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Fêmea

E pronto. Voltámos a render-nos ontem ao talento e ao génio. Jorge Palma ao vivo é sempre um momento. Mesmo que, como tenha dito a i., tenham faltado algumas que consideramos obrigatórias (quem nos manda gostar de todas?...), foi bonito.
Porque é sempre, sempre, lindo, ouvi-lo cantar. E vê-lo, feliz, em cima de um palco.
As letras, meu Deus, as letras.
Não fosse eu casada e juro que o homem que se referisse ao meu 'passo inseguro' e ao 'paraíso no meu olhar' me levava à certa em dois tempos.
Ou que me dissesse 'deixa-me rir... ou então deixa-me entrar em ti... ser o teu mestre, só por instante, iluminar o teu refúgio'.
[o potencial das letras de Jorge Palma enquanto deixas de engate ainda não foi suficientemente explorado, meus amigos]
Obrigada, amiga, pela companhia! :-)
Ficámos à espera da 'Cara de Anjo Mau'. Não houve. Mas houve esta, que também é linda, linda, linda...

"Disse fêmea
Mulher feita
Faz-te fêmea
Ama-te a ti mesma
O mundo espera
Cheio de tudo
Come-o, feliz, sã, gloriosa, cheia
Diz-te fêmea
Mulher feita"

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Maminhas ao jantar

O Jornal da Noite de ontem foi muito mal amanhadinho. Eu sei que estamos em Agosto e a coisa não é fácil. Mas quando nos habituam a bom jornalismo, custa ver reportagens cozinhadas à pressa, sensaboronas, pouco apuradas. Daquelas que vemos e quando acabam ficamos a pensar 'o que é que foi isto?'.
Logo a seguir, assim de rompante, o primeiro episódio de uma novela para teenagers, assim ao género dos Morangos com Açúcar.
Numa das primeiras cenas, dois dos protagonistas surgem na praia, acompanhados por duas amigas. Duas amigas em topless. Eu e o meu marido estávamos à mesa, a jantar, e olhámos um para o outro, aquele olhar de quem pergunta 'estás a ver o mesmo que eu?'.
Maminhas ao léu numa série juvenil em horário nobre?... Muito à frente...
O diálogo que se seguiu:
Eu: "Estás a ver isto?"
Ele: "Estou... Há ali uma que tem umas mamas boas...".
Escusado será dizer que todos os elogios à minha pessoa que se seguiram a este breve diálogo não foram suficientes para evitar os meus comentários irónicos. Homens e mamas. Um tema sobre o qual havia muito para dizer.

Aviso à navegação: A morena tresloucada que percorreu a Marginal hoje, no sentido Cascais-Lisboa, ao volante de um Audi A3 [ah pois é, bebé...] azul, cantando o 'Like a virgin' a plenos pulmões, era eu. Freud explicaria. Ou não.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Ai Faive

Sabe Deus como fujo a sete pés das modernices da web. Chamem-me louca, mas tenho a sensação que às pessoas que têm demasiada existência virtual lhes falta qualquer coisa de vida real. É uma teoria minha.
Demorei séculos a aderir ao msn (sim, agora reconheço que tem piada, como me disse um amigo já convertido, quando estamos a trabalhar funciona como uma janelinha para fora do local de trabalho), criei uma página no myspace na sequência de forte insistência de uma amiga (quem, curiosamente, passado pouco tempo desactivou a dela...) e o hi5 era, até há algumas horas, um completo mistério para a minha pessoa.
Entreguei-me facilmente ao universo dos blogs mas isso, convenhamos, é outra coisa.
Quanto ao hi5. Foi quando percebi que pessoas que conheço não hesitaram em chapar com fotografias onde apareço nas suas páginas de hi5 que pensei: "olha, que merda, já que aqui estou, mais vale ESTAR".
E foi assim que criei um 'perfil' (é assim que se diz, suponho...).
Desconfio, como aliás me disse uma amiga à hora de almoço, que aquilo não serve, basicamente, para nada. Visto que a minha amiga tem hi5, ela lá saberá do que fala.
Mas, enfim, se não podes vencê-los, junta-te a eles.
É por isso que agora, quando me perguntarem, posso orgulhasamente afirmar que sim, que tenho página no hi5.

PS - Confesso que o ponto alto da experiência foi mesmo escolher um visual para a minha página. Está toda chique! Agora só falta mesmo pachorra para fazer o upload de fotografias... É o que dá ser Agosto numa instituição pública...

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Vai um bocadinho de tédio?...

Notas soltas acerca dos dias que correm.
Estive de férias num sítio onde adormecia com a certeza de que estaria sol e calor no dia seguinte e, logo, que me poderia estatelar ao sol durante HORAS. Esse sítio maravilhoso, onde todas as noites saí completamente descapotável, chama-se Algarve.
Tão perto, e ao mesmo tempo tão longe.
A apenas 300 quilómetros existe um local remoto onde o vento sopra a 200, onde o sol se esconde por trás das nuvens a cada dez minutos, onde chove dia sim-dia não. Esse local chama-se Cascais.
Trabalhar em Agosto é bom. Consigo percorrer os 15 quilómetros que separam a minha casa do local de trabalho em menos de meia hora e só demoro mais no regresso porque há quem vá à praia, apesar do vento e da chuva, entupindo as estradas.
O telefone pouco toca, tenho o T0 onde habitualmente moram três só para mim (chamo-lhe carinhosamente ‘a minha casa’), de tal maneira que os poucos que me visitam batem à porta (!), talvez por acharem que, por estar sozinha, posso estar a dormir… ou despida… ou acompanhada, sei lá…
Também posso fumar aqui, apesar de ser completamente ilegal. Sou uma doida.
Ontem à hora de almoço fui aos saldos com uma amiga. Comprei umas sandálias tão catitas, tão catitas, por 5,99€. E lenços, lenços assim écharpe, por 0,99€.
Hoje voltei aos saldos, com outras amiga.
E como ontem já me tinha alambazado de pechinchas, comprei o meu primeiro ANEL PARA O POLEGAR.
Estou em êxtase.
Não é a tatuagem sobre a qual ainda outro dia falei com um amigo, aquela tatuagem que gostávamos de fazer mas que vamos adiando, mas enfim, é uma coisa em que andava a pensar há já algum tempo. E é LINDO. Mesmo.
Vou ter de o tirar, um destes dias, para me lançar de cabeça nas tarefas domésticas com as quais habitualmente me preocupo muito pouco (ou nada, vá). Chamem-me os nomes que quiserem, mas a verdade é que pago a alguém que se encarrega de passar a ferro, de aspirar, de limpar o pó, de mudar os lençóis da cama.
Esse alguém está de férias. Eu não. Estou a trabalhar e tenho de pensar em reservar algumas horas do fim-de-semana para… ai, meu Deus, ajudai-me… engomar.
A casa está arrumadinha, que eu sou uma gaja orientada. Mas vou ter muitas roupa para passar a ferro, logo que ganhe coragem para pôr a máquina a lavar. [sim, prefiro tê-la dentro do cesto da roupa suja do que no cesto da roupa lavada, a olhar para mim, todos os dias, como que a dizer “não vês que estamos para aqui todas amarrotadas? Estás à espera de quê para pegar no ferro, sua vaca preguiçosa?].
Sim, eu tenho um problema. Ou vários. ;-)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Anjo Gabriel

Quando duas amigas fazem, no espaço de 24 horas, comentários altamente elogiosos a respeito de um homem, está na hora de ir investigar.
Confesso, eu andava alheada desta realidade.
Gabriel Aubry, o namorado (e pai da criança) da Hale Berry.
Pronto. Vou ali ligar o ar condicionado e já venho.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

E por falar em pessoas exóticas...

Gostava que alguém me explicasse isto.
O Alberto João Jardim e o Guilherme Silva (deputado, PSD), a serem entrevistados pelos jornalistas (incluindo televisão), à beira-mar, em calções de banho, tronco nú.
E não, não estavam a falar sobre o protector solar que usam ou sobre a temperatura da água. Era mesmo sobre temas supostamente sérios, tipo os números do desemprego em Portugal e o casamento entre homossexuais (com este último a suscitar ao presidente do Governo Regional da Madeira o comentário "estes socialistas são pessoas exóticas". Eh... olha quem fala...).
Que espectáculo deprimente.
Estou com o Dias Ferreira. Isto não é um país. É uma tentativa.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Speachless

A sensação de regressar ao trabalho após as férias.
Sem palavras.
Já para as férias há palavras. Dormir. Praia. Casa. Família. Tavira. Peixe. Cabanas. Caminhar. Shandy. Cacela Velha. Ostras. Casa Azul. Vestidos. Saias. Calções. Bikini. Manta Beach Club. Caipiroska. Ayamonte. Tapas. Tinto de Verano. Amigos. Havaianas. Dançar. Compras. Sol. Areia. Água salgada. Rap das Armas. Ra pa pa pa pa pa pa pa... :-)

sábado, 16 de agosto de 2008

Dar ao pezinho?

Eleita a melhor do dia de hoje para dar ao pezinho. Já repararam que é Verão? E que se está muito bem na rua? E porque não cantar uma música que conta que se beijou alguém e se gostou? :-)

This was never the way i planned,
not my intention.
i got so brave, drink in hand,
lost my discretion.
It's not what i'm used to,
just want to try you on.
i'm curious, for you,
caught my attention.

I kissed a girl,
and I liked it.
The taste of her cherry chapstick.
I kissed a girl,
Just to try it.
I hope my boyfriend don't mind it.

It felt so wrong,
It felt so right.
Don't mean i'm in love tonight.

I kissed a girl,
And I liked it.
(I liked it)

No, I don't even know your name,
It doesn't matter.
Your my experimental game,
Just human nature.
It's not what good girls do,
Not how they should behave.
My head gets so confused,
Hard to obey.

I kissed a girl,
and I liked it.
The taste of her cherry chapstick.
I kissed a squirrel,
Just to try it.
I hope my boyfriend don't mind it.

It felt so wrong,
It felt so right.
Don't mean i'm in love tonight.

I kissed a girl,
And I liked it.
(I liked it)

Us girl we are so magical,
Soft skin, red lips, so kissable,
Hard to resist, so touchable.
To good to deny it.
Ain't no big deal,
Its innocent.

I kissed a girl,
and I liked it.
The taste of her cherry chapstick.
I kissed a girl,
Just to try it.
I hope my boyfriend don't mind it.

It felt so wrong,
It felt so right.
Don't mean i'm in love tonight.

I kissed a girl,
And I liked it.
(I liked it)

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Quem é aquela mulher?



Estava aqui a faltar a referência à passagem pelo Oeiras Alive deste ano, sim, que também a houve.
Depois da imagem do ano passado, comigo em primeiro plano e o Eddie Veder em segundo (!), as deste ano dão conta de duas situações distintas:
- a primeira é que, certamente, serei convidada para fazer as próximas campanhas publicitárias das 'Farturas Gonçalves';
- a segunda... bem a segunda diz respeito a grande maluquice festivaleira ao som de Buraka Som Sistema.
'Quem é aquela mulher?...'
A fotografia não diz, mas posso garantir que gritei "Pacman, faz-me um filho", quando ele entrou em palco. Faz, faz... me um bebé...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Feita para ti

Esta menina chama-se Brandi Carlile, tem uma voz que não acaba e esta música torna ainda mais mágico um anúncio da super bock que passa na televisão.
Ouvi-la, hoje, muito mais alto do que aconselhado pelos médicos, enquanto fazia a Marginal até Oeiras, foi, até agora, o momento do dia. Arrepiante. No bom sentido.

The Story
«All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you
I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
You do
I was made for you
You see the smile that's on my mouth
It's hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what
I've been through like you do
And I was made for you...
All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you»

terça-feira, 15 de julho de 2008

Friends

Temos amigos que foram pais muito jovens. Dois, em particular, mesmo muito jovens. A s. tem 40 e o j. 45. A m., que é a filha mais velha, tem 19 e o b., o mais novo, 15.
Isto dá origem a situações muito engraçadas, até porque tanto a s. como o j. são pais super-descontraídos.
Apesar disso, não deixam de ser pais e, naturalmente, de se preocuparem com os gaiatos.
A última a que assistimos aconteceu no fim-de-semana passado, em casa deles, precisamente, com o j. a dar-se conta de que a m. bebe. Álcool. Cervejas. Várias. Estávamos na festa de anos dele, patuscada no jardim, calor e tal, e a miúda não se inibiu, pimba, bebeu como os outros. O j. ficou um bocado atarantado. "Mas ela bebe cerveja?", interrogava-se, às tantas. Prato cheio, para nós, que nos fartámos de gozar e de lhe chamar velho, já se vê.
Acontece, com frequência, neste grupo de amigos, pais e filhos sairem à noite e frequentarem os mesmos sítios. O que deixa de ter muita graça, para os filhos, quando os pais, e os amigos dos pais, fazem figuras tristes, graças à bebida. Há histórias hilariantes.
Mas ainda relativamente à m., que está uma mulheraça, e gira como tudo. Comentava precisamente isso com o meu marido que me confessou que tanto ele como os amigos, homens, se sentem super-constrangidos na presença da miúda. É que andaram com ela ao colo. E agora o 'bebé' tem 1,70m, pernas até sei lá onde, maminhas que faz questão de não tapar demasiado, um cabelo lindo e uma cara giríssima.
Um dos amigos do meu marido teve a pouca sorte de ficar sentado em frente a ela, há pouco tempo, num jantar. Contou, depois, aos outros, que a miúda deve ter ficado a pensar que ele era parvo... porque passou o jantar a falar com ela, quando se proporcionava, mas a olhar-lhe... para a testa! :-)

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Super Rock

É certo que tive posters dos Duran Duran colados nas paredes do meu quarto. Mas não me passaria pela cabeça, há 24 horas atrás, que seria a vê-los e ouvi-los ao vivo [e a beber super bock] que festejaria o facto de ter (e cito a médica) umas "trompas lindas". Boas notícias, portanto. :-)

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Rebajas

Verão. Entre a possibilidade de me bronzear, chapinhar na água salgada, comer sundaes de chocolate com cobertura de noz, usar vestidinhos, alcinhas, chinelinhos e outros que tais, e a fantástica e maravilhosa época de promoções e saldos... o meu coração não balança, o meu coração palpita!
Sandálias lindas, o meu número, massimo dutti, 40% de desconto. Peçam-me desculpa. Mas isto é lindo.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Persistência determinação esperança

A partir do momento em que comecei a ser acompanhada por uma médica em consultas de infertilidade, decidi que não ia fazer da questão, sensível, é certo, um tabu.
Tenho partilhado as alegrias e decepções com as amigas e amigos mais próximos e, ainda que não ande a gritar aos sete ventos, até porque se trata de um problema de saúde, não me esforço demasiado por esconder o que se passa, de quem quer que seja.
Participo em fóruns onde outras mulheres inférteis despejam felicidade e frustrações e é algo que me faz muito bem, em parte porque nenhum dos meus amigos ou amigas passou por uma experiência semelhante.
Curiosamente, durante a semana passada, em conversas distintas, que até foram com homens, descobri que, mais perto do que julgava, há histórias de infertilidade.
Uma delas, felizmente, com um desfecho feliz. Dois anos de tratamentos e uma inseminação artifical sem resultados foram precedidos de uma gravidez by the old fashion way. Foi um percurso difícil, mas compensador. À segunda, a gravidez aconteceu logo ao segundo mês sem pílula. Inexplicável, portanto. É assim.
No segundo caso, a gravidez acontece mas não vai além dos três/quatro meses. Isto já aconteceu por três vezes. O casal está a ser acompanhado em consultas de infertilidade, na tentativa de conseguir, também, uma história com desfecho feliz.
Escusado será dizer que o primeiro caso me deu muito ânimo e o segundo me fez voltar a assentar os pés na terra.
Foi muito curioso ouvir relatar as histórias pela boca dos maridos. Muito curioso mesmo.
Uma coisa é certinha, no meio de tudo isto: o percurso de cada casal infértil é uma lição de persistência, de determinação e de esperança.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Amnésia

Não resisti a ver ontem um bocadinho da entrevista a Manuela Ferreira Leite na TVI. Também não aguentei ver mais do que 'um bocadinho'.
Fiquei a saber, pela imprensa de hoje, que a líder do PSD considera que o objectivo da família é a procriação. Logo, à frente dela, não chamem 'casamento' às uniões entre pessoas do mesmo sexo. Muito menos 'família' ao conjunto de pessoas constituído por duas do mesmo sexo que habitam a mesma casa e nela criam crianças.
Durante o bocadinho da entrevista a que assisti, a dada altura, confrontada com uma pergunta da Constança Cunha e Sá, Manuela Ferreira Leite disse: "esqueça que existem pobres, esqueça".
É um exercício porreiro, mas tenho um outro, ainda mais porreiro, a propor.
Esquecer que existe o PSD. Hã, isso é que era...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Um enorme 'O' na testa

Calor. Esplanada. Pausa para café. Eu e duas amigas. Três cafés e um copo com gelo, 'fáchavôr.
Detesto café quente, mesmo no Inverno. O copo com gelo é para espetar com o café lá para dentro. E beber.
Pagar. "São três cafés e um copo com gelo", diz a menina. "Sim...", respondo eu, já hesitante. 30 cêntimos pelo copo com gelo. Toma lá e vai-te curar. Que é para não teres a mania que és fina. No café onde vamos todos os dias, quase sempre mais do que uma vez por dia. E que cobra 50 cêntimos pelo café, o que até já é raro. Pimbas. E não reclames. Eu sou incrivelmente estúpida, de facto.

Matrioska

Deu-se este fenómeno de estar meio Portugal a apoiar a selecção turca no Euro. Porque vai jogar com a Alemanha, suponho.
Eu gosto da Rússia. E pronto.

O Santo

Estava eu a pensar, enquanto assistia ontem à entrevista a João Vale e Azevedo (SIC, Jornal da Noite), o que seria mais surreal:
- se a Justiça portuguesa;
- se a Polícia portuguesa;
- se o Procurador-Geral da República;
- se o País;
- se o João Vale e Azevedo, ele próprio;
- se a circunstância de estar a ser entrevistado em directo a partir de Londres, no Jornal da Noite da SIC;
- se o facto de eu estar a assistir àquilo.
Esta última foi, entretanto, excluída, porque o facto de ter assistido àquilo me inspirou para escrever este post, o que já é alguma coisa, e pode vir a ser, eventualmente, utilizado, um destes dias, como desbloqueador de conversa numa qualquer sala de espera... ou num elevador...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Eh eh

António Lobo Antunes referindo-se, na crónica de hoje na 'Visão', aos economistas, aos gestores e a outros do género: "Sabe-se que são velhos não pelo aspecto mas porque quando contam que arranjaram uma secretária boa se referem a um móvel".
Eh eh.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Deve ser preciso...

... muito jogo de cintura, para conseguir fingir, perante o marido, uma gravidez até aos nove meses.
Independentemente disso, o que mais gostei, mesmo, foi de ouvir, nos telejornais, dizer que a rapariga frequentava as consultas de infertilidade no hospital de onde acabou por raptar o recém-nascido.
Não bastava dizer que ela frequentava o hospital, não, era preciso especificar que era paciente das consultas de infertilidade.
Porquê? Porque isso justifica o que ela fez? Deve ser.
'Ah, como tinha um problema de infertilidade, tem desculpa'.
Ou melhor ainda, 'mulheres inférteis são capazes de tudo para conseguir o que querem'.
Sugiro que as consultas de infertilidade passem a ser dadas em alas separadas, para não haver o risco de casais inférteis se cruzarem com recém-nascidos ou, até, com mulheres grávidas. Porque não se sabe, tal como explicava ontem uma psiquiatra na SIC, até onde pode ir a astúcia de uma mulher, movida por esse desejo primário de ser mãe.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Raçudos

Incomparável, a emoção de ver os jogos da selecção fora de casa.
O meu marido sofre com a selecção. Muito mais do que com o Sporting. Enerva-se, grita, pragueja, esperneia. Por isso prefere ficar em casa. Convenci-o, desta vez, com uma ajudinha do meu pai, a ver o primeiro jogo fora de casa. Ganhámos, a coisa correu bem. Por isso ontem repetimos a dose. Como voltámos a ganhar e o meu marido nestas coisas também é um bocado supersticioso, desconfio que vamos continuar a ver todos os jogos no mesmo sítio.
Foi muito divertido, até porque é um sítio onde também se juntam turistas estrangeiros a torcer por Portugal. No primeiro jogo eram noruegueses. Uma delícia.
No final do jogo, ontem, a caminho de casa, parei numa bomba de gasolina. Não era minha intenção abastecer, nem poderia, porque não havia combustível. Só queria comprar tabaco. Os rapazes que lá trabalham estavam descontraidíssimos, de braços cruzados, encostados ao balcão.
Pergunta: 'Gasolina não há. E tabaco, há?'
Resposta: 'Tabaco há'
Eu outra vez: 'Enquanto houver tabaco, está tudo bem'
E ele: 'Enquanto houver cerveja e Portugal a ganhar, pode não haver gasolina à vontade!'
É este o País que eu adoro!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Não há neura que resista...

... a um concerto de José Cid.
Foi no sábado, na Feira de Oeiras. Memorável. No bom sentido.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Eu, narcisista, me confesso

Não que eu tenha alguma coisa a ver com isso, mas fiquei chocada ao ler ontem a entrevista que a Manuela Ferreira Leite deu à revista «Sábado».
A senhora é um doce, convenhamos. O tom utilizado é quase sempre ríspido, as respostas são secas e chegam a roçar a indelicadeza. Medo... O que dirão os bloquistas, que ontem aludiam aos 'uivos' da bancada socialista? Que a senhora rosnou, provavelmente.
Ontem também fiquei a saber, da boca do Francisco Moita Flores, que por trás de alguém que mantém um blog se esconde um ser profundamente 'narcisista' e 'solitário'.
Pronto.
Se era neste tipo de análises que se baseava para traçar o perfil de criminosos quando estava na PJ, não sei não...
Felizmente, o psiquiatra José Gameiro disse, depois, que não é bem assim.
Ah, pronto.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Magra, gira e a cantar!

Juro que estava perfeitamente convencida de que a primeira vez que poria pés (e o resto do corpinho, vá) num bloco operatório seria para uma coisa assim do género de uma cesariana.
Afinal parece que não. Ou sim, que isto nunca se sabe, na verdade.
Passo a explicar: diagnosticaram-me um nódulo na tiróide que diz que é melhor tirar. Está uma pessoa descansadinha da vida, a fazer planos para o futuro, e sem que a gente se aperceba, silenciosamente, cresce uma coisa dentro de nós. E não, não estou a falar de um embrião (antes fosse, merda.). Estou a falar de uma massa que, apalpando, agora que sei que ela existe, parece ter qualquer coisa como o tamanho de uma bola de golfe. Isto no pescoço de uma miúda não é uma coisa gira.
A tiróide é uma cena que temos aqui e à qual não atribuímos a menor importância... até que comece a dar problemas (mais ou menos como o motor do carro, pelo menos do meu ponto de vista). Bem, talvez a tiróide não seja tão determinante para o meu funcionamento quanto o motor é para o funcionamento do meu carro. Mas mexe com uma data de coisas, acreditem. Diz a médica que até a porra das hormonas podem estar a tresloucar e daí que não consigamos pôr robalinhos no Mundo. Que chacha!
Certo é que a opinião médica aponta a operação como a melhor solução. Por isso é provável que me aguarde a realização de 588 mil exames, envolvendo agulhas e coisas assim, algo que eu, como é do conhecimento geral, ADORO.
Entretanto, já anunciei, aos mais próximos, que vou ficar MAGRA E GIRA, porque certamente não vou conseguir alimentar-me muito bem durante algum tempo, no pós-operatório.
Também vou pedir aos senhores doutores que, uma vez que estão a mexer ali na zona, dêem lá um toquezinho nas cordas vocais e me ponham a cantar ainda melhor...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Fuma! Fuma!

Parece ser o sentimento de grande parte dos portugueses. O anúncio de Sócrates de que vai deixar de fumar é despropositado. Por isso talvez seja hora de anunciar que afinal não, afinal não deixa de fumar. Claro que a oposião o acusaria imediatamente de 'constantes recúos'. Mas com isso podemos nós bem. E ele também.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Duas coisas

A primeira é uma referência à crónica do José Luís Peixoto na 'Visão' de hoje. 'Sim significa não', é o título. Brutal. No bom sentido. Remete para aquela sensação de que, quando tudo está perfeito, não tardará muito para que algo aconteça e belisque a perfeição.
Uma amiga minha fotografou-o há uns tempos e voltou embeiçada. Ele tem de facto um je ne sais quoi. Escreve muito bem. E tem pinta.
A segunda diz respeito às declarações que ouvi ontem da ministra da Saúde, relativas ao encaminhamento para o sector privado dos casais inférteis que não conseguem obter, em tempo útil, respostas por parte dos hospitais públicos.
Antes de iniciar a minha via sacra, tentei marcar consulta nos hospitais públicos que, em Lisboa, disponibilizam consultas de infertilidade/esterilidade. Esbarrei em listas de espera que ascendem aos 12 meses e avancei para o privado. É caro, sem dúvida, mas no espaço de cinco meses já fiz inúmeros exames, tirámos uma série de situações a limpo, fiz tratamentos. Progrediu-se, no mínimo.
A reportagem de ontem também dava conta de que existem 500 mil casais 'que lutam em Portugal contra a infertilidade'. Lá em casa sentimo-nos, acho que posso dizer assim, menos sós. É estranhamente reconfortante saber que somos tantos. Até porque ninguém, das nossas relações, tem ou teve este problema. Porque só falamos sobre isto com um número muito restrito de pessoas. E um com o outro, claro. Mas que não haja dúvidas quanto a isto: por mais que nos apoiemos, mutuamente, e por mais que esta situação tenha contribuído para reforçar os laços que nos unem, a forma como homem e mulher encaram o problema é muito, mas muito, diferente.

José, menos, por favor

Se há coisa que eu detesto é que o meu marido goze comigo com razão.
Este é o tipo de coisa que acontece quando, por exemplo, o Benfica chega ao intervalo de um jogo com o Sporting a ganhar por 2 e acaba a levar 5.
Quanto mais eu afino mais o meu marido se diverte e isto é verdadeiramente irritante. Estas cenas costumam acabar comigo de trombas e com o meu marido agarrado ao estômago, de tanto rir.
Ora o nosso primeiro-ministro, neste capítulo, não me facilita a vida.
Sócrates, amigo, assim não vamos lá.
Se não bastassem as notícias que davam conta de que fumavas alegremente nos aviões, fizeste pior quando:
- disseste que não sabias que estavas a infrigir um regulamento ou lei;
- pediste desculpa;
- disseste que ias deixar de fumar.
José, menos, por favor. MENOS.
Por este andar, mais dia menos dia esgotam-se-me os argumentos para te defender perante o que ainda agora deve estar a rebolar-se de riso lá em casa.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O peso das coisas

«The taste of her breath, I'll never get over
The noises that she made kept me awake
The weight of things that remain unspoken
Built up so much it crushed us everyday»

Estou maravilhada com este último álbum dos Maroon 5, que é catita do princípio ao fim. Este bocadinho é de 'Won't go home without you', que eu própria interpreto na perfeição.

Actor fétiche


A propósito de 'Blindness', que abre o festival de cinema em Cannes.
Mark Ruffalo.
O rapaz tem qualquer coisa que me gusta.

Granel

Grande granel por causa do fumo nos aviões fretados pelo gabinete do Primeiro Ministro e pela Presidência da República.
A minha pergunta é: alguém tinha dúvidas de que se fumava nesses vôos?

terça-feira, 13 de maio de 2008

'Pôdérosa'

Coisa rara, nos dias que correm, desfrutarmos da companhia umas das outras durante horas, sem pressas e sem stress.
Aconteceu no sábado, à conta da festa de aniversário de uma amiguinha da Meg. Enquanto a princesa se divertia, as três foram à vida airada. Passar horas esquecidas numa esplanada era coisa que já não fazíamos juntas há muito mais tempo do que devia ser legalmente permitido.
Somos amigas há uma quantidade obscena de anos e é bom saber que, apesar de tudo, ainda são mais as coisas que nos unem do que aquelas que nos separam.
As minhas são mesmo as melhores amigas do Mundo.
O meu humor começa, entretanto, a entrar na fase ascendente.
Tenho-me dado conta, ao longo dos últimos meses, de que o meu estado de espírito depende directamente do meu calendário ovulatório.
Isto é um assunto muito sério.
A apatia que começa a apoderar-se de mim logo que surgem os primeiros sintomas de que, enfim, ainda não foi desta que engravidei, vai desvanecendo à medida que os dias avançam.
Acabando por dar lugar à euforia, no pico do meu período fértil.
E assim sucessivamente.
Confesso que tenho alguma dificuldade em lidar com esta montanha-russa emocional, logo eu, a estável por excelência.
Mas como estou a entrar, como eu dizia, na fase ascendente, começo a sentir que tenho o Mundo e o Destino nas minhas mãos... e assim ninguém me pára. Pelo menos até à próxima decepção. :-)

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Bem catita

É ou não é uma das músicas mais catitas do momento?... Para reacção à traição da namorada, não está nada mal... Impossível não dar ao pézinho!

«I didn't hear what you were saying
I live on raw emotion baby
I answer questions never maybe
And I'm not kind if you betray me
So who the hell are you to say we
Never would have made it babe

If you needed love
Well then ask for love
Could have given love
Now I'm taking love
And it's not my fault
Cause you both deserve
What is coming now
So don't say a word

Wake up call
Caught you in the morning with another one in my bed
Don't you care about me anymore?
Care about me?
I don't think so.
Six foot tall
Came without a warning so I had to shoot him dead
He won't come around here anymore
Come around here? I don't think so.

Would have bled to make you happy
You didn't need to treat me that way
And now you beat me at my own game
And now I find you sleeping soundly
And your lovers screaming loudly
Hear a sound and hit the ground

If you needed love
Well then ask for love
Could have given love
Now I'm taking love
And it's not my fault
Cause you both deserve
What's coming now
So don't say a word

Wake up call
Caught you in the morning with another one in my bed
Don't you care about me anymore?
Don't you care about me? I don't think so.
Six foot tall
Came without a warning so I had to shoot him dead
He won't come around here anymore
Come around here?
I don't feel so bad, I don't feel so bad, I don't feel so bad

I'm so sorry darling
Did I do the wrong thing?
Oh, what was I thinking?
Is his heart still beating?

Wake up call
Caught you in the morning with another one in my bed
Don't you care about me anymore?
Don't you care about me? I don't think so.
Six foot tall
Came without a warning so I had to shoot him dead
He won't come around here anymore
Come around here? I don't feel so bad

Wake up call
Caught you in the morning with another one in my bed
Don't you care about me anymore?
Don't you care about me? I don't think so.
Six foot tall
Came without a warning so I had to shoot him dead
He won't come around here anymore
No, he won't come around here. I don't feel so bad

I don't feel so bad (Wake up call)
I don't feel so bad (Caught you in the morning with another one in my bed)
I don't feel so bad (Don't you care about me anymore?)
Care about me? I don't feel so bad.
Wake up call
Caught you in the morning with another one in my bed
Don't you care about me anymore?»

Wake up call, Maroon 5


quarta-feira, 7 de maio de 2008

Feliz da vida

Já tinha ouvido contar coisas boas mas nunca tínhamos tido a experiência. Aproveitámos o fim-de-semana prolongado para ir 'à terra' (a do meu marido, bem entendido) e foi precisamente no concelho do Fundão que tivémos a nossa primeira experiência naquilo que chamam de 'turismo em espaço rural'.
Uma aldeia muito catita, uma das denominadas 'Aldeias do Xisto', chamada Janeiro de Cima, uma casa de xisto completamente recuperada e decorada com muito bom gosto, chamada 'Casa de Janeiro', um restaurante todo fashion onde se comem maranhos e chanfana, chamado 'Fiado', e um bar muito castiço onde só passam rock (do antigo, em bom), chamado 'Passadiço'.
Pelo meio, uma tarde passada a pescar trutas.
Uma coisa à séria. E eu a repetir, incansavelmente, 'isto é que é serviço!'.
Regressados, tempo para as planeadas, e muito ansiadas, digo eu, remodelações cá de casa. A cozinha ganhou uns estores lindos, amarelíssimos. A sala virou um misto de baunilha e chocolate, muito hiamy. A varanda ganhou luz e dimensão, graças a uma nova decoração, made by me.
Estou feliz da vida.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Coisas

Comentava eu, há uns dias, que o PSD é "um saco de gatos".
(e eis que Alberto João utiliza precisamente a mesma expressão para se referir ao partido)

quarta-feira, 23 de abril de 2008

E você, onde estava no 23 de Abril?


Eu estava a casar.

terça-feira, 22 de abril de 2008

O doce nunca amargou?

No domingo tentei fazer uma tarte de limão que tinha visto o James Oliver a fazer na televisão. A coisa deu trabalho mas correu surpreendentemente bem. Pelo menos até as 'cobaias' dos meus dotes culinários provarem a primeira garfada e concluírem que eu tinha usado, provavelmente, o dobro do sumo de limão necessário.
Justifiquei-me dizendo que não tenho, definitivamente, mão para doces.
"Para os doces talvez não, mas para os amargos tens de certeza".
O meu Pai é um génio.
O meu marido, que também é um doce, irritava-se com o rádio do meu carro por apanhar muito mal algumas estações, com ruídos e interferências.
Vai daí, no domingo instalou-me outro rádio e aquilo agora é a bombar (ainda mais).
Ontem à noite expliquei-lhe (perante o seu ar horrorizado) que às vezes aumento de tal forma o volume que consigo ver os vidros do carro a estremecer.
Isso aconteceu hoje, graças a esta música, que é, mesmo, muito catita.
Já agora, apesar do sol e do céu azul, ainda não chegou a Primavera tal e qual todos a queremos e por isso acho que onde se estava mesmo bem era num país tropical. :-)

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Uma década

Dei-me conta, há uns dias, de que passam, este ano, dez sobre a conclusão do curso. Dez anos de licenciatura, é o que isto significa. Uma década. Cristo...
Desde então tenho vindo a pensar que a efeméride merece uma comemoração, enfim, à altura. Só ainda não sei qual.
Já relativamente ao meu aniversário de casamento, que é para a semana, é o pretexto ideal para comprar uma túnica e umas calças LINDAS que vi num catálogo da Decenio. Toda a desculpa é boa para uma gaja comprar roupa.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Será...

... que há por aí alguém com influência junto de S. Pedro?...
É que este tempo... Não há pachorra...

terça-feira, 15 de abril de 2008

New look

Pode ser que com a mudança de visual a Primavera se entusiasme e dê o ar de sua graça...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Somos o que comemos

Este sábado não consegui ver, mas vi, na semana passada, o que julgo ter sido o primeiro episódio de um documentário chamado 'A verdade sobre os alimentos' (canal 1).
O episódio centrava-se na relação entre os alimentos e o sexo, a reprodução, o desejo, enfim, por aí.
Está muito bem feito, num estilo muito ligeiro e divertido.
A ideia é responder a perguntas e desmistificar algumas crenças.
Para isso, recorrem a voluntários e a experiências, sui generis e muito divertidas, diga-se.
Uma das coisas que demonstraram foi, por exemplo, que there is no such thing as alimentos afrodisíacos. Afrodisíacas são as pessoas, o que comemos pouco interessa quando estamos com uma pessoa pela qual nos sentimos atraídos.
Outra questão à qual tentaram responder estava relacionada com a influência de determinados alimentos na qualidade dos espermatozóides. Parece que sim, que homens que ingiram grandes quantidades de frutas frescas têm grandes probabilidades de ver melhorada a qualidade dos seus bichinhos.
As conclusões são retiradas depois de realizadas experiências, com voluntários, como disse.
E a que mais me divertiu foi a que tentava provar a influência dos alimentos ingeridos no sabor do sémen.
Quatro ou cinco casais aceitaram participar na experiência.
Eles, isolados, seguiam durante alguns dias uma dieta à base de um tipo de comida - picante para um, à base de peixe para outro, à base de carne para outro, à base de fruta e vegetais para outro. Acho que eram quatro.
Decorridos alguns dias era chegada a altura da prova. Algo que eu pensei que as senhoras fizessem no recato... entre quatro paredes... Mas não!
Feita a colheita, o sémen era servido às senhoras em tubos de ensaio (sim) para que o bebessem (sim) e depois assinalassem numa folha de papel com que tipo de sabor mais o identificavam - picante, peixe, carne, frutado...
E desta forma se provou (literalmente) que os alimentos influenciam o sabor do esperma.

13 de Abril, Coliseu dos Recreios

A menina estava lá...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Eu e as agulhas...

... não temos uma relação propriamente fácil.
Cozer, esqueçam. Sou dotada para muitas coisas (pronto, para uma ou duas, vá lá) mas a costura não é, certamente, uma delas.
Tudo o que envolva agulhas e o meu corpo, pior ainda.
Esta minha aversão, que é bem conhecida dos que me são mais próximos, tem sido posta à prova ao longo dos últimos meses de uma forma que eu não julgava possível.
Ele é análises, ele é injecções, é o que se queira.
Culminando, na semana passada, com a realização de uma biópsia. Ou devo dizer citologia aspirativa?... Bem, whatever. Para quem não sabe, é um procedimento médico que envolve uma agulha e a colheita de uma amostra de tecido no interior do nosso corpinho. Uma coisa boa para começar o dia, portanto.
Calmíssima, waiting for the worst but expecting the best, como é meu costume, lá fui. E a coisa deu-se. Tenho tido uma sorte desgraçada, porque me têm aparecido boas pessoas ao caminho. O médico era uma gentileza e as meninas que o acompanhavam, seriam enfermeiras, algumas, ou médicas, não sei bem, umas queridas.
O charmoso do médico não se fez rogado nos preliminares, explicou-me com detalhes o que ia fazer, fez perguntas, ouviu atentamente as minhas respostas, e garantiu-me que utilizaria a agulha mais fina, e passo a citar, de todas as que estão disponíveis no mercado. É a azul-bebé, explicou-me. Tinha graça, o doutor.
Com a delicadeza possível, lá me espetou uma vez a agulha, esclarecendo logo que aquela primeira era só para efeitos exploratórios. Tudo bem. Voltou à carga pouco depois, sempre atencioso, tal como as meninas, perguntando-me se me estava a sentir bem e tal. À terceira comecei a dar sinais de impaciência. Aquilo não é propriamente divertido, diga-se. Tranquilizou-me, explicou-me que estava feito.
Pelo meio ainda lhe disse que se quisesse explorar mais, tinha outras zonas do corpo de onde podia aspirar coisas, tipo as ancas, e tipo gordura. Levantou a toalha de papel de mesa que me cobria e disse-me "não me parece que precise".
Eu, que não desdenho um elogio, quando me levantei, e ainda antes de me vestir, dirigi-me a ele dizendo-lhe que tinha sido um prazer. Sim, porque eu sou uma mulher que aprecia ser bem tratada.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Surreal

Ao final do dia de ontem, já em casa, comentava com o meu marido que tinha trocado mensagens com o meu antigo chefe, que ontem fez anos.
Ele lembrou-se, por causa disso, do aniversário de uma amiga. Ligou-lhe, ela não atendeu, deixou-lhe mensagem no voice mail.
Daí a pouco ela ligou-lhe de volta. Estiveram a conversar animadamente. Eu estava na cozinha, a fazer o jantar, quando o meu marido assoma a porta, com um ar assustadíssimo.
"- Não vais acreditar no que aconteceu. A c. deve ter dado a maior queda de todos os tempos, enquanto estava comigo ao telefone...
- Desculpa?
- Estava a falar comigo, de repente ouvi um barulho enorme, ela começou aos gritos, e ouvi pessoas a dizer 'não se mexa, tenha calma'... ainda chamei por ela, como não respondia, estava uma grande confusão, desliguei...
- Então liga outra vez!"
Ligou, atendeu uma senhora que lhe explicou que a amiga (que estava sozinha) tinha caído escadas a baixo, nas Amoreiras, que estava magoada e que já tinham chamado uma ambulância.
"- É muito mau. Ela estava a falar comigo, estou a sentir-me muita mal...".
O a. ligou depois a outra amiga comum, que estava em Lisboa, e acompanhou a situação de perto. A c., que fazia anos, acabou com um ombro deslocado e toda dorida.
Desconfio que foi a última vez que atendeu o telefone ao meu marido.
Ele há coisas...
Entretanto, chegou a Primavera.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Suficientemente boa

Para me recompor de uma semana de cão, só mesmo o fim-de-semana. E, já agora, esta música, que é, mesmo, muito boa. E não apenas suficientemente boa.

"Good Enough"

Under your spell again.
I can't say no to you.
Crave my heart and it's bleeding in your hand.
I can't say no to you.

Shouldn't let you torture me so sweetly.
Now I can't let go of this dream.
I can't breathe but I feel...

Good enough,
I feel good enough for you.

Drink up sweet decadence.
I can't say no to you,
And I've completely lost myself, and I don't mind.
I can't say no to you.

Shouldn't let you conquer me completely.
Now I can't let go of this dream.
Can't believe that I feel...

Good enough,
I feel good enough.
It's been such a long time coming, but I feel good.

And I'm still waiting for the rain to fall.
Pour real life down on me.
'Cause I can't hold on to anything this good enough.
Am I good enough for you to love me too?

So take care what you ask of me,
'cause I can't say no.

segunda-feira, 17 de março de 2008

E agora para um pouco de análise política, parte 2

Não é que eu esteja obcecada. Mas os acontecimentos dos últimos dias não me permitem ficar calada.
A SIC emitiu, na semana passada, reportagens sobre o lado pessoal de Sócrates e Menezes. Acho que a coisa tinha potencial para mais, não fiquei totalmente satisfeita com os resultados. Mas fiquei naturalmente embevecida com o Sócrates. Gosto dele, continuo a gostar dele, do estilo e de tudo o resto. E depois de o ter ouvido ontem a tratar o Mário Lino por Mário 'Jamais', ainda mais. Até o meu marido ficou rendido, depois daquela tirada. Foi forçado a reconhecer que ele tem piada. E para o meu marido reconhecer isto, atenção, foi um grande passo.
Curiosamente, uma das minhas recentes descobertas, pleno de pontencial intelectual, navega nas águas ideológicas do meu marido. Pedro Passos Coelho. Diz que é capaz de vir a ser líder do PSD. Não me faria mudar de cor, não, isso não. Mas lá que é muito jeitoso, ai, isso, sem dúvida.

quarta-feira, 12 de março de 2008

E agora para um pouco de análise política

Estava ontem a observar o Ribau Esteves na televisão.
Para começar, ninguém se chama Ribau Esteves.
O tom de voz, a postura. O senhor tem o condão de me enervar. Irrita-me. Tira-me do sério.
Ao contrário do que acontece com o Nuno Melo.
Integra o painel de comentadores de um programa que começou há duas ou três semanas na RTP, o 'Corredor do Poder'. E é uma alegria.
O António Capucho entrou em 'rota de colisão' com a direcção do PSD. A direcção do PSD diz que dispensa o António Capucho. Eu, enquanto munícipe de Cascais, também o dispensava.

segunda-feira, 10 de março de 2008

A menina dança



Afinal, parece que a Primavera ainda não chegou.
Está um dia lindo, hã?
Dei-me conta de que não tinha publicado uma foto de Amarante. E se Amarante merece!
Entretanto, recebi uma remessa de fotografias que documentam a noite de sexta-feira da semana passada. Sair à noite e ter um fotógrafo por perto pode não ser uma coisa positiva, believe me. Ainda assim, é sempre bom ficar com registos dos bons momentos. :-)
Por não querer (e não poder) comprometer a imagem de terceiros, tenho de me limitar às minhas próprias tristes figuras.
E a menina dança...
Parece-me que ouço 'Bodyrockers' ao longe... Estão a cantar para mim, ai estão, estão...
«There's so many things i like about you,
I just don't know where to begin.
I like the way you, look at me with those beautiful eyes,
I like the way you act all surprised,
I like the way you sing along,
I like the way you always get it wrong,
I like the way you clap your hands,
I like the way you love to dance,
I like the way you put your hands up in the air,
I like the way you shake your hair,
I like the way you like to touch,
I like the way you stare so much,
but most of all...
Yeah...
most of all...
I like the way you move!»

terça-feira, 4 de março de 2008

Olha, chegou a Primavera!

Semana atribulada, a que passou.
Os dias de aplicação sub-cutânea dos tratamentos não foram propriamente pêra doce, mas a malta cá está para se rir do assunto. Apliquei-me tanto na primeira noite de injecções que fiz uma nódoa negra na barriga, que me acompanha até hoje. Foi dos nervos. A médica diz que é normal. Consegui 'auto-picar-me' durante cinco dias seguidos, para grande orgulho do meu marido, que nunca pensou que fosse capaz, dada a minha conhecida aversão a agulhas.
Depois fomos à médica, que nos deu boas notícias. Boas notícias e uma receita para aviar. Mais uma seringa e toma lá, pica-te amanhã a hora de almoço. Fónix!
Para desanuviar a cabecinha, o casal de treinantes foi para a borga na sexta à noite. Separados, bem entendido. Para descontrair, nada melhor do que rir até nos doerem os maxilares. E perceber que a vida é maravilhosa também (e muito) por causa dos amigos que se fazem pelo caminho.
Pelo meio, ainda estive dois, quase três, dias em Amarante, onde fui para assistir a um seminário. Oportunidade para aprender, e não foi pouco, e para rever os amigos. Comoveu-me a gentileza, a simpatia e o carinho com que me acolheram. Não me arrependi nem por um minuto de ter decidido fazer a viagem, ainda que tenha sido tudo planeado em cima da hora e tenha surgido de forma muito inesperada. Foi cansativo mas valeu 100% a pena. Pessoas assim não entram nas nossas vidas todos os dias e eu estou imensamente grata por tê-los conhecido.
Entretanto, e porque continuamos a ser uma família muito moderna, o meu marido está na Alemanha e lá em casa instalou-se o 'girl power'. I rule. Se aqui estivesse o a. dizia já que eu mando sempre, quer ele esteja quer não. Mas isso é só ele a falar...
Entretanto, chegou a Primavera. Chegou, chegou.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Começo hoje a dar na veia...

... Gonal-F, estimulante dos folículos por via intra-venosa... Diz que dá uma trip altamente... :-)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Saraiva's Law

Não é fácil, claro, mas superar a saudade dos que partem custa menos se nos esforçarmos por recordá-los sempre no seu melhor. Ou por aquilo que tinham de melhor.
Falávamos sobre isto no dia em que nos despedimos do amigo que nos deixou. Falávamos, eu, a a. e a r., sobre a necessidade de limpar as lágrimas e começar, definitivamente, a encarar a vida de forma mais positiva.
De vez em quando temos de parar um bocadinho e tomar uma resolução séria.
A minha resolução de fim-de-semana foi esta: pôr em prática, no dia-a-dia, todos os dias, um pouco, pelo menos um pouco, daquilo que víamos o Carlos fazer.
Sorrir, por exemplo. Mais, bolas, mais, por todos os motivos e mais algum. Porque vivemos, acima de tudo. Porque amamos. Porque somos amados. Porque não custa. Porque é a melhor forma de chegar ao coração de alguém.
Fazer saber àqueles de quem gostamos o que sentimos. Foi a r. que lembrou este pormenor. Que o Carlos lhe telefonava, muitas vezes, só para lhe dizer "gosto de ti". Porra, isto é lindo. E é fácil. Dizer. "Gosto de ti".
Abraçar. Outra coisa que o Carlos fazia. Abraçava-se a toda a gente. Abraçava as pessoas de quem gostava. Temos, e contra mim falo, este problema com o contacto físico. Eu estou a tentar emendar-me. Não estou, naturalmente, a falar de abraçar o meu marido. A ele abraço, claro. Estou a falar de abraçar os amigos, só porque sim. E aos namorados, maridos, amantes ou o que for, mais ainda. Com força.
Contar anedotas e rir. O Carlos era um exímio contador e nem todos temos esse talento. Deus sabe que eu não tenho. Foi o próprio Carlos quem mo disse, aliás, ainda outro dia, quando tentei fazê-lo rir com uma anedota. Frustrada a tentativa, perguntei-lhe "não tenho muito jeito, pois não?", ao que ele respondeu, com a voz rouca que tão bem o caracterizava, "não, querida", soltando de seguida a sonora gargalhada que lhe conhecíamos. Mesmo assim, tentemos. Contar. Ou então vamos pedir que nos contem. Para nos rirmos. Todos os dias.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Sempre


«Um homem com mais alguns anos que eu [sábio?], que considero extraordinariamente inteligente, culto e louco, disse-me outro dia, com a naturalidade com que dizemos 'bom dia', que vê em mim "algo de mulher africana".
Se a afirmação, por si só, me desarmou, a explicação que se lhe sucedeu, essa, fez-me corar até à raiz dos cabelos.
Lá está porque é que vermo-nos retratados nas palavras dos outros nos permite sempre aprender alguma coisa sobre nós mesmos.»
Isto que escrevi há uns dias e publiquei aqui dizia respeito a um homem que nos deixou hoje, repentinamente, e nos fez sentir como se tivéssemos levado um murro no estômago. Disse-mo no dia em que nos tiraram esta fotografia. Foi uma muitas coisas que me disse e que nunca mais vou esquecer. Já tenho saudades.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Fim de quê?

A partir do momento em que se começam a ter responsabilidades, digamos, domésticas, os fins-de-semana adquirem todo um novo significado.
Eu até me esforço por me organizar durante a semana, e lá vou conseguindo, mas há sábados - como o que passou - em que não consigo fugir de um carrinho cheio de compras de supermercado, de uma ida à lavandaria, de umas quantas máquinas de lavar roupa e loiça, mais de um "é só dar um jeito à casa". E de uma ida à depilação, para poder dizer ao meu marido que sou, de facto, o mais próximo de mulher perfeita que existia no mercado.
Depois de tudo isto, uma canseira, um grande bem haja à minha sogra pela carne estufadinha que me livrou de ter que fazer jantar.
A seguir desmaiei no sofá. Depois tranferi-me para a cama, onde dormi, vá, umas boas onze horinhas...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Family ties

A minha Avó (paterna) fez anos no dia 5, terça-feira de Carnaval.
Telefonei-lhe de manhã e recebeu-me muito entusiasmada.
A conversa começou mais ou menos assim:
«-Estou!?
- Sim, Vó, sou eu!
- Eu sei, estava aqui com um amigo, que me veio visitar, e assim que olhei para o telefone disse logo "ai, é a minha querida neta"».
[sou a única. neta, sexo feminino, sou a única]
A conversa continuou por aí adiante.
Mais tarde, relatava o telefonema ao meu marido, comentando o facto de a minha Avó, viúva há anos [o meu queridíssimo Avô, tenho saudades], receber em casa visitas de um "amigo" [ou, quem sabe, mais que um...] e ilustrei, com a intenção de fazer uma piada, dizendo "saiu-me cá uma flausina, a minha Avó".
O meu marido olhou para mim e tenho a certeza que pensou o que eu disse, logo a seguir: «quem sai aos seus... não é de Genebra...».

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

«Um dia bem começado...

... deve ser bem acabado».
Esta frase, fantástica, foi descoberta por uma amiga minha num conjunto de azulejos que existe ali no Jardim de Oeiras.
Mostrou-ma, em fotografia, e chegámos logo à conclusão que é uma excelente máxima.
E é também o pensamento para o dia de hoje, que espero termine tão bem como começou... :-)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Esperem lá...

... andaram tigres à solta na Azambuja?

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Quem, eu?

Um homem com mais alguns anos que eu [sábio?], que considero extraordinariamente inteligente, culto e louco, disse-me outro dia, com a naturalidade com que dizemos 'bom dia', que vê em mim "algo de mulher africana".
Se a afirmação, por si só, me desarmou, a explicação que se lhe sucedeu, essa, fez-me corar até à raiz dos cabelos.
Lá está porque é que vermo-nos retratados nas palavras dos outros nos permite sempre aprender alguma coisa sobre nós mesmos.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

About life, in general

Estes últimos dias tenho andado de Smart.
Inicialmente reticente, converti-me.
De facto, o carro é muito castiço. E cabe mesmo em qualquer lado. E também lá cabem muitas coisas dentro. Se cabe a minha enorme auto-estima, imaginem...
O meu carro [isto de ser meu é relativo porque lá em casa os carros estão sempre todos à venda, logo...] foi submetido a uns tratamentos, tipo pastilhas de travão e assim.
Parece que amanhã volto a conduzir um crro de cinco lugares. Acho que vou ter saudades do Smart. Vou ter de me portar bem para que o meu marido me empreste um para andar de vez em quando.
*
Estou quase a terminar o livro que tenho andado a ler.
Acho que estou mesmo no último capítulo (não tenho a certeza porque não fui espreitar o final).
O livro tem para aí 350 páginas. É grande.
Eu, que sou fácil como tudo, passei 300 páginas a torcer pelo romance entre o Mario, 18 anos, e a sua tia Júlia, divorcida, 32 anos.
Finalmente, para aí na 300.ª página, consumaram o amor que os unia e casaram-se, com 500 peripécias à mistura, devido ao facto de ele ser menor (maioridade aos 21) e não ter autorização dos pais para casar (muito menos com a tia).
E acabou?
Não, não acabou.
No último capítulo, que comecei a ler ontem, a história já avançou uns anos.
Vai daí, Mario conta que o casamento com a tia Júlia, ao contrário do que tudo parecia indicar, correu muito melhor do que alguma vez poderiam supor.
Durou oito anos.
COMO?!?
300 páginas a torcer por um romance e é isso, oito anos?!?
Vai daí, lembrei-me de algo que a tia Júlia tinha, em tempos, dito ao Mario.
Que se ficassem juntos cinco anos já teria valido a pena.
Porque tinha a certeza que seria feliz durante cinco anos.
O que é mais do que a maioria das pessoas pode dizer.
[e foi assim que aprendi mais qualquer coisa sobre a vida]

Comprovado

Interessei-me pelo romance do Sarkozi e da Bruni. É quase impossível passar ao lado da questão, diga-se.
Hoje, 'Sábado' e 'Visão' dedicam reportagens ao assunto.
Eu, que só vejo o meu umbigo, interessei-me particularmente pelo facto de a Carla Bruni ter nascido no mesmo dia que eu. Uns anos antes, é certo. O que é indiferente. Conhecida a minha obsessão com o dia do meu aniversário, o meu interesse pela Carla Bruni aumento muito ao saber que faz anos a 23 de Dezembro.
Ainda mais, quando percebi que se assumia como uma manipuladora, uma sedutora e totalmente descomplexada em relação aos seus relacionamentos com os homens. Parece que acha a monogamia uma seca. Uma maluca, é o que é.
E assim se confirma que por baixo da aparência hiper-racional de uma capricorniana se pode esconder a melhor das... cabras.
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