quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Começo hoje a dar na veia...

... Gonal-F, estimulante dos folículos por via intra-venosa... Diz que dá uma trip altamente... :-)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Saraiva's Law

Não é fácil, claro, mas superar a saudade dos que partem custa menos se nos esforçarmos por recordá-los sempre no seu melhor. Ou por aquilo que tinham de melhor.
Falávamos sobre isto no dia em que nos despedimos do amigo que nos deixou. Falávamos, eu, a a. e a r., sobre a necessidade de limpar as lágrimas e começar, definitivamente, a encarar a vida de forma mais positiva.
De vez em quando temos de parar um bocadinho e tomar uma resolução séria.
A minha resolução de fim-de-semana foi esta: pôr em prática, no dia-a-dia, todos os dias, um pouco, pelo menos um pouco, daquilo que víamos o Carlos fazer.
Sorrir, por exemplo. Mais, bolas, mais, por todos os motivos e mais algum. Porque vivemos, acima de tudo. Porque amamos. Porque somos amados. Porque não custa. Porque é a melhor forma de chegar ao coração de alguém.
Fazer saber àqueles de quem gostamos o que sentimos. Foi a r. que lembrou este pormenor. Que o Carlos lhe telefonava, muitas vezes, só para lhe dizer "gosto de ti". Porra, isto é lindo. E é fácil. Dizer. "Gosto de ti".
Abraçar. Outra coisa que o Carlos fazia. Abraçava-se a toda a gente. Abraçava as pessoas de quem gostava. Temos, e contra mim falo, este problema com o contacto físico. Eu estou a tentar emendar-me. Não estou, naturalmente, a falar de abraçar o meu marido. A ele abraço, claro. Estou a falar de abraçar os amigos, só porque sim. E aos namorados, maridos, amantes ou o que for, mais ainda. Com força.
Contar anedotas e rir. O Carlos era um exímio contador e nem todos temos esse talento. Deus sabe que eu não tenho. Foi o próprio Carlos quem mo disse, aliás, ainda outro dia, quando tentei fazê-lo rir com uma anedota. Frustrada a tentativa, perguntei-lhe "não tenho muito jeito, pois não?", ao que ele respondeu, com a voz rouca que tão bem o caracterizava, "não, querida", soltando de seguida a sonora gargalhada que lhe conhecíamos. Mesmo assim, tentemos. Contar. Ou então vamos pedir que nos contem. Para nos rirmos. Todos os dias.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Sempre


«Um homem com mais alguns anos que eu [sábio?], que considero extraordinariamente inteligente, culto e louco, disse-me outro dia, com a naturalidade com que dizemos 'bom dia', que vê em mim "algo de mulher africana".
Se a afirmação, por si só, me desarmou, a explicação que se lhe sucedeu, essa, fez-me corar até à raiz dos cabelos.
Lá está porque é que vermo-nos retratados nas palavras dos outros nos permite sempre aprender alguma coisa sobre nós mesmos.»
Isto que escrevi há uns dias e publiquei aqui dizia respeito a um homem que nos deixou hoje, repentinamente, e nos fez sentir como se tivéssemos levado um murro no estômago. Disse-mo no dia em que nos tiraram esta fotografia. Foi uma muitas coisas que me disse e que nunca mais vou esquecer. Já tenho saudades.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Fim de quê?

A partir do momento em que se começam a ter responsabilidades, digamos, domésticas, os fins-de-semana adquirem todo um novo significado.
Eu até me esforço por me organizar durante a semana, e lá vou conseguindo, mas há sábados - como o que passou - em que não consigo fugir de um carrinho cheio de compras de supermercado, de uma ida à lavandaria, de umas quantas máquinas de lavar roupa e loiça, mais de um "é só dar um jeito à casa". E de uma ida à depilação, para poder dizer ao meu marido que sou, de facto, o mais próximo de mulher perfeita que existia no mercado.
Depois de tudo isto, uma canseira, um grande bem haja à minha sogra pela carne estufadinha que me livrou de ter que fazer jantar.
A seguir desmaiei no sofá. Depois tranferi-me para a cama, onde dormi, vá, umas boas onze horinhas...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Family ties

A minha Avó (paterna) fez anos no dia 5, terça-feira de Carnaval.
Telefonei-lhe de manhã e recebeu-me muito entusiasmada.
A conversa começou mais ou menos assim:
«-Estou!?
- Sim, Vó, sou eu!
- Eu sei, estava aqui com um amigo, que me veio visitar, e assim que olhei para o telefone disse logo "ai, é a minha querida neta"».
[sou a única. neta, sexo feminino, sou a única]
A conversa continuou por aí adiante.
Mais tarde, relatava o telefonema ao meu marido, comentando o facto de a minha Avó, viúva há anos [o meu queridíssimo Avô, tenho saudades], receber em casa visitas de um "amigo" [ou, quem sabe, mais que um...] e ilustrei, com a intenção de fazer uma piada, dizendo "saiu-me cá uma flausina, a minha Avó".
O meu marido olhou para mim e tenho a certeza que pensou o que eu disse, logo a seguir: «quem sai aos seus... não é de Genebra...».

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

«Um dia bem começado...

... deve ser bem acabado».
Esta frase, fantástica, foi descoberta por uma amiga minha num conjunto de azulejos que existe ali no Jardim de Oeiras.
Mostrou-ma, em fotografia, e chegámos logo à conclusão que é uma excelente máxima.
E é também o pensamento para o dia de hoje, que espero termine tão bem como começou... :-)
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