O casamento é uma coisa curiosa.
Não sei exactamente como vai soar isto, mas a verdade é que... me têm acontecido coisas incríveis, desde que casei.
Na realidade, o casamento mudou-me. Mudou, pelo menos, a minha forma de encarar o casamento. E as pessoas. Homens e mulheres. As relações. A amizade. O sexo, também.
Falava sobre isto outro dia ao almoço, com umas amigas.
Chegámos a uma conclusão: está tudo doido.
A aliança no dedo anelar da mão esquerda, pensava eu na minha ingenuidade, funciona como um repelente relativamente a abordagens por parte de elementos do sexo oposto (ou do mesmo...).
Nada mais errado.
Acredito, hoje, que funciona como um iman.
E as minhas amigas partilham desta minha convicção.
Se não, vejamos.
Vamos pôr-nos na pele de um homem casado que se sente atraído por uma mulher, que não a sua.
O facto de ela ser, como ele, casada, confere uma muito maior segurança. Uma mulher solteira terá, mais facilmente, ilusões, criará, mais facilmente, expectativas. Pode criar problemas, provocar situações embaraçosas, constrangimentos.
Uma mulher casada, em princípio, não.
A igualdade de circunstâncias em que ambos, casados, se encontram, aumenta o nível de risco, é certo, mas também os níveis de adrenalina e de excitação.
O facto de ambos terem tudo a perder faz com que ambos cultivem de igual modo a discrição.
Uma mulher casada dificilmente se deslumbrará com a atenção de um homem casado. Pelo menos não ao ponto de desejar que ele deixe a mulher, até porque isso a colocaria também numa situação difícil.
Isto é matemático.
A ideia de que os homens traem mais do que as mulheres está totalmente desactualizada.
Hoje, eu tenho praticamente a certeza disto, homens e mulheres relativizam, de igual modo, o conceito de fidelidade conjugal.
Está tudo doido, tal como eu dizia.
Dizer "eu sou casada" provoca tudo menos desinteresse.
Pelo contrário, aumenta o interesse.
Isto é muito estranho, mas é assim mesmo.
Estas e outras coisas tenho eu vindo a aprender, desde que me casei.
Universo complexo, o do matrimónio.
Está tudo doido. Mesmo.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
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