Difícil, acreditar que está a começar mais uma semana quando a anterior me engoliu de repente.
Ainda ontem foi segunda. Ainda ontem foi sexta. Ainda hoje é segunda.
A passada, passei-a embrenhada no trabalho que a cada dia, a cada semana, a cada mês, me dá mais gozo.
Se tudo correr bem e desta vez as máquinas não decidirem encravar, lá para o final desta semana já cá o tenho, o menino, nos braços.
Segunda, terça, quarta e quinta-feira, dias colados ao(s) teclado(s) e ao(s) monitor(es), totalmente absorvida pela coisa que mais prazer me dá fazer, logo a seguir à escrita e à edição dos textos: a produção, a maquetagem, o corta-e-cola de antigamente, transformado agora em cut-and-paste.
O d., que faz estas maratonas de braço dado comigo, o dono do outro par de mãos que faz este trabalho, chegou a arranjar-me um cantinho lá no atelier, entre a secretária dele e a do c., para que pudesse aproveitar o tempo enquanto ele faz coisas nas quais não meto o bedelho e ir escrevendo mais um textinho, que é mesmo o que falta para fechar mais uma página.
Trabalhar com pessoas que acabam por tornar-se nossas amigas é uma sorte.
Mais do que uma sorte, é uma felicidade.
Não sei se o mérito é meu, mas tenho deixado amigo(a)s nos sítios onde tenho trabalhado. O que é bom.
Tenho feitos amigos, aqui. Duas amigas, em particular, muito queridas. Mais uma boa meia dúzia de óptimas pessoas das quais gosto muito. Mais um grupo alargado de colegas capaz de transformar o mais cansativo e enfadonho dos dias numa festa.
Uma das noites da semana foi passada em frente ao computador, em casa, a escrever textos que tinham mesmo de o ser. Até à uma da manhã, algo que, quem me conhece sabe, exige de mim um esforço sobre-humano.
Dormi bem, mas pouco, fartei-me de trabalhar no dia seguinte, em que tinha agendado um ‘serviço’ de agenda na rua.
Uma correria, na tentativa de chegar a tempo, chegámos, e bem, a horas, porque, já sabemos, toda a gente se atrasa sempre nestas coisas.
Fim de tarde, esplanada em cima do rio, o pôr-do-sol mais bonito que é possível, uns acepipes ‘daqui’, um copo de vinho de Carcavelos e um grupo de colegas 5*. Sim, estou a falar de trabalho…
Melhor? Impossível.
Naquele momento, o meu emprego pareceu-me o melhor do Mundo.
A sério. E disse-o. Disse-o várias vezes, até que houve quem arriscasse o palpite de que talvez já tivesse bebido um bocadinho de vinho a mais.
Tentaram tirar-me o copo da mão.
Mas não, a verdade é que dou mesmo valor a momentos assim e aqueles valeram pela semana intensa de trabalho, que ainda nem sequer tinha chegado ao fim.
O vinho produziu efeito, sim, mas mais tarde, quando embalada pelo movimento do carro, a caminho de casa.
Esforcei-me para manter os olhos abertos. Claro que tanta dedicação à causa redunda, geralmente, numa muito escassa vontade de cozinhar – esta já de si é pouca – pelo que naquela noite houve pizza…
Eu sei que há pratos facílimos de fazer e que só é preciso ter um bocadinho de imaginação mas a minha esgoto-a na escrita e depois faz-me falta frente ao fogão, OK?
Não é que eu cozinhe mal, não é bem isso, a questão é que não consigo dar conta de todos os recados, tipo expoente máximo daquela amiga do Marco Paulo que era uma lady na mesa e uma louca na cama… J
Tinha pensado substituir, este fim-de-semana, as plantas moribundas da minha varanda por umas novas e cheias de flores, mas a Mãe sugeriu que esperássemos mais uma semana, porque o tempo ainda está a fazer caretas e a Primavera parece que ainda não decidiu instalar-se definitivamente.
De maneiras que a ida ao viveiro ficou adiada para a semana que vem e em vez disso fomos passear e fazer um bocado de ‘window shopping’, que é uma coisa que gostamos muito de fazer juntas.
Aproveitámos para tratar dos presentes de aniversário do Pai, que faz anos amanhã.
Passei a tarde de sábado no cabeleireiro, algo que é sempre revigorante.
E o domingo a não fazer nada [excepto pôr roupa a lavar / estender roupa / arrumar a casa / fazer jantar para quatro / ver o resumo dos ‘Perdidos’ e o primeiro episódio da nova série com o Rodrigo Santoro e ainda o ‘Eixo do Mal’ e a final dos ‘Grandes Portugueses’, sim, o Salazar foi votado como o maior português de todos os tempos], o que também pode ser muito estimulante.
Entretanto mudou a hora. Quando acordei hoje estava mais frio e mais escuro do que é costume, mas isto passa, só custam os primeiros dias.
Em compensação, está quase na hora de ir para a casa e lá fora o Sol brilha… Iupi, é segunda-feira…
segunda-feira, 26 de março de 2007
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