Faz hoje uma semana que comecei as minhas mini-férias e estava um dia lindo, com calor e tudo. Em Viana do Castelo, imagine-se. Hoje, já em casa, preparando-me para o regresso ao trabalho, sou confrontada com a maior ventanosga de que há memória e um frio de fazer bater o dente. É impressão minha ou o tempo devia estar um bocadinho melhor, dado que estamos praticamente em Maio?!?...
Whatever...
O roteiro de férias incluiu Viana do Castelo. Confirma-se como uma das minhas cidades portuguesas predilectas. A região de Portugal de que mais gosto é sem dúvida o Alentejo. Não tenho qualquer ligação familiar ao Alentejo, apenas emocional. Gosto da paisagem em tons de terra.
Porém, e mesmo que isto possa parecer contraditório, a minha cidade alentejana de eleição é Alcácer. Porque é Alentejo com água.
Apesar disso, não fico indiferente ao encanto minhoto. Ainda para mais com água, água salgada, como sucede em Viana. A Praia do Norte é um sítio lindíssimo, onde espero voltar outras vezes.
E depois há as pessoas e a pronúncia, que me deixa com pele de galinha. Gosto de os ouvir falar só por ouvir, porque a pronúncia do Norte põe calor nas palavras. Aqui em baixo somos demasiado frios e circunspectos.
Rumámos depois à Galiza, mais precisamente à Ilha da Toxa, em Pontevedra, com o tempo já a fazer caretas. As meninas da meteorologia galega [a TV Galicia é uma das piores coisinhas deste mundo, registe-se] passaram os dias a anunciar chuva e descida de temperatura, de maneiras que não tardou muito para que decidissemos que em Portugal se estaria provavelmente melhor.
Fizemos a viagem sempre pela costa, que é lindíssima, e aproveitámos a travessia de ferry até Caminha. Belo passeio.
Antes do Porto ainda houve tempo para (re)visitar Braga, cidade da qual tinha memórias já muito distantes. É ainda mais encantadora do que me lembrava. Cheia de gente, de animação e de vida. Gosto de cidades assim, onde ainda há comércio de rua, e tem clientes, onde as pessoas se juntam nos cafés, onde se vêem crianças e jovens nos jardins.
Tenho pena que Cascais seja cada vez menos isto. Cada vez mais deserta à noite. Cada vez mais descaracterizada. É uma pena, de facto.
De todo o modo, é a minha terra, e já lhe sentia a falta.
No regresso, o tempo foi escasso para preparar o jantar rotativo, que no passado sábado aconteceu cá em casa. Doze à mesa, mais o g., que não tarda nada está cá fora. A avaliar pelo tamanho da barriga que a a. carrega, não há-de tardar mesmo nada...
Aqui entre nós que ninguém nos ouve, dá trabalho e é cansativo, mas não me importava nada de ser a anfitriã de um destes jantares pelo menos uma vez por mês. Gosto da casa cheia.
O projecto de ter pelo menos três filhos ancora neste desejo de ter uma casa cheia de gente, a família, os amigos, as crianças mais os amigos das crianças. Tipo chegar aos cinquenta, meter a chave à porta, e ter a casa cheia de adolescentes. Para de seguida ter um fanico, desatar aos gritos, ordenar que arrumem a roupa, que façam as camas, que ponham a loiça na máquina, que desliguem A PORCARIA DA APARELHAGEM... pronto, já passou...
Veremos, o que o futuro me reserva...
segunda-feira, 30 de abril de 2007
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