sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Momentos inesquecíveis


Pois que repeti a experiência do ano passado no Encontro Nacional de Comunicação Autárquica e pois que foi espectacular.
Passámos, por causa disso, dois dias em Portimão (eu e a a.), onde mais de cem profissionais da área se reuniram para falar de coisas sérias mas, também, e isso é importante, passar um bom bocado.
Houve de tudo, apresentações muito interessantes (destaco a Cristina Amaro e o Carlos Coelho - o livro dele como prenda de Natal não era mal pensado...), boa comida, bom 'combíbio' e a experiência ultra-radical de jogar golfe pela primeiríssima vez.
Foi 'show de bola'... no caso, bolas, voando em todas as direcções, menos, é claro, o buraco onde, parece, é suposto enfiá-las. Bem giro!
Como foi uma coisa muito em torno do marketing, deixo aqui umas belas deixas, retiradas dos meus apontamentos...
Uma: 'it's not about if it fits you, it's about how it feels to you'
Duas: 'it's not how good you are, it's how good you want to be'
Três: 'o valor das coisas não está no tempo que duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis' (esta, parece-me, é de Pessoa e é, de facto, um mimo...).

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Uma(s) lágrima(s)

Já lá estava quando entrei para a faculdade. Esteve sempre, durante esses quatro anos. E durante todos os outros a seguir. Nos aniversários. Nos natais. Nas passagens de ano. Nas férias. Nos bons momentos. E nos maus.
Mordeu os meus namorados. Lambeu-me as mãos e a cara vezes sem conta. Fugiu-me. Desobedeceu-me. Rosnou-me. Fez-me rir. Fez-me chorar.
Deitou-se aos meus pés milhares de vezes. Abanava a cauda sempre que me via aparecer, sempre que falava com ele, sempre que sorria, e fez-me compreender que os cães também riem e também ficam tristes.
Por todas as alegrias, pela companhia que nos fez ao longo de 14 anos, pelas vezes em que se portou mal, pelas vezes em que demonstrou ser o cão mais inteligente de todos, por tudo, tudo, tudo, nunca, mas nunca, nos vamos esquecer que fez parte das nossas vidas.
O Tobias, coitadinho, adormeceu no sábado de manhã e sabemos que não vai voltar a acordar.
A saudade é imensa. É (foi) o melhor cão do Mundo. Estejas onde estiveres, Bias, só desejo que tenhas uma cama quentinha e frango assado. Frango assado todos os dias. Mereces isso e muito mais.
Faz falta. Vamos ter saudades sempre. Mas não o queria ver sofrer mais. 'Tadinho. Do meu (nosso) Tobias.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Mika - Relax, Take It Easy

Enquanto a minha chefe não percebe que eu sou só uma, e não três ou quatro, o melhor mesmo é relaxar... e ir de fim-de-semana a dar ao pezinho!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Sempre assim


Está a ser uma semana assim... ao melhor género montanha-russa.
Ontem, então, foi um dia embrulhadíssimo, com picos de êxtase e momentos de... huuummm... 'snif' [beicinho] sucedendo-se, atropelando-se uns aos outros.
Se nem eu me entendo muito bem às vezes, como pode alguém entender-me. Ou então pode. Ou então consegue. Ou então sabe, como eu sei. Que simplesmente não pode ser. Mas que vai sendo na mesma, enquanto se quiser assim tanto.
Whatever.
Não está a ser a melhor das semanas. Só porque está a ser assim... embrulhada.
E eis que hoja, ainda agora, o polícia que está ali na porta de entrada olha para mim como se me estivesse a ver pela primeira vez e me diz "está sempre com um ar tão bem disposto!".
Deve ser por causa desta cara, que eu gosto de usar em cima do pescoço, e deste sorriso que não gosta de desgrudar dela.
Lucky me.
:-)

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

É só um desabafo, OK?...

A sério que não faço por querer.
A sério que não faço mesmo.
É inevitável, acontece.
Recebi, há pouco, a confirmação da gravidez da mulher de um amigo.
Foi, como se imagina, dada a minha idade e a idade dos meus amigos, mais uma das muitas notícias de gravidezes que tenho tido ao longo dos últimos anos.
Particularmente ao longo do último ano e meio. Não posso estar a ser mais sincera quando digo que fico extraordinariamente feliz com a novidade. A sério que fico. Fico porque imagino a emoção e a felicidade dos pais, o momento em que tiveram a certeza, a primeira ecografia, a alegria das famílias… O coração transborda, mesmo, e a felicidade dos meus amigos põe-me um sorriso na cara.
É por isso que me custa a aceitar o aperto que inevitavelmente me enche o peito depois. O nó na garganta. E eu não faço por querer.
A sério.
Não é inveja, nem nada que se pareça.
É só uma dúvida. Porque é que eu não consigo? Porquê, meu Deus, porquê?....

Diz que é uma espécie de aumento

Fiz as contas e são, mais coisa menos coisa, 27,5€.
Mais oito cêntimos no subsídio de refeição.
Podia ser pior.
Mas na verdade, sendo igual à inflação, o aumento do ordenado não vai representar real aumento do poder de compra.
O meu marido pergunta-me «e mesmo assim não te arrependes?».
Sei a que se refere, mas não me apetece dar-lhe conversa… :-)

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Big girls are beautiful

Macacos me mordam se esta não é a música mais fixe do momento… Quem resistir a cantá-la a plenos pulmões que atire a primeira pedra!
Eu não resisto. Nem me esforço.
A música é muito gira. Só depois de a ouvir duas ou três vezes é que me dei conta de que é uma ode às mulheres mais cheiinhas… Isto é brutal! Um hino às mulheres reais, com “curves in all the right places”! Big Girl (You Are Beautiful).

«Big girl you are beautiful

Walks in to the room
Feels like a big balloon
I said, 'Hey girls you are beautiful'
Diet coke and a pizza please
Diet coke I'm on my knees
Screaming 'Big girl you are beautiful'

You take your skinny girls
Feel like I'm gonna die
Cos a real woman
Needs a real man is why

You take your girl
And multiply her by four
Now a whole lotta woman
Needs a whole lot more

Get yourself to the Butterfly Lounge
Find yourself a big lady
Big boy come on around
And they'll be calling you baby

No need to fantasise
Since I was in my braces
A watering hole
With the girls around
And curves in all the right places

Big girls you are beautiful
Big girls you are beautiful
Big girls you are beautiful
Big girls you are beautiful»

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Um bom encontro é de dois

A Vanessa da Mata e o Ben Harper cantam, em conjunto, a música eleita para dar ao pezinho neste belíssimo fim de tarde de Outono.
Boa Sorte… [A minha parte favorita está a bold]

«É só isso
Não tem mais jeito
Acabou
Boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará

Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais

That's it
There is no way
It's over
Good luck
I have nothing left to say
It's only words
And what l feel
Won't change

(Refrão)

Tudo o que quer me dar
Everything you want to give me
É demais
It too much
É pesado
It's heavy
Não há paz
There is no peace
Tudo o que quer de mim
All you want from me
Irreais
Isn´t real
Expectativas
Expectations
Desleais

Mesmo que se segure
Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha
Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais

Now even if you hold yourself
I want you to get cured
From this person
Who advises you
There is a disconnection
See through this point of view
There are so many special people in the world
So many special people in the world... in the world
All you want all you want

(Repete refrão)

Now were falling (falling), falling (falling) into the night (into the night),
Falling (falling), falling (falling) into the night (um bom encontro é de dois),
Now were falling (falling), falling (falling) into the night (into the night),
Falling (falling), falling (falling) into the night»

Alterne

Em relação ao filme ‘Corrupção’, sim, eu fui ver, e não, eu não quero falar sobre isso.
O argumento é, digamos, mau, o desempenho de grande parte dos actores é, digamos, mau, a história é, digamos, incongruente e em certos detalhes o filme chega a ser surreal.
Veja-se a cena em que o cão [que é lindo e que assume o melhor desempenho do filme] ladra para o papagaio, que lhe responde, ladrando de volta.
Ou aquela em que ‘Sofia’, a alternadeira [a propósito, bar de alterne é um nome parvo, não sei se sabiam] serve o almoço ao Presidente à beira da piscina, ao som de música siciliana, sendo que o almoço consiste num prato de arroz com ovos estrelados [comida de pega?], que o Presidente se prepara para devorar como se não houvesse amanhã.
Só mais uma coisa. O bar de alterne do filme chama-se ‘À Noite’. O que até soa bem, se dissermos ‘vamos aí ‘À Noite’. Julgo, no entanto, que melhor seria se tivessem chamado ao bar ‘Às Putas’. Assim dir-se-ia simplesmente ‘vamos ‘Às Putas’ [como quem diz ‘vamos ali àquele bar de alterne].
Para a semana vou ver um filme para rir.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Fim-de-semana (em) grande

“Hoje não me apetecia nada…”. Deve ter sido a frase que mais vezes ouvi hoje. Aqui no estamine tivemos direito a quatro dias de fim-de-semana. De maneiras que hoje anda tudo com muito pouca vontade.
Quinta-feira foi dia de pão por Deus. Na quarta à noite comprei gomas e ‘smarties’ para dar aos miúdos, caso por lá aparecessem. O meu marido disse-me “só tu”, algo que eu interpretei como um elogio. Prometi-lhe que se não aparecessem crianças a pedir o pão por Deus lhe dava as guloseimas a ele.
Mas apareceram. Eram oito e meia da manhã. A sério. Recusei-me a levantar àquela hora. E eles voltaram, mais tarde. No caso, elas. Eram três meninas. Tocaram à campainha, fui à janela ver quem era e apareceu uma carinha laroca a dizer “podia dar-nos o pão por Deus, fáchavor?”.
Tinha separado as gomas e os ‘smarties’ em saquinhos. Dei-lhos e lá foram elas, felizes da vida. Eu também fiquei. Gosto destas tradições. E lembro-me tão bem de ir ao pão por Deus que acho graça ao facto de agora ser eu uma ‘senhora’ a quem os miúdos batem à porta.
Fónix, estou velha!
Sexta-feira rumámos à Beira Baixa. Levámos dois carros [contingências de uma família que vive do comércio de automóveis…], de modo que fiz a viagem sozinha no meu carrinho. Maravilha. Fiz a viagem com o rádio aos berros, a cantar e a dançar, a comer pastilhas e a fumar cigarros, sempre com os vidros abertos.
Cheguei ao Fundão com os ouvidos a zumbir e com os músculos das pernas a doer. Sobretudo os da perna esquerda, por força de ter feito a viagem toda a dar ao pezinho.
O meu marido, ‘tadinho, foi a conduzir uma carrinha que não tinha rádio e eu passei a viagem toda a meter-me com ele, a ultrapassá-lo e a buzinar.
Uma galhofa.
Passámos três dias na quinta, sendo que eu pouco mais fiz do que comer e beber. E que bem que se come e se bebe.
A casa que os meus sogros construíram está muito bonita. Já temos um refúgio no campo. Sabe bem, fugir para lá de vez em quando. As distracções são poucas, vive-se muito à base do convívio familiar, em redor da mesa sobretudo.
Saímos à noite, como fazemos sempre que lá estamos, e picámos o ponto no Alaúde, que é o bar onde toda a gente do Fundão, de todas as idades, vai beber um copo.
O tempo lá rende mais.
O Jorge Palma estava na Covilhã mas como fui a única a manifestar interesse em ir vê-lo, puseram-se com as desculpas de que ao fim-de-semana à noite não se pode sair do Fundão de carro porque a BT não perdoa, e acabámos por não ir. Snif.
Terminámos a noite no Alambique e foi quando saímos de lá que tomei consciência da razão pela qual teria muita dificuldade em adaptar-me à vida serrana: frio, muito frio, muito frio MESMO.
Só tive pena de não ir ao Lounge, na Moagem, que é agora o sítio da moda. A Moagem, a antiga moagem do Fundão, foi recuperada, o edifício está lindo e tem um bar no último piso todo modernaço, todo fashion.
Uma cidade muito catita, o Fundão. As pessoas são bonitas e simpáticas. Toda a gente se veste bem, homens e mulheres, são todos muito vaidosos, ninguém sai à rua vestido de qualquer maneira, os homens são assim todos cheios de estilo e as meninas parece que vão sempre para uma festa. Muito giro, o espírito. A vida social gira muito em torno de dois ou três bares, onde toda a gente se encontra, quer ao fim-de-semana, quer durante a semana, ao final da tarde.
Vive-se lá muito bem, gosto daquele espírito. Os dias parecem maiores. Claro que para mim são enormes, porque quando lá estou não faço outra coisa que não seja estar sentada à mesa…
Regressámos ontem à noite. Nós e mais metade da população de Portugal. Estivemos mais de uma hora parados na A1. Que alegria. Sobretudo quando se vem aflitinha para fazer xi-xi. Enfim.
Bom, muito bom o fim-de-semana.
E hoje não me apetecia nada…
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