Estes últimos dias tenho andado de Smart.
Inicialmente reticente, converti-me.
De facto, o carro é muito castiço. E cabe mesmo em qualquer lado. E também lá cabem muitas coisas dentro. Se cabe a minha enorme auto-estima, imaginem...
O meu carro [isto de ser meu é relativo porque lá em casa os carros estão sempre todos à venda, logo...] foi submetido a uns tratamentos, tipo pastilhas de travão e assim.
Parece que amanhã volto a conduzir um crro de cinco lugares. Acho que vou ter saudades do Smart. Vou ter de me portar bem para que o meu marido me empreste um para andar de vez em quando.
*
Estou quase a terminar o livro que tenho andado a ler.
Acho que estou mesmo no último capítulo (não tenho a certeza porque não fui espreitar o final).
O livro tem para aí 350 páginas. É grande.
Eu, que sou fácil como tudo, passei 300 páginas a torcer pelo romance entre o Mario, 18 anos, e a sua tia Júlia, divorcida, 32 anos.
Finalmente, para aí na 300.ª página, consumaram o amor que os unia e casaram-se, com 500 peripécias à mistura, devido ao facto de ele ser menor (maioridade aos 21) e não ter autorização dos pais para casar (muito menos com a tia).
E acabou?
Não, não acabou.
No último capítulo, que comecei a ler ontem, a história já avançou uns anos.
Vai daí, Mario conta que o casamento com a tia Júlia, ao contrário do que tudo parecia indicar, correu muito melhor do que alguma vez poderiam supor.
Durou oito anos.
COMO?!?
300 páginas a torcer por um romance e é isso, oito anos?!?
Vai daí, lembrei-me de algo que a tia Júlia tinha, em tempos, dito ao Mario.
Que se ficassem juntos cinco anos já teria valido a pena.
Porque tinha a certeza que seria feliz durante cinco anos.
O que é mais do que a maioria das pessoas pode dizer.
[e foi assim que aprendi mais qualquer coisa sobre a vida]
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
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