Em dias como o de hoje, em que a vida é quase perfeita, só há uma coisa que me descompensa o nervo, tal como ao Bruno Nogueira...
O meu trabalho é, por natureza, um trabalho de discrição. Quando se trabalha para promover a (boa) imagem de uma instituição, acontece as nossas convicções pessoais serem remetidas para segunda plano.
Quando, como no meu caso, se acredita no trabalho que se desenvolve, dia após dia, acontece anularmo-nos, em prol dos interesses da entidade que é [forçoso] fazer parecer bem, independentemente de partilharmos, ou não, dos ideais da pessoa, ou pessoas, que estão ao leme.
Talvez seja complicado entender, é-me até difícil explicar, mas nunca encarei a missão com cinismo ou hipocrisia.
É, como digo, fácil, é até natural, quando realmente se acredita no trabalho que se desenvolve.
Pode soar a frase feita, mas a mim é-me, pessoalmente, difícil assumir um cargo, uma responsabilidade, sem vestir a camisola. Este foi, desde que comecei a minha vida profissional, sempre o meu posicionamento. É a minha forma de estar e de fazer as coisas.
Tudo isto se torna mais fácil ainda quando os méritos do trabalho desenvolvido por toda a equipa são reconhecidos, de forma quase unânime.
Existem falhas, naturalmente, mas de uma forma geral, e honestamente, é simples fazer passar uma boa imagem de uma instituição que dá provas, concretas.
E tudo isto porquê?
Tudo isto porque hoje, sem perder a noção da discrição que, como comecei por dizer, deve sempre pautar o exercício do meu trabalho, e sem tirar, por um momento os pés do chão, senti por um bocadinho o formigueiro no estômago que o protagonismo provoca.
Não que seja meu, o protagonismo, nem isso me traria provavelmente exultante.
O reconhecimento do meu trabalho, independentemente dos motivos, para lá do aproveitamento que disso possa ser feito, é que me adoça a boca.
Sentir, de vez em quando, que o que fazemos capta a atenção de alguém, se torna motivo de conversa ou mesmo de notícia num jornal nacional diário, espicaça-nos.
E a mim dá-me ainda mais alento para saltar amanhã da cama cheia de energia e boa disposição, dando graças a Deus pelo trabalho que adoro fazer e me dá tanto prazer!
domingo, 6 de maio de 2007
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