sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Ai nano...
Sim, é verdade que vou resistindo aos gadgets. Sim, é verdade que desdenho, que me faço de cara, que digo que acho tudo supérfluo, uma futilidade.
Mas o meu marido troca-me as voltas e oferece-me um ipod, como presente de Natal.
E agora estou viciada, acho que é lindo e quero ir a correr comprar acessórios. Faço listas mentais de todas as músicas que quero descarregar lá para dentro.
Vá-se lá entender as mulheres...
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Toque Toque
A que me faz dar ao pézinho por estes dias...
«Eu preciso de sentir aquele toque feminino, imagino
Que me possas entender erradamente então declino
Qualquer intenção que não a de trocar uma impressão
Opinião, informação, e, quem sabe, emoção?
Hora e meia de concerto e ‘tou meio estourado
Preciso de um cigarro, sentar um bocado:
Fica do meu lado porque ‘tou interessado
Em quase tudo menos sexo sem significado, então
"Vem fazer de conta" e acredita em mim...
Podemos falar do Manel, ou das canções do Jobim
Hoje tou memo assim, com uma carência sem fim
E quero saber tudo de ti, tintim por tintim
Vou trocar de roupa dá-me só um minuto
Queres um bom vinho tinto ou um champanhe bruto?
Já caguei no duto, ‘tou seguro, resoluto
E a vida deve ser levada com olhar de puto
Fácil fácil brincadeira de criança
Eu ‘tava preso e tu pagaste-me a fiança
O toque é certo, equilibra a balança
Lança lança lança a tua dança
Nós não temos que, mas podemos se
Dá-me tempo para que te mostre quem sou
O toque acusou fez-se música e cantou
Para te mostrar que sou
Perigosamente perto, absolutamente certo
O teu sorriso brilha e deixa-me liberto
Pega na minha mão, vou-te tirar a pressão,
Nunca durmo na primeira noite, haja ou não tesão
Por isso baza à minha casa, só para um pouco de,
Nós não temos que, mas podemos se...
Pausamos na descontra com som ou tv
Eu tenho fox na cabo stand up em dvd
Quê quê quê, sorriso duvidoso?
Não tenho habilidade para coro manhoso
Só covinha na bochecha e olhar curioso
Charme de trapalhão, tu és doce eu sou guloso
Eu dou-te tick-tick, tu dás-me tock tock
Embala slick rick e leva-me a reboque
Eu não sou playboy, rude boy, bad boy,
Pura e simplesmente posso vir a ser o teu boy
Fácil fácil brincadeira de criança
Eu ‘tava preso e tu pagaste-me a fiança
O toque é certo, equilibra a balança
Lança lança lança a tua dança
Nós não temos que, mas podemos se
Dá-me tempo para que te mostre quem sou
O toque acusou fez-se música e cantou
Para te mostrar que sou
Temos empatia, quem sabe se um dia
A nossa simetria não acaba em sinfonia
Falo com o Massena nos temos boa cena
Dedico-te um poema vamos ganhar um ema
Longe de perfeito digamos que tenho jeito
Para director de casting e o teu timing é perfeito
Dás-me o toque-de-caixa e eu fico em sentido
A tua voz encaixa directo no ouvido
É poesia em movimento no terceiro andamento
Dum concerto em Sol maior, para tocar em casamento
Fácil fácil brincadeira de criança
Eu ‘tava preso e tu pagaste-me a fiança
O toque é certo, equilibra a balança
Lança lança lança a tua dança
Nós não temos que, mas podemos se
Dá-me tempo para que te mostre quem sou
O toque acusou fez-se música e cantou
Para te mostrar que sou»
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Quase, quase...
E entretanto é Natal.
E no dia 26, se Deus quiser, cá estarei retemperada, cheia de genica para trabalhar!
:-)
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
31, daqui a nada...
Por tudo o que aprendi, pelo que me permitiu crescer, pelas pessoas que fiquei a conhecer melhor, pelas amizades que fiz, pelas desilusões, pela esperança sempre renovada, pela convicção de que é preciso acreditar que há sempre mais e melhor, um passinho mais adiante.
É Natal outra vez, caraças, e eu não podia mesmo pedir mais do que aquilo que já tenho e que é provável, Deus me ajude, que seja mais do que mereço.
E daqui a uns dias [três, na realidade] já tenho 31 aninhos.
Eh pá, brutaaaaal! :-)
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
'Mala suerte'
Do noticiário de anteontem, a do aumento do salário mínimo foi, sem dúvida, a melhor.
Mas nem de longe nem de perto tão divertida quanto a que dava conta da chegada, à ilha da Culatra, de um barquinho carregado de imigrantes ilegais oriundos de Marrocos.
Para além de um jornalista que se esforçava por falar um espanholês da melhor categoria, a reportagem in loco incluía depoimentos dos ditos marroquinos.
E aqui é que está a graça. Os coitados repetiram, até à exaustão, que não queriam vir para Portugal, mas sim desembarcar em Espanha.
O contrário é que seria estranho e ninguém compreenderia...
As próprias 'entidades oficiais' fizeram questão de explicar que tinha sido um acidente, que eles queriam mesmo era ir para Espanha.
Como se isso fizesse alguma diferença no que diz respeito à situação humanitária dos pobres homens...
"Espanha, Espanha, queríamos ir para Espanha".
Foi "mala suerte", diziam eles.
Um azar, vir parar a Portugal... Nem eles imaginam quanto...
Passados dois minutos de estarem em solo nacional terão, no entanto, percebido como é que as coisas aqui funcionam, porque um deles começou a desmentir dizendo "Portugal, queremos Portugal".
Se isto não é o país no seu melhor, eu não sei o que será... :-)
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Olha, gostei.
Devo ter sido. Porque sou um bocado chanchas.
Mas a verdade é que senti. Tal como o Durão Barroso (isto de eu estar de acordo com o Durão Barroso é que é capaz de ser um bocadinho estranho...), acho que mau teria sido não promover a cimeira, mesmo tendo em conta todas as polémicas.
Gostei de ver Portugal a bater-se na diplomacia. Gostei de ver que não demos barraca (pelo menos nenhuma da qual me tenha apercebido). Até gostei de ver a Marginal cheia de polícia. Gostei da azáfama de batedores e de carros oficiais abrindo caminho por entre os demais. Gostei que tivessem servido robalo ao sal no banquete oficial do Palácio da Ajuda.
Não gosto do Mugabe, nem do Kadhafi [medo...], mas isso são outros 500...
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Chamaste?...
Por mais um dia. Porque está sol. Porque a vida é mesmo fantástica. Pela família. Pelos amigos. Porque a música é linda. O momento do dia é este. Só mesmo porque. Sim.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Tudo doido
Não sei exactamente como vai soar isto, mas a verdade é que... me têm acontecido coisas incríveis, desde que casei.
Na realidade, o casamento mudou-me. Mudou, pelo menos, a minha forma de encarar o casamento. E as pessoas. Homens e mulheres. As relações. A amizade. O sexo, também.
Falava sobre isto outro dia ao almoço, com umas amigas.
Chegámos a uma conclusão: está tudo doido.
A aliança no dedo anelar da mão esquerda, pensava eu na minha ingenuidade, funciona como um repelente relativamente a abordagens por parte de elementos do sexo oposto (ou do mesmo...).
Nada mais errado.
Acredito, hoje, que funciona como um iman.
E as minhas amigas partilham desta minha convicção.
Se não, vejamos.
Vamos pôr-nos na pele de um homem casado que se sente atraído por uma mulher, que não a sua.
O facto de ela ser, como ele, casada, confere uma muito maior segurança. Uma mulher solteira terá, mais facilmente, ilusões, criará, mais facilmente, expectativas. Pode criar problemas, provocar situações embaraçosas, constrangimentos.
Uma mulher casada, em princípio, não.
A igualdade de circunstâncias em que ambos, casados, se encontram, aumenta o nível de risco, é certo, mas também os níveis de adrenalina e de excitação.
O facto de ambos terem tudo a perder faz com que ambos cultivem de igual modo a discrição.
Uma mulher casada dificilmente se deslumbrará com a atenção de um homem casado. Pelo menos não ao ponto de desejar que ele deixe a mulher, até porque isso a colocaria também numa situação difícil.
Isto é matemático.
A ideia de que os homens traem mais do que as mulheres está totalmente desactualizada.
Hoje, eu tenho praticamente a certeza disto, homens e mulheres relativizam, de igual modo, o conceito de fidelidade conjugal.
Está tudo doido, tal como eu dizia.
Dizer "eu sou casada" provoca tudo menos desinteresse.
Pelo contrário, aumenta o interesse.
Isto é muito estranho, mas é assim mesmo.
Estas e outras coisas tenho eu vindo a aprender, desde que me casei.
Universo complexo, o do matrimónio.
Está tudo doido. Mesmo.