sexta-feira, 30 de maio de 2008

Eu, narcisista, me confesso

Não que eu tenha alguma coisa a ver com isso, mas fiquei chocada ao ler ontem a entrevista que a Manuela Ferreira Leite deu à revista «Sábado».
A senhora é um doce, convenhamos. O tom utilizado é quase sempre ríspido, as respostas são secas e chegam a roçar a indelicadeza. Medo... O que dirão os bloquistas, que ontem aludiam aos 'uivos' da bancada socialista? Que a senhora rosnou, provavelmente.
Ontem também fiquei a saber, da boca do Francisco Moita Flores, que por trás de alguém que mantém um blog se esconde um ser profundamente 'narcisista' e 'solitário'.
Pronto.
Se era neste tipo de análises que se baseava para traçar o perfil de criminosos quando estava na PJ, não sei não...
Felizmente, o psiquiatra José Gameiro disse, depois, que não é bem assim.
Ah, pronto.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Magra, gira e a cantar!

Juro que estava perfeitamente convencida de que a primeira vez que poria pés (e o resto do corpinho, vá) num bloco operatório seria para uma coisa assim do género de uma cesariana.
Afinal parece que não. Ou sim, que isto nunca se sabe, na verdade.
Passo a explicar: diagnosticaram-me um nódulo na tiróide que diz que é melhor tirar. Está uma pessoa descansadinha da vida, a fazer planos para o futuro, e sem que a gente se aperceba, silenciosamente, cresce uma coisa dentro de nós. E não, não estou a falar de um embrião (antes fosse, merda.). Estou a falar de uma massa que, apalpando, agora que sei que ela existe, parece ter qualquer coisa como o tamanho de uma bola de golfe. Isto no pescoço de uma miúda não é uma coisa gira.
A tiróide é uma cena que temos aqui e à qual não atribuímos a menor importância... até que comece a dar problemas (mais ou menos como o motor do carro, pelo menos do meu ponto de vista). Bem, talvez a tiróide não seja tão determinante para o meu funcionamento quanto o motor é para o funcionamento do meu carro. Mas mexe com uma data de coisas, acreditem. Diz a médica que até a porra das hormonas podem estar a tresloucar e daí que não consigamos pôr robalinhos no Mundo. Que chacha!
Certo é que a opinião médica aponta a operação como a melhor solução. Por isso é provável que me aguarde a realização de 588 mil exames, envolvendo agulhas e coisas assim, algo que eu, como é do conhecimento geral, ADORO.
Entretanto, já anunciei, aos mais próximos, que vou ficar MAGRA E GIRA, porque certamente não vou conseguir alimentar-me muito bem durante algum tempo, no pós-operatório.
Também vou pedir aos senhores doutores que, uma vez que estão a mexer ali na zona, dêem lá um toquezinho nas cordas vocais e me ponham a cantar ainda melhor...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Fuma! Fuma!

Parece ser o sentimento de grande parte dos portugueses. O anúncio de Sócrates de que vai deixar de fumar é despropositado. Por isso talvez seja hora de anunciar que afinal não, afinal não deixa de fumar. Claro que a oposião o acusaria imediatamente de 'constantes recúos'. Mas com isso podemos nós bem. E ele também.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Duas coisas

A primeira é uma referência à crónica do José Luís Peixoto na 'Visão' de hoje. 'Sim significa não', é o título. Brutal. No bom sentido. Remete para aquela sensação de que, quando tudo está perfeito, não tardará muito para que algo aconteça e belisque a perfeição.
Uma amiga minha fotografou-o há uns tempos e voltou embeiçada. Ele tem de facto um je ne sais quoi. Escreve muito bem. E tem pinta.
A segunda diz respeito às declarações que ouvi ontem da ministra da Saúde, relativas ao encaminhamento para o sector privado dos casais inférteis que não conseguem obter, em tempo útil, respostas por parte dos hospitais públicos.
Antes de iniciar a minha via sacra, tentei marcar consulta nos hospitais públicos que, em Lisboa, disponibilizam consultas de infertilidade/esterilidade. Esbarrei em listas de espera que ascendem aos 12 meses e avancei para o privado. É caro, sem dúvida, mas no espaço de cinco meses já fiz inúmeros exames, tirámos uma série de situações a limpo, fiz tratamentos. Progrediu-se, no mínimo.
A reportagem de ontem também dava conta de que existem 500 mil casais 'que lutam em Portugal contra a infertilidade'. Lá em casa sentimo-nos, acho que posso dizer assim, menos sós. É estranhamente reconfortante saber que somos tantos. Até porque ninguém, das nossas relações, tem ou teve este problema. Porque só falamos sobre isto com um número muito restrito de pessoas. E um com o outro, claro. Mas que não haja dúvidas quanto a isto: por mais que nos apoiemos, mutuamente, e por mais que esta situação tenha contribuído para reforçar os laços que nos unem, a forma como homem e mulher encaram o problema é muito, mas muito, diferente.

José, menos, por favor

Se há coisa que eu detesto é que o meu marido goze comigo com razão.
Este é o tipo de coisa que acontece quando, por exemplo, o Benfica chega ao intervalo de um jogo com o Sporting a ganhar por 2 e acaba a levar 5.
Quanto mais eu afino mais o meu marido se diverte e isto é verdadeiramente irritante. Estas cenas costumam acabar comigo de trombas e com o meu marido agarrado ao estômago, de tanto rir.
Ora o nosso primeiro-ministro, neste capítulo, não me facilita a vida.
Sócrates, amigo, assim não vamos lá.
Se não bastassem as notícias que davam conta de que fumavas alegremente nos aviões, fizeste pior quando:
- disseste que não sabias que estavas a infrigir um regulamento ou lei;
- pediste desculpa;
- disseste que ias deixar de fumar.
José, menos, por favor. MENOS.
Por este andar, mais dia menos dia esgotam-se-me os argumentos para te defender perante o que ainda agora deve estar a rebolar-se de riso lá em casa.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O peso das coisas

«The taste of her breath, I'll never get over
The noises that she made kept me awake
The weight of things that remain unspoken
Built up so much it crushed us everyday»

Estou maravilhada com este último álbum dos Maroon 5, que é catita do princípio ao fim. Este bocadinho é de 'Won't go home without you', que eu própria interpreto na perfeição.

Actor fétiche


A propósito de 'Blindness', que abre o festival de cinema em Cannes.
Mark Ruffalo.
O rapaz tem qualquer coisa que me gusta.

Granel

Grande granel por causa do fumo nos aviões fretados pelo gabinete do Primeiro Ministro e pela Presidência da República.
A minha pergunta é: alguém tinha dúvidas de que se fumava nesses vôos?

terça-feira, 13 de maio de 2008

'Pôdérosa'

Coisa rara, nos dias que correm, desfrutarmos da companhia umas das outras durante horas, sem pressas e sem stress.
Aconteceu no sábado, à conta da festa de aniversário de uma amiguinha da Meg. Enquanto a princesa se divertia, as três foram à vida airada. Passar horas esquecidas numa esplanada era coisa que já não fazíamos juntas há muito mais tempo do que devia ser legalmente permitido.
Somos amigas há uma quantidade obscena de anos e é bom saber que, apesar de tudo, ainda são mais as coisas que nos unem do que aquelas que nos separam.
As minhas são mesmo as melhores amigas do Mundo.
O meu humor começa, entretanto, a entrar na fase ascendente.
Tenho-me dado conta, ao longo dos últimos meses, de que o meu estado de espírito depende directamente do meu calendário ovulatório.
Isto é um assunto muito sério.
A apatia que começa a apoderar-se de mim logo que surgem os primeiros sintomas de que, enfim, ainda não foi desta que engravidei, vai desvanecendo à medida que os dias avançam.
Acabando por dar lugar à euforia, no pico do meu período fértil.
E assim sucessivamente.
Confesso que tenho alguma dificuldade em lidar com esta montanha-russa emocional, logo eu, a estável por excelência.
Mas como estou a entrar, como eu dizia, na fase ascendente, começo a sentir que tenho o Mundo e o Destino nas minhas mãos... e assim ninguém me pára. Pelo menos até à próxima decepção. :-)

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Bem catita

É ou não é uma das músicas mais catitas do momento?... Para reacção à traição da namorada, não está nada mal... Impossível não dar ao pézinho!

«I didn't hear what you were saying
I live on raw emotion baby
I answer questions never maybe
And I'm not kind if you betray me
So who the hell are you to say we
Never would have made it babe

If you needed love
Well then ask for love
Could have given love
Now I'm taking love
And it's not my fault
Cause you both deserve
What is coming now
So don't say a word

Wake up call
Caught you in the morning with another one in my bed
Don't you care about me anymore?
Care about me?
I don't think so.
Six foot tall
Came without a warning so I had to shoot him dead
He won't come around here anymore
Come around here? I don't think so.

Would have bled to make you happy
You didn't need to treat me that way
And now you beat me at my own game
And now I find you sleeping soundly
And your lovers screaming loudly
Hear a sound and hit the ground

If you needed love
Well then ask for love
Could have given love
Now I'm taking love
And it's not my fault
Cause you both deserve
What's coming now
So don't say a word

Wake up call
Caught you in the morning with another one in my bed
Don't you care about me anymore?
Don't you care about me? I don't think so.
Six foot tall
Came without a warning so I had to shoot him dead
He won't come around here anymore
Come around here?
I don't feel so bad, I don't feel so bad, I don't feel so bad

I'm so sorry darling
Did I do the wrong thing?
Oh, what was I thinking?
Is his heart still beating?

Wake up call
Caught you in the morning with another one in my bed
Don't you care about me anymore?
Don't you care about me? I don't think so.
Six foot tall
Came without a warning so I had to shoot him dead
He won't come around here anymore
Come around here? I don't feel so bad

Wake up call
Caught you in the morning with another one in my bed
Don't you care about me anymore?
Don't you care about me? I don't think so.
Six foot tall
Came without a warning so I had to shoot him dead
He won't come around here anymore
No, he won't come around here. I don't feel so bad

I don't feel so bad (Wake up call)
I don't feel so bad (Caught you in the morning with another one in my bed)
I don't feel so bad (Don't you care about me anymore?)
Care about me? I don't feel so bad.
Wake up call
Caught you in the morning with another one in my bed
Don't you care about me anymore?»

Wake up call, Maroon 5


quarta-feira, 7 de maio de 2008

Feliz da vida

Já tinha ouvido contar coisas boas mas nunca tínhamos tido a experiência. Aproveitámos o fim-de-semana prolongado para ir 'à terra' (a do meu marido, bem entendido) e foi precisamente no concelho do Fundão que tivémos a nossa primeira experiência naquilo que chamam de 'turismo em espaço rural'.
Uma aldeia muito catita, uma das denominadas 'Aldeias do Xisto', chamada Janeiro de Cima, uma casa de xisto completamente recuperada e decorada com muito bom gosto, chamada 'Casa de Janeiro', um restaurante todo fashion onde se comem maranhos e chanfana, chamado 'Fiado', e um bar muito castiço onde só passam rock (do antigo, em bom), chamado 'Passadiço'.
Pelo meio, uma tarde passada a pescar trutas.
Uma coisa à séria. E eu a repetir, incansavelmente, 'isto é que é serviço!'.
Regressados, tempo para as planeadas, e muito ansiadas, digo eu, remodelações cá de casa. A cozinha ganhou uns estores lindos, amarelíssimos. A sala virou um misto de baunilha e chocolate, muito hiamy. A varanda ganhou luz e dimensão, graças a uma nova decoração, made by me.
Estou feliz da vida.
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