quinta-feira, 31 de maio de 2007

Baby-boom


Parece que foi por volta das oito da manhã. Os pormenores são, por enquanto, poucos, mas à hora da visita lá estaremos, para dar um beijinho à mamã e para ver, finalmente, a carinha do nosso mais novo 'sobrinho'. Bem-vindo, Guilherme! :)

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Let's party!

Não é fácil, nos dias que correm, haver uma notícia do telejornal que me faça espernear de alegria.
Não é fácil porque as notícias em geral são más notícias, não porque eu não tenha facilidade em espernear de alegria.
Esta semana houve, contudo, uma que teve esse efeito em mim.
A de que a digressão mundial dos Police vai passar por Portugal.
Quero!
É em Setembro, no Jamor, e vou começar, desde já, a afinar a voz!
Para aquecer as cordas vocais, conto estar presente nos três dias de Oeiras Alive. E já só falta uma semaninha. Eheh
Claro que em Algés vou voltar a sentir-me um fóssil, à semelhança do que aconteceu, aliás, na Semana Académica, quando lá fui ver os Oioai e os Xutos… Não, pensando melhor, na Semana Académica não me senti um fóssil, senti-me um dinossáurio!
A minha esperança é que no concerto dos Police possa voltar a sentir-me uma miúda!
Mas em relação ao Alive.
Estava aqui a passar os olhos por uma coisinha que se chama Festival Guidelines e isto despertou em mim saudades de uma série de fases distintas da minha vida.
Os Pearl Jam. Os Pearl Jam remetem-me imediatamente para os tempos do liceu, da associação de estudantes, das férias de Verão que NUNCA mais acabavam, da praia, dos amigos, eu sei lá!
Só coisas boas, portanto.
Os Smashing Pumpkins. Bem, os Smashing Pumpkins foram-me apresentados pelo meu amigo a.p.n., na faculdade… Se não me falha a memória, ouvi-os pela primeira vez no anfiteatro 1 do edifício velho, saídos directamente dos phones do walkman do meu amigo. Falar em walkman também é uma coisa claramente pré-histórica, mas TUDO BEM!
Lembro-me de estarmos p’ráli sentados, entre duas aulas, uns na primeira fila logo a seguir ao corredor, e outros na fila de trás, e de o a. me ter emprestado os tais phones para ouvir um bocadinho de uma das músicas.
Ele gostava. Será que o meu amigo a.p.n. também vai estar no Alive?...
Isto aconteceu numa altura da minha vida em que eu ouvia Green Day e Bob Marley como se não houvesse amanhã… e usava penas no cabelo… ai, Cristo!
Mais coisas boas.
O cartaz ainda inclui uma série de bandas novas, que me habituei a ouvir na Antena 3, e que estou curiosa para ver ao vivo, incluindo, claro, os Da Weasel.
[só para que fique claro, gosto imenso dos ‘Dialectos da Ternura’, mas a minha favorita da ‘doninha’ é ‘Nunca me Deixes’, aquela que vai assim “nunca me deixes, preciso de ti, o amor é uma loucura e tu precisas de mim, em qualquer altura em qualquer lugar, sinto a tua presença até no meu olhar”]
Acredito, no entanto, que a coisa vai valer a pena sobretudo pela festa e pela presença garantida de muita gente amiga. Muito fixe.
E todos em coro vamos poder cantar, com os Beastie Boys, “you’ve gotta fight, for your right, to PARTY!”

Uma notinha: amigos do meu coração, eu gosto muito de vocês e adoro que comentem os meus posts todos os dias, a um ritmo de 50 comentários por dia, se possível.
Mas, por favor, mesmo que comentem como ‘anónimos’, se querem que eu vos identifique por favor assinem com uma inicialzinha ou assim…
É que eu sou, como sabem, muito fraquinha da cabeça, tenho para aí meio neurónio a funcionar como deve ser e se os amigos e amigas não facilitam, eu, pobrezinha, baralho-me toda… A não ser que a vossa intenção seja precisamente baralhar-me… seus malandros...

terça-feira, 29 de maio de 2007

Rir (parte II)

‘Bora lá então fazer troça dos critérios da menina no que respeita a ‘homens com pinta’!!! ‘Bora, que divertido que é!
O problema dos meninos é que têm muita dificuldade em dizer que um homem é ‘giro’. Pensando bem, acho que nunca ouvi um homem dizer de outro que é ‘giro’… até podem apreciar, podem tecer comentários, mas utilizam outro tipo de expressões, enquanto nós, miúdas, nos sentimos perfeitamente à vontade para dizer que outra miúda é ‘gira’, tem ‘estilo’, tem ‘pinta’, é ‘bem feita’ ou, até, que é como um helicóptero, «gira e boa». LOL.
E depois é recorrente fazerem pouco dos homens aos quais as amigas acham piada… «ah, e tal, até eu, que sou muito macho, sei ver que esse tipo é asqueroso». Isto é tão típico, mas tão típico!
Será que falta perceber, aos meninos, que o facto de acharmos graça a outros homens não significa que não valorizemos o imenso charme dos nossos amigos ou, mesmo, dos nossos maridos?...
E porque é que os amigos homens se sentem tão à vontade para falar com as amigas sobre outras mulheres, para gabar outras mulheres, sabendo que nós temos uma opinião a dar e não nos abstemos de a partilhar, e nós, miúdas, não podemos falar com os amigos homens sobre outros homens, aqueles a quem achamos piada?
Será que não existe um homem, um só, no mundo todo, que os amigos achem que tem pinta? Ou só não o assumem, em voz alta, como nós fazemos? That’s the question…

Rir

Eu sabia. Eu sabia que a audiência masculina do meu blog ia torcer o nariz ao meu comentário acerca do Nuno Melo. Que bem que eu conheço os meus amigos homens.
O que é que tem, hã?!?
Em relação à Joana Amaral Dias e à Ana Drago não se vos oferece dizer nada, pois não?!?
Disse, e mantenho, o Nuno Melo tem pinta. Pronto, é do CDS, mas eu estava a referir-me apenas à forma, não ao conteúdo!...
Até admito que há deputados com mais pinta… Um, pelo menos, mas é amiguinho e até me ficava mal citá-lo apenas considerando a forma. É que lhe reconheço outras qualidades (humanas) e muito conteúdo.
Um destes dias dedico um post aos jornalistas com mais pinta e então quando isso acontecer não vou ser tão imparcial…

ps – ainda em relação ao ministro, tinha-me esquecido de um pormenor. ‘JaMais’ (pronuncia-se ‘jaMè’). Está esclarecido. Não tem que agradecer. N’a pas de quoi.
O curso de engenharia do senhor ministro não incluiu a cadeira de francês técnico, pois não?...

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Forma e conteúdo

Eu tenho-me esforçado. Tenho andado a tentar evitar deixar-me ir com a corrente. Mas já não aguento mais. Tenho mesmo de pronunciar-me sobre as declarações do ministro das Obras Públicas.
Pronto, eu gosto do primeiro-ministro. Gosto, o que é que eu posso fazer. A gente não escolhe estas coisas.
O primeiro-ministro escolhe bem as palavras. Fala pausadamente e com calma, explica-se com clareza, pensa antes de abrir a boca.
Deve ter aprendido, a agir assim. Ensinaram-no e ele aprendeu.
Agora os ministros. Isso é outra conversa, literalmente.
Alguém devia explicar-lhes, mas como se eles fossem muito burros, que não podem dizer, publicamente, e muito menos com jornalistas e câmaras de televisão presentes, todos os impropérios que lhes vêm à cabeça.
Estas declarações a propósito do aeroporto. Eu, que não sou engenheira, não faço a mínima ideia sobre se a Ota é ou não a melhor localização para construir um novo aeroporto.
Faz-me um bocado de confusão imaginar que vou demorar mais de vinte minutos a chegar ao aeroporto, tal como acontece agora (fora da hora de ponta, claro), mas a gente habitua-se e ao ritmo de uma viagem ao estrangeiro por ano, enfim, não é por aí…
Quanto ao restante, sinceramente, estou-me perfeitamente a borrifar se o aeroporto é construído na Ota ou em Rio Frio ou em Alguidares de Baixo.
Desde que não deitem árvores a baixo, não matem animaizinhos e não tirem o sossego às pessoas, por mim, tudo bem.
Mas em relação ao que me trouxe. As intenções do ministro podem ser as melhores. Ele lá deve ter as suas razões para considerar que a margem sul do Tejo não é uma opção a considerar relativamente à localização do novo aeroporto.
Agora os argumentos que invocou esses é que, por favor… Eu não conheço a Ota, mas quem ouve o ministro falar fica com a ideia de que aquilo será uma metrópole tipo Nova Iorque… por oposição à margem sul, o tal ‘deserto’ de gente e de infra-estruturas.
E depois a metáfora do ‘problemazinho’… socorro, o que é que lhe passou pela cabeça?!? Uma enorme corrente de ar, certamente…
Já a história da inscrição na ordem dos engenheiros não lhe tinha saído muito bem, mesmo que já o tenha ouvido a explicar que se estava a dirigir ao bastonário da ordem, que estava sentado na primeira fila, e que o que ele queria dizer era que é, de facto, engenheiro de profissão, “já fiz projectos”, ouvi-o a dizer na SIC Notícias.
Gaffes todos cometemos e gaffes de políticos também não são propriamente novidade. Acho que há uma geração de políticos que já percebeu que, na comunicação hoje em dia, a forma é muitas vezes tanto ou mais importante que o conteúdo.
Se isto é mau? Talvez seja, mas é um facto.
Ainda outro dia estava a ler, numa revista, um artigo sobre o estilo CDS/PP inaugurado no recente congresso do partido. Camisa aberta, revelando um pouco do peito [estou a falar dos homens…], calças bege, sapatos vela. Um artigo dedicado a este tema, atenção. Tudo bem que o congresso não foi propriamente excitante e também já escrevi aqui uma vez sobre o maravilhoso universo dos congressos partidários, que servem mais de montra do que de palco para o debate político. Mas um artigo dedicado à indumentária de Paulo Portas y sus amigos, isto é bárbaro!
E não é a primeira vez que isto acontece. E se acontece é porque, de facto, a forma conta muito, e conta cada vez mais, nestas coisas da política.
Lembro-me de as deputadas do Bloco de Esquerda Ana Drago e Joana Amaral Dias serem muito faladas na imprensa única e exclusivamente por causa do seu aspecto físico. E a Teresa Caeiro, também é muito apontada por ser uma mulher interessante e com estilo… mais por isso do que pelas ideias que defende.
Ora, se o ministro das Obras Públicas não é propriamente uma estampa devia, pelo menos, cuidar de forma como expõe os seus argumentos [é que se ele tivesse a pinta do Nuno Melo a malta ainda podia distrair-se e dar-lhe o desconto].

quinta-feira, 24 de maio de 2007

... be happy...

Ainda não foi desta que o Gui veio ao Mundo. Está-se a sentir bem lá dentro e o parto terá de ser induzido. A a., ‘tadita, apresentou-se hoje de manhã no hospital, mas como não havia camas vagas, recambiaram-na para casa. Volta amanhã para, se tudo correr bem, então poder dar à luz.
Não está fácil…
Entretanto, o Tobias teve aquilo que o veterinário classificou de uma crise de reumatismo e que lhe atacou com força as patinhas traseiras. Pobrezinho, estou em cuidados. Deus queira que se recomponha rapidamente. O mal-estar do nosso cão dá cabo da boa disposição de toda a família.
Por tudo isto, mais a chuva, mais a ausência de algo que verdadeiramente me anime, o dia está a ser, digamos, chochinho…
Amanhã será um novo dia.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Está quase, quase...


… e parece que foi ontem que fomos convocadas para o lanche que serviu de pretexto à revelação do primeiro segredo de a.
O Guilherme está mesmo, mesmo aí a rebentar.
Amanhã, se tudo correr como previsto, há-de vir ao Mundo mais um potencial quebra-corações, herdeiro, como prevejo, da doçura da mãe e da lábia do pai.
À espera dele tem, isso é certo, uma mãe de primeira viagem ansiosa até à medula, um pai carregadinho de teorias e uma cambada de ‘tias’ desejosas de ver a família aumentada.
O Gui tem gente à espera. Tem amor à espera. Isso é, julgo eu, o maior bem de todos. Cá estaremos para lhe dar as boas-vindas a este mundo de gente louca mas, sobretudo, a esta ‘família’ alargada e completamente alucinada!...

terça-feira, 22 de maio de 2007

Fico arreliada, pois claro que fico

Porquê chuva e frio em finais de Maio?!?
Isto é tudo para me arreliar, não é?...
['arreliar' é uma expressão bonita que uma das minhas avós usava muito, quando eu era miúda]

segunda-feira, 21 de maio de 2007

slb

errr... parece que é p'ró ano que somos campeões...

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Isto passa

[aviso à navegação (e aos amigos que por cá passam para saber notícias minhas): este post vai permitir perceber que, para lá do muito tempo que passo a rir ou, pelo menos, a sorrir, também há dias de choro. Porque o meu blog também serve para despejar tristeza e frustração nos dias amargos, cá vai disto...]
Suponho que podia começar este post com a expressão "querido diário".
Não vou fazê-lo, mas podia.
É um assunto sobre o qual pensei que não viria a escrever mas hoje, particularmente hoje, acho que só a escrever consigo deitar cá para fora o que vai cá por dentro.
Será por ser um assunto sobre o qual não me sinto muito à vontade para falar? Talvez seja.
Suponho, têm-me dito, que a quase todas as mulheres passa pela cabeça, num ou noutro momento, antes de serem mães, que talvez não possam, ou não consigam, ter filhos.
Passou-me, muitas vezes, a mim, ao longo dos anos, isto pela cabeça.
Disse-o, muitas vezes, a pessoas chegadas.
Disse-o porque era o que sentia, mas desejando sempre, como é óbvio, estar enganada.
Também disse, tenho dito, com frequência, que não orientei a minha vida para ter filhos. Isto é, não planeei nesse sentido, não fiz projectos.
As etapas foram-se sucedendo, naturalmente, metas definidas cada uma a seu tempo, o curso, primeiro, o emprego, depois, o casamento, mais tarde.
Paralelamente, e ainda que possa parecer contraditório, sempre fiz questão de dizer que não me limitaria a ter só um filho.
Ser filha única é uma condição à qual nunca achei piada nenhuma.
Se tivesse uma irmã, ou um irmão, provavemente estaria a falar com ela(e) sobre este assunto, em lugar de estar aqui sentada ao computador.
As minhas amigas, as minhas melhores amigas, também já o disse, gostam de mim, claro, mas ambas têm irmãos e eu sei, muito bem, que não há laço tão forte como o laço de sangue, por mais que amemos os nossos amigos.
Insisto, por isso, com todas as minhas amigas, para que não deixem os seus filhos serem filhos únicos para o resto da vida. Estão a ouvir?!?
Ora bem, para ter mais do que um filho, convém que tenha o primeiro e é aqui que as coisas começam a complicar-se.
Tenho ouvido, ao longo dos últimos doze meses, dezenas de histórias, algumas contadas na primeira pessoa, sobre como estas coisas nem sempre acontecem facilmente, sobre como tanto pode demorar um mês como um ano, sobre como o importante é não "entrar em stress", sobre como é "perfeitamente normal" esperar quatro, cinco, seis meses até que a gravidez aconteça.
Tenho ouvido com paciência.
Nos últimos tempos, porém, noto que os comentários começam a escassear, que a sacramental pergunta "então, há novidades?", é colocada com cada vez menos insistência. Julgo que acreditam magoar-me, ao repetir a mesma pergunta, uma e outra vez.
Na realidade, incomoda-me que deixem de perguntar com receio de serem incómodas. Quando chegamos a um ponto em que este assunto se torna incómodo, é altura para começar a ficar preocupada.
Para começar a pensar que se calhar não é assim tão "normal".
A despreocupação começa, por isso, a dar lugar à angústia.
No momento em que dei por mim a pensar "se calhar, nunca vou ter filhos", abateu-se sobre mim uma tristeza imensa e inexpressável.
Uma sensação de vazio pesada, desesperançosa.
Eu, que até queria três, será possível?!?
Não sei, mas começo a ter muito medo.
As mulheres que me rodeiam são, em brutal maioria, mães. Mães dedicadas, mães preocupadas, mães extremosas. E são, para lá de tudo o resto e em primeira análise, mães. Porque a sua vida gira, e isto é mesmo verdade, em torno dos seus filhos. Preenchem-nas.
Se a relação com os irmãos é o que é, imagine-se a ligação que se tem com um filho.
Será possível, será justo, que também disto eu tenha de ser privada?
Emociona-me, agora mais que nunca, ouvi-las falar sobre como é maravilhosa a condição de mãe. Observo-as, enquanto se desfazem em mimos, e como são recompensadas, com um amor que é maior do que tudo o que possa imaginar-se.
É que nem sobrinhos eu vou ter, merda!
A família que eu imagino, agora, não ficará completa sem filhos.
A triste realidade é que me falta ter alguém de quem possa dizer que é um pedaço de mim. Se calhar estou a ser egoísta, mas a falta deste alguém está a abrir um buraco enorme na minha vida. Apetece-me o toque, apetece-me o cheiro. Igual ao meu. Extraído de mim. Poder procurar os meus olhos noutra pessoa. O formato da mãos e dos pés, o desenho das sobrancelhas, o contorno dos lábios.
Para minha profunda e enorme tristeza, chego à conclusão que, de facto, ninguém é de ninguém, a não ser os filhos dos pais.
Porque os romances terminam, os casamentos acabam, as chamas apagam-se.
Mas os filhos ficam para sempre. E são mesmo "nossos", sendo que este "nossos" pode ser dito à boca cheia, e soar a verdadeiro. Muito mais verdadeiro do que "minha mulher", "minha namorada" ou "meu amigo".
Posto isto, se e quando vier a ter filhos, é provável que me transforma na mãe mais lamechas de todos os tempos.
Isso seria, sem dúvida, uma coisa boa.
Porque acho que nunca mais voltaria a sentir-me sozinha. É impossível, acredito eu, que uma mãe volte a sentir-se só. Impossível.
Será que é disso que eu tenho medo?
Ai, Cristo, estou a tornar-me depressiva, socorro!!!
...
Pronto, agora que estou suficientemente triste, posso ir enfiar a cabeça debaixo da almofada e dormir.
Não me sinto muito melhor depois deste desabafo, mas isto passa.

Quem é dono de quem?


[antes de mais nada, o facto de eu estar a escrever sobre carros pela segunda vez na mesma semana pode ser explicado pelo facto de eu estar, e isto é oficial, a perder o juízo…]
O carro até é muito bonito, mas não é exactamente sobre o automóvel que quero falar.
A realidade é que vi ontem, pela primeira vez, na televisão o spot do novo Seat Leon e fiquei estarrecida.
Escalou repentinamente até ao topo da minha tabela de anúncios favoritos porque está mesmo, mas mesmo, bem conseguido.
A locução assenta na ideia de que quando compramos um carro compramos uma data de preocupações e stress… mas compramos na mesma, tal como diz o anúncio.
O spot termina (magistralmente, na minha opinião), com a frase “porque as melhores coisas não são as que nos pertencem mas as que são donas de nós”.
Isto não é publicidade, isto é poesia.
Muito bom mesmo, também por causa da assinatura final, “quem é dono de quem”.
“As melhores coisas não são as que nos pertencem mas as que são donas de nós”.
This could be something to think about…

quinta-feira, 17 de maio de 2007

É do calor...

Dei-me conta de que andava aqui a faltar uma música para dar ao pezinho… Com o calor e tal, vem mesmo a propósito uma que me tem andado o dia todo na cabeça.
Justin Timberlake (what else?). E não, não estou obcecada, a questão é que a música é mesmo gira.
Chama-se Summer Love e fez-me lembrar de uma coisa que se passou há muitos, muitos, muitos anos… mesmo…
De forma abreviada, a história centra-se em dois personagens principais, sendo que um deles era eu, a própria, e o outro o j.b., filho de uns amigos dos meus pais.
Eu tinha, ora deixa cá ver… 12, sim, 12 anos, quando nos conhecemos. Seria o Verão de 88, portanto [Cristo!...]. Passámos férias juntos, com pais e irmãos incluídos, e nasceu ali um encantamento que haveria de durar anos.
Lembro-me perfeitamente que estava no auge das mudanças físicas típicas da adolescência e que, por causa disso, foi um Verão atribulado, o primeiro em que ir à praia em determinadas alturas do mês era um verdadeiro quebra-cabeças.
Para grande felicidade minha, o j. tinha uma irmã mais velha (a s. tinha 16, salvo erro), que me ajudou imenso e de quem acabei por ficar muito amiga.
Fomo-nos encontrando, a espaços, depois desse Verão, mas só voltámos a passar férias juntos dois anos mais tarde.
E as mudanças que acontecem em dois anos!
Em 90 reencontrámo-nos, então, em Vilamoura, onde passámos umas férias inesquecíveis. Tínhamos 14 anos, ambos, e a s. teria então 18.
O grupo de pândegos ficava completo com mais dois rapazes, mais ou menos da mesma idade, filhos do primeiro casamento do padrasto do j. e da s.
Passei para aí um mês no Algarve, primeiro em casa deles e depois numa casa alugada pelos meus pais, que chegaram mais tarde.
A paixoneta reacendeu-se mal nos vimos, de modo que as férias foram passadas completamente ‘in love’, com o beneplácito dos pais, embevecidos com aquele cenário de amor adolescente.
Os dias eram passados na piscina e as noites na borga, graças à s. que, assumindo o papel de mana mais velha, nos permitia sair sempre que queríamos, até às tantas.
Quando ficávamos em casa, lembro-me que nos juntávamos todos na sala, a jogar às cartas, a tocar viola e a cantar. Foram umas das melhores férias de sempre.
As discotecas mais badaladas do Algarve, corremo-las todas, muitas vezes com os pais, arrastados por nós e por aquela onda de descontracção.
A Trigonometria era a nossa favorita, porque aí os pais ficavam no Clube T (porta ao lado) e nós podíamos mesmo fingir que já éramos crescidos.
Tudo isto me ocorreu ao lembrar-me que foi, precisamente neste Verão, que ouvi pela primeira vez a expressão “amores de Verão ficam enterrados na areia”.
Já se vê que a coisa não acabou bem…
O fim das férias marcou também o fim daquela paixoneta.
Eu regressava a Cascais, o j. a Lisboa e a ‘separação’ era inevitável.
Chorei que me desunhei durante dias, voltei a casa destroçada.
E aquela frase, “amores de Verão ficam enterrados na areia”, nunca mais me esqueci dela.
Claro que nem todos os amores de Verão estão condenados à partida.
Mas o calor do Verão tem, de facto, a capacidade de atear as chamas mais improváveis.
Deve ser a pensar em tudo isto que o Justin Timberlake garante que “this just can’t be summer love”…

Riding in the drop top with the top down
Saw you switching lanes girl
Pull up to the red light looking right
Come on let me get your name girl
Tell me where you’re from,
What you do,
What you like
Let me pick your brain girl
And tell me how they got that pretty little face
On that pretty little frame girl
But let me show you round,
Let me take you out
Betcha we can have some fun girl
‘Cause we can it do fast fast slow
Which ever way you wanna run girl
But let me buy you drinks better yet rings
Do it how you want it done girl
And who woulda thought that you could be the one 'cause I

I can't wait to fall in love with you
You can't wait to fall in love with me
This just can't be summer love you'll see
This just can't be summer love, you’ll see
Come on and let me show you round, let me take you out
Betcha we can have some fun girl
'cause you could dress it up, you could dress it down
Any way you want it done girl,
Or we can stay home talking on the phone
Rapping till we see the sun girl
Do what I gotta do, just gotta show you
That I'm the one girl
Well I'm a freak ya right each and every night
I know how to do it insane girl
'cause I can make ya hot make ya stop
Make ya wanna say my name girl

Come on baby please 'cause I'm on my knees
Can't get you off my brain girl
But who woulda thought that you could be the one 'cause I

I can't wait to fall in love with you
You can't wait to fall in love with me
This just can't be summer love you'll see
This just can't be summer love, LOVE

'cause I can't wait to fall in love with you
You can't wait to fall in love with me
This just can't be summer love you'll see
This just can't be summer love, LOVE

Summer's over for the both of us {summer's over}
But that doesn't mean we should give up on us {don't give up}
Your the one that I've been thinking of {your the one}
And I knew the day I met you you'd be the one

I can't wait to fall in love with you
You can't wait to fall in love with me
This just can't be summer love you'll see
This just can't be summer love, LOVE {oh}

'cause I can't wait to fall in love with you
You can't wait to fall in love with me
This just can't be summer love you'll see
This just can't be summer love, love

Hot...


Está uma brasa...

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Breath taking


Eu, que até nem sou muito destas coisas, e que estou plenamente satisfeita com a minha maravilhosa Polo, dei por mim a desejá-lo…
Alguém de quem gostei muito costumava dizer que “não é o carro que faz o homem, é o homem que faz o carro”.
Concordo.
Mas, ainda assim, este, que já de si tem muita pinta, teria ainda mais estilo comigo ao volante…
BMW, série 1, três portas, fáchavor.

domingo, 13 de maio de 2007

Pastorinho

O fim-de-semana encerra com chuva, que é uma coisa que me dá um ânimo brutal para encarar a semana. Agora queria sol e calor, se pudesse ser. É que Junho vai ser um mês tramado em termos de trabalho e gostava de dar uma côrzinha às pernas e à cara até lá...
Foi um dos fins-de-semana mais caseiros dos últimos meses. Ainda não pus a leitura em dia, nem nada que se pareça, mas já tenho mais dois filmes no papo.
Dois filmes de domingo, mesmo.
The Holiday (O amor não tira férias) é a história de duas mulheres, uma inglesa e uma americana, que trocam de casas durante quinze dias de férias. O filme é 100% lamechas, de maneiras que acabei rodeada de lenços de papel húmidos e com os olhos encarnados de tanto chorar. Eu sou mesmo isso, nothing to worry about...
É uma comédia romântica, pirosa, dirão alguns, mas eu, tal como a Kate Winslet no filme, gosto de coisas pirosas. E de histórias de amor improváveis, e de fantasiar com elas, e de acreditar em príncipes encantados e em finais felizes. E do Jude Law, também. LINDO!!! Aqueles olhos não existem, pois não?!?...
Depois, Devil wears Prada (O Diabo veste Prada). Eu avisei que eram filmes de domingo...
Entretanto, é 13 de Maio e faz anos um dos pastorinhos. O amigo p.m. [mind if I call you friend?...], com o qual estive a falar, para chegarmos à conclusão que desperdiçámos dois anos de curso (e de amizade), uma vez que só no terceiro nos começámos a entender.
Isto porque, tal como lhe expliquei, durante os dois primeiros me tratava como se eu fosse desprovida de cérebro. Justificou-se dizendo-me que eu tinha 17 anos (na realidade começou por dizer 15...) e que ninguém com 17 anos pode ser levado a sério. Pois sim, p.m.
Tu já tens 32 e eu ainda não sei quando devo levar-te a sério... :)

sábado, 12 de maio de 2007

Bem passado

Venho com um dia de atraso para falar sobre o dia de ontem. Talvez porque fosse necessário digiri-lo. E isso leva tempo. Foi, isso sem dúvida, inesquecível. Mais um extraordinário capítulo de uma história onde 1+1 não é, de todo, igual a 2.
Emoções fortes da manhã à noite valeram-me uma monumental dor de costas e uma teimosa dor de cabeça, das quais ainda não consegui ver-me totalmente livre.
Mania de que sou uma míuda e posso simplesmente "ir". Claro que fui, no final de um dia intenso que rematava uma semana intensa, ver e sobretudo ouvir os Xutos e Pontapés ao vivo em Algés. Diz que a semana académica de Lisboa se mudou para lá.
Claro que os Xutos só subiram ao palco à 1 da manhã, porque a malta é jovem. Improvável cenário, rodeada de colegas de trabalho (sim, temos lá a nossa mãozinha), na madrugada de uma sexta-feira, a dançar ao som dos Xutos. Weird things happen...
Naturalmente, com os meus 30 anos a dizerem "estamos aqui, estamos aqui", hoje passei a tarde deitada no sofá, em transe.
O que acabou por ser excelente, porque me permitiu ver dois filmes que me estavam atravessados. Little Miss Sunshine (Uma família à beira de um ataque de nervos) e Me and You and Everyone We Know (Eu, Tu e Todos os Que Conhecemos).
O primeiro é, simplesmente, delicioso. Inteligente, divertido, dramático, comovente, como todos deviam ser. Terminou comigo a chorar e a rir em simultâneo, sendo que, em mim, nenhuma das coisas é muito difícil acontecer. Tem as emoçõezinhas à flor da pele, a menina, tem, tem...
Muito bom, muito bonito.
Quanto ao segundo, posso dizer que é o segundo filme mais surreal que já vi, porque não consegue destronar o Being John Malkovich (Queres ser John Malkovich?) que é, pura e simplesmente, um hino ao surrealismo.
Mas bom. Não consegui deixar de o ver até ao fim e não me apeteceu, nem por um segundo, desligar o DVD. Estranho, mas bom.
Entretanto, parece que as dores estão a querer ir-se embora. Boa.
Assim sendo, talvez ainda consiga dar mais um pézinho de dança...
São duas das minhas favoritas dos Xutos, por uma série de razões que vêm sobretudo espelhadas nas letras.
Circo de Feras é uma daquelas que toda a gente canta e sabe de cor. Gosto dela pelo que evoca, pelo que me traz à memória.
Se me amas... gosto porque num instantinho diz uma série de verdades acerca do amor. Que se quer bem passado é só uma delas.

Se me amas

Se me amas
Se me queres
Não procures aquilo que
Não há em mim

Se me amas
Se me queres
Não me prendas
Sempre ao pé de ti

Se me amas
Se me queres
Não faças de mim palhaço
Não quero ser um fracasso
Nas tuas mãos

Já te disse toma cuidado
Que o amor quer-se bem passado
Quando chega a submissão
Quando chega a obrigação
Há por aí muitas damas
Se me amas

Se me amas
Se me queres
Não me faças nunca
Dizer que não
Se me amas se me queres
Não faças de mim palhaço
Não quero ser um fracasso
Nas tuas mãos...

Já te disse toma cuidado
Que o amor quer-se bem passado
Quando chega a submissão
Quando chega a obrigação
Há por aí muitas damas
Se me amas.

Circo de feras

A vida vai torta
Jamais se endireita
O azar persegue
Esconde-se à espreita

Nunca dei um passo
Que fosse correcto
Eu nunca fiz nada
Que batesse certo

E enquanto esperava
No fundo da rua
Pensava em ti
E em que sorte era a tua
Quero-te tanto
Quero-te tanto

De modo que a vida
É um circo de feras
E os entretantos
São as minhas esperas

E enquanto esperava
No fundo da rua
Pensava em ti
E em que sorte era a tua
Quero-te tanto
Quero-te tanto

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Dialectos

“Diz que o meu amor lhe dá um certo calor na barriga”
O dia de hoje também me está a dar calor na barriga.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Sofre bela para seres formosa

Ouvir dizer, ou li, não sei a quem, não me recordo onde, que um dos primeiros sinais de que estamos a ficar, como dizer, ‘crescidas’, é o aumento do número de embalagens de produtos de beleza em cima da bancada da casa de banho.
No meu caso, isto é bem verdade.
Há dez ou quinze anos usava, quanto muito, dois cremes no Verão – o protector solar e o hidratante, depois do banho, no regresso da praia, e só para que não me caísse tão depressa a pele.
De há cinco anos para cá multiplicam-se, em cestinhos, caixinhas e gavetinhas, as embalagens de cremes para os mais diversos fins, na justa medida em que ‘cresce’ a factura de gastos em para-farmácias, perfumarias, cabeleireiros e afins.
Dou por mim a ter necessidades que há poucos anos não julgava possíveis. Tipo “ter de ir arranjar as mãos”. “Ter de ir”?!? Se há dez anos me dissessem que eu diria, um dia, esta frase, “tenho de ir arranjar as mãos”, rebolava-me no chão a rir!
But things change…
E neste aspecto a vida de um homem é tão mais fácil…
O meu marido, por exemplo. Faz-lhe imensa confusão que eu passe, todas as manhãs, uma hora na casa de banho. Acho que deve interrogar-se sobre que raio faço eu durante 60 minutos enfiada dentro de uma divisão minúscula, cheia de vapor, onde está um calor insuportável e porque me irrito tanto quando se atreve a interromper-me.
É um amor, mas passam-lhe completamente ao lado as dezenas de rituais que ‘gaja que é gaja’ tem de cumprir, diariamente, antes de sequer pôr o nariz fora da janela para saber como está o tempo. :)
O banho é o básico e é só o começo. Depois há o creme para a celulite, o creme para a cara, o creme para o corpo, a base, o pó, o blush, o lápis, a máscara, a espuma, a escova, o secador e o perfume, para já não falar dos acessórios, onde se incluem os brincos, as pulseiras e os anéis.
E isto só para citar o que fazemos em casa, por nós próprias.
Porque depois ainda há aquelas ‘tarefas’ para as quais não prescindimos da ajuda de profissionais especializadas, como a depilação, a manicura, a pedicura, o cabeleireiro…
E o dinheiro que tudo isto consome… Uma renda, é o que é…
Ainda outro dia vi uma reportagem na televisão sobre o facto de as mulheres portuguesas recorrerem cada vez mais a esteticistas e a tratamentos de beleza.
O cabeleireiro que frequento está sempre cheio. É incrível. E ainda mais incríveis são as coisas que por lá vejo.
Ainda no domingo lá estive, lá está, fui ‘arranjar as mãos’… tinha mesmo de ser… para variar, estive imenso tempo à espera e quando isso acontece entretenho-me a observar o que se passa à minha volta.
Fico sempre surpreendida com a quantidade de torturas a que nos submetemos para ficar bonitas. E com as figuras que fazemos, até conseguirmos (quando conseguimos, claro…).
Uma mulher com pratas na cabeça [fazer madeixas implica] não é uma visão bonita. Uma mulher coberta de uma espessa pasta cor-de-rosa [cera quente] não é uma visão bonita. A dor que o arrancar dos pelos provoca não é, isso posso garantir, uma coisa bonita.
Mas a gente submete-se. E, falo por mim, com gosto.
A minha mais recente aquisição foi um produto para atacar a celulite [já experimentei vários, posso dar consultoria…], muito publicitado (sim, sou altamente influenciável pela publicidade, já tinha confessado isto), cuja embalagem tem, numa das extremidades, um mecanismo que “amassa” a pele. Sim, eles dizem que “amassa” e prepara a pele para a penetração do produto.
Mas a verdade é que ESMAGA, ARREPANHA, TORTURA. É, pura e simplesmente, SOBERBO. Sim, é maravilhoso. Aquilo dói que se farta mas eu posso jurar que oiço a celulite a ganir e a fugir assustada pela porta fora…

domingo, 6 de maio de 2007

It's a dirty job, but someone's gotta do it...

Em dias como o de hoje, em que a vida é quase perfeita, só há uma coisa que me descompensa o nervo, tal como ao Bruno Nogueira...
O meu trabalho é, por natureza, um trabalho de discrição. Quando se trabalha para promover a (boa) imagem de uma instituição, acontece as nossas convicções pessoais serem remetidas para segunda plano.
Quando, como no meu caso, se acredita no trabalho que se desenvolve, dia após dia, acontece anularmo-nos, em prol dos interesses da entidade que é [forçoso] fazer parecer bem, independentemente de partilharmos, ou não, dos ideais da pessoa, ou pessoas, que estão ao leme.
Talvez seja complicado entender, é-me até difícil explicar, mas nunca encarei a missão com cinismo ou hipocrisia.
É, como digo, fácil, é até natural, quando realmente se acredita no trabalho que se desenvolve.
Pode soar a frase feita, mas a mim é-me, pessoalmente, difícil assumir um cargo, uma responsabilidade, sem vestir a camisola. Este foi, desde que comecei a minha vida profissional, sempre o meu posicionamento. É a minha forma de estar e de fazer as coisas.
Tudo isto se torna mais fácil ainda quando os méritos do trabalho desenvolvido por toda a equipa são reconhecidos, de forma quase unânime.
Existem falhas, naturalmente, mas de uma forma geral, e honestamente, é simples fazer passar uma boa imagem de uma instituição que dá provas, concretas.
E tudo isto porquê?
Tudo isto porque hoje, sem perder a noção da discrição que, como comecei por dizer, deve sempre pautar o exercício do meu trabalho, e sem tirar, por um momento os pés do chão, senti por um bocadinho o formigueiro no estômago que o protagonismo provoca.
Não que seja meu, o protagonismo, nem isso me traria provavelmente exultante.
O reconhecimento do meu trabalho, independentemente dos motivos, para lá do aproveitamento que disso possa ser feito, é que me adoça a boca.
Sentir, de vez em quando, que o que fazemos capta a atenção de alguém, se torna motivo de conversa ou mesmo de notícia num jornal nacional diário, espicaça-nos.
E a mim dá-me ainda mais alento para saltar amanhã da cama cheia de energia e boa disposição, dando graças a Deus pelo trabalho que adoro fazer e me dá tanto prazer!

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Uma salva de palmas

… e o prémio de momento mais hilariante da noite de ontem vai para… aquele em que o líder do psd garantia, em directo na rtp, que todos os vereadores compreendiam a necessidade de renunciar aos mandatos na câmara de Lisboa, seguido da afirmação da Judite de Sousa, dizendo “acaba de me chegar informação que dá conta de que o vereador Pedro Feist pretende manter-se em funções”.
Ah.
Pronto.
Por agora é só.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Parvoíce

Em primeiro lugar, que merda de tempo é este?!?
Pronto.
Agora em relação à lei do tabaco. Baseando-me naquilo que leio nos jornais e vejo na televisão, esta lei consubstancia, pelo menos em alguns aspectos, clara parvoíce.
O café onde costumamos tomar o pequeno-almoço não tem 100 metros quadrados. O dono, o sr. j., é fumador e já várias vezes me disse que 90% dos seus clientes são fumadores.
Hoje de manhã dizia-me “se tenho de descriminar os fumadores, vou afixar um papel ali à porta a dizer «proibida a entrada a negros»”.
Claro que era uma força de expressão. O sr. j. não pretende vedar a entrada a alguém baseando-se apenas na sua raça ou credo.
Mas faz sentido a indignação.
Tenho ouvido os representantes dos empresários de restauração defender uma solução semelhante à espanhola.
Esta foi, aliás, a que sempre preconizei.
Em Espanha é simples, tão simples, e tão fácil de imitar.
São os proprietários dos estabelecimentos quem opta.
Das duas uma, ou “se puede” ou “no se puede”.
Os fumadores, ou aqueles que não se incomodam com o fumo dos outros, frequentam os estabelecimentos onde é permitido fumar. Os outros, os estabelecimentos nos quais não se permite.
A permissão, ou a proibição, está afixada nas portas ou nas montras, de forma bem visível, de modo que não há que enganar.
Ainda ontem dava a uma colega minha o exemplo do Starbuck’s, que tinha imensa curiosidade em conhecer.
Como em Portugal ainda não existe nenhum, pensei provar um dos afamados cafés com sabor [a tudo e mais alguma coisa] em Barcelona, onde há um Starbuck’s em cada esquina.
Acontece que no Starbuck’s “no se puede”. Ou não fossem eles americanos. E por isso não nos apeteceu entrar.
Foi da maneira que poupei uma pipa de massa, que é o que eles pedem por um vaso de café…
Cá estarei em Janeiro para ver como vai ser, na prática.
Os jornalistas ontem andaram todos à caça dos deputados fumadores, para fazer a perguntinha da praxe. A sério que estava doida para ouvir alguém responder “vou continuar a fumar dentro do meu gabinete e onde me apetecer, desde que ninguém me chateie, porque me estou a borrifar para a lei”.
É impressão minha ou já há muitos anos que é proibido fumar nos edifícios públicos?
Aqui na minha sala não se fuma. Foi uma imposição dos não-fumadores, que caiu muito mal nos fumadores.
Mas agora já passou.
Fuma-se na rua, fuma-se no pátio [sim, temos um pátio, à antiga portuguesa], fuma-se no café… por enquanto…
Fuma-se menos.
Se há coisa com a qual eu sou esquisitinha é com os cheiros. O cheiro a tabaco impregnado na roupa e no cabelo tira-me do sério. Tal como o cheiro a fritos. Não há coisa pior que sair de um restaurante a cheirar a fritos.
Por isso proponho que passe a ser proibido fritar nos restaurantes.
Tenho dito.
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