Ontem fiz o meu baptismo de vôo de helicóptero. E que bem. Coisas do trabalho que isto, parecendo que não, até tem as suas vantagens. :)
E o que é que eu posso dizer acerca da experiência?... Pois que correu muito bem. Sentei-me no lugar da frente, ao lado do piloto, que é uma coisa que dá todo um outro élan.
Acontece que o rapaz era uma simpatia mas tivemos um pequeno problema de comunicação. Os meus auscultadores não funcionavam. Parece que ele passou a viagem toda a dar explicações, acerca do que víamos e do que estava a fazer e eu nada, em branco. As meninas sentadas lá atrás ouviam e era suposto que eu ouvisse também. Aliás, era suposto que todos conseguíssemos ouvir-nos e falar uns com os outros. Face às tentativas, frustradas, das minhas amigas em conversar comigo durante o vôo, parece que ela acabou por dizer "a s. não nos está a ouvir. os auscultadores dela não funcionam". Isto é o que me contam. Porque eu ouvir, só mesmo o barulho do motor e das hélices, ou que raio é aquilo, ainda que abafado pelas almofadas nos ouvidos. Cristo. Só comigo.
Comunicação com o piloto, só mesmo através de gestos, sorrisos e duas ou três palavras gritadas. Ai mãe.
A verdade é que também não estava ali para fazer amizade com o piloto, certo?...
Sobrevoámos Oeiras e é tão catita.
Mas bom, bom mesmo, é voar em cima do mar. LINDO. A sensação, ao pairar, é a de estar suspensa em cima da água. O céu estava muito azul, sem nuvens, o mar lindo, lindo. Uma maravilha. Sensação de liberdade. Muito bonito.
Dias que valem verdadeiramente a pena, aqueles em que fazemos algo que nunca tínhamos feito. :)
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
I know I can do it better
Andar a pé é libertador.
Caminhar sozinha, com o vento e o sol do Guincho colados ao corpo, com a música que é só minha nos ouvidos. Caminhar em direcção a lado nenhum, em passo apressado mas sem pressas, sentir o coração a bater no peito e a latejar na cabeça. Sentir-me sozinha mas livre. Acompanhada mas livre. Sozinha outra vez e ainda livre. Feliz porque faz sentido, apesar de tudo, independentemente de tudo. Porque é o que tem de ser, porque é como tem de ser. MESMO.
E depois esta música. 'She's not me'. A Madonna sabe do que fala.
«I just want to be there when you discover
When you wake up next to your new lover
She might cook you breakfast and love you in the shower
The flavor of the moment, cause she don't have what's ours
She's not me
She doesn't have my name
She'll never have what I have
It won't be the same
It won't be the same
She is licking her lips
And she's batting her eyes
She's not me
She's got legs up to there
And such beautiful hair
She's not me
Oh, devoted for life
Make a beautiful wife
She's not me
If you spend some more time
I guarantee you will find
She's not me
I know I can do it better
If someone wants to pimp your style
And hang with you a little while
And make off with all the things you like
You're gonna have to watch it
She's not me
She doesn't have my name
She'll never have what I have
It won't be the same
It won't be the same
She's not me and never will be
Never will be...»
Caminhar sozinha, com o vento e o sol do Guincho colados ao corpo, com a música que é só minha nos ouvidos. Caminhar em direcção a lado nenhum, em passo apressado mas sem pressas, sentir o coração a bater no peito e a latejar na cabeça. Sentir-me sozinha mas livre. Acompanhada mas livre. Sozinha outra vez e ainda livre. Feliz porque faz sentido, apesar de tudo, independentemente de tudo. Porque é o que tem de ser, porque é como tem de ser. MESMO.
E depois esta música. 'She's not me'. A Madonna sabe do que fala.
«I just want to be there when you discover
When you wake up next to your new lover
She might cook you breakfast and love you in the shower
The flavor of the moment, cause she don't have what's ours
She's not me
She doesn't have my name
She'll never have what I have
It won't be the same
It won't be the same
She is licking her lips
And she's batting her eyes
She's not me
She's got legs up to there
And such beautiful hair
She's not me
Oh, devoted for life
Make a beautiful wife
She's not me
If you spend some more time
I guarantee you will find
She's not me
I know I can do it better
If someone wants to pimp your style
And hang with you a little while
And make off with all the things you like
You're gonna have to watch it
She's not me
She doesn't have my name
She'll never have what I have
It won't be the same
It won't be the same
She's not me and never will be
Never will be...»
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Só comigo (parte II)
Vinha a menina a caminho do trabalho, um trânsito infernal. Pára-arranca-pára-arranca, à procura de uma música boa na rádio. Jason Mraz, pode ser. 'I'm Yours' na telefonia e a menina canta a plenos pulmões, o volume muito, muito alto.
E eis que na faixa ao lado um carro, cinco yuppies lá dentro. O do lugar do pendura diz qualquer coisa que a menina não consegue ouvir. Baixa o volume e ele pergunta: "Desculpe lá, qual é a rádio que está a ouvir?".
"A Comercial...", responde a menina, atónita.
Os yuppies riem. Riem todos muito.
Os carros avançam. Dois metros à frente, a menina acha que tem de dizer: "Tenho ouvido muitas abordagens mas essa foi, sem dúvida, muito original".
Rimos todos e seguimos com a nossa vida.
Just another perfect day.
E eis que na faixa ao lado um carro, cinco yuppies lá dentro. O do lugar do pendura diz qualquer coisa que a menina não consegue ouvir. Baixa o volume e ele pergunta: "Desculpe lá, qual é a rádio que está a ouvir?".
"A Comercial...", responde a menina, atónita.
Os yuppies riem. Riem todos muito.
Os carros avançam. Dois metros à frente, a menina acha que tem de dizer: "Tenho ouvido muitas abordagens mas essa foi, sem dúvida, muito original".
Rimos todos e seguimos com a nossa vida.
Just another perfect day.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Very hot
E o meu nódulo é quente. Nada que me surpreenda. Acho mesmo que era desnecessário terem-me posto líquido radioactivo a correr nas veias para chegar a esta conclusão. Se está em mim, havia de ser frio?... ;-)
Pretérito perfeito
Se há coisas que é bom que aconteçam, uma delas é, de certeza, não nos arrependermos nem de um segundo do tempo que investimos numa relação. Particularmente se tiver sido uma relação longa.
Olhar para trás e pensar que tudo fez sentido, que foi exactamente como tinha que ser, que, envolvidas as duas pessoas em questão, não poderia mesmo ter sido de outra forma.
Se há pessoa em relação à qual sinto isto, essa pessoa é o g. Namorámos durante quatro anos e foi uma relação muito intensa. Em parte porque foi um namoro sério que resultou de uma paixão assolapada. Consumíamo-nos em quantidades absurdas. Em parte porque era extraordinariamente ciumento e tínhamos discussões horríveis, durante as quais nos agredíamos estupidamente. Para nos voltarmos a amar outra vez incondicionalmente. Uma relação que fez sentido naquela fase das nossas vidas - tínhamos 17, 18 anos quando a coisa se tornou séria.
A ruptura foi dolorosa e o caminho até voltarmos a ser amigos não foi fácil de percorrer. Mas chegámos lá. Aproximámo-nos ainda mais de há uns meses para cá - o msn tem esta coisa maravilhosa de aproximar as pessoas - e agora conversamos com frequência.
É comum, durante as nossas conversas, ter a sensação de que, apesar dos anos decorridos, somos, na essência, as mesmas pessoas. Que ainda me conhece bem. Tal como eu a ele. Que podemos prever a reacção do outro ao que dizemos. Que há carinho. Que há passado e que, visto a esta distância, tudo foi perfeito. E é esta sensação que é apaziguadora. Entender ainda o que me fez apaixonar e sentir que tudo fez sentido. Que podemos ser genuinamente amigos, porque as feridas estão curadas.
Fez anos há uns dias. Combinámos um almoço para a semana. Falámos ao telefone durante imenso tempo e não fizemos outra coisa que não fosse dizer idiotices. Estupidez. Parvoíces. Porque podemos. Rir um do outro. Rir em conjunto. Falar. Do passado, do nosso presente, do futuro. Das voltas que as vidas de ambos entretanto deram. De como é ser um homem casado. De como é ser uma mulher casada. De como teve coragem de ter com outra o filho que até planeámos ter juntos. De como eu tive coragem de o deixar antes de termos avançado com esse plano. De como funcionávamos incrivelmente bem. De como funcionávamos incrivelmente mal.
Sensação boa. A de ver boas pessoas passarem a fazer parte das nossas vidas. E a de sentir que outras ainda cá estão.
Olhar para trás e pensar que tudo fez sentido, que foi exactamente como tinha que ser, que, envolvidas as duas pessoas em questão, não poderia mesmo ter sido de outra forma.
Se há pessoa em relação à qual sinto isto, essa pessoa é o g. Namorámos durante quatro anos e foi uma relação muito intensa. Em parte porque foi um namoro sério que resultou de uma paixão assolapada. Consumíamo-nos em quantidades absurdas. Em parte porque era extraordinariamente ciumento e tínhamos discussões horríveis, durante as quais nos agredíamos estupidamente. Para nos voltarmos a amar outra vez incondicionalmente. Uma relação que fez sentido naquela fase das nossas vidas - tínhamos 17, 18 anos quando a coisa se tornou séria.
A ruptura foi dolorosa e o caminho até voltarmos a ser amigos não foi fácil de percorrer. Mas chegámos lá. Aproximámo-nos ainda mais de há uns meses para cá - o msn tem esta coisa maravilhosa de aproximar as pessoas - e agora conversamos com frequência.
É comum, durante as nossas conversas, ter a sensação de que, apesar dos anos decorridos, somos, na essência, as mesmas pessoas. Que ainda me conhece bem. Tal como eu a ele. Que podemos prever a reacção do outro ao que dizemos. Que há carinho. Que há passado e que, visto a esta distância, tudo foi perfeito. E é esta sensação que é apaziguadora. Entender ainda o que me fez apaixonar e sentir que tudo fez sentido. Que podemos ser genuinamente amigos, porque as feridas estão curadas.
Fez anos há uns dias. Combinámos um almoço para a semana. Falámos ao telefone durante imenso tempo e não fizemos outra coisa que não fosse dizer idiotices. Estupidez. Parvoíces. Porque podemos. Rir um do outro. Rir em conjunto. Falar. Do passado, do nosso presente, do futuro. Das voltas que as vidas de ambos entretanto deram. De como é ser um homem casado. De como é ser uma mulher casada. De como teve coragem de ter com outra o filho que até planeámos ter juntos. De como eu tive coragem de o deixar antes de termos avançado com esse plano. De como funcionávamos incrivelmente bem. De como funcionávamos incrivelmente mal.
Sensação boa. A de ver boas pessoas passarem a fazer parte das nossas vidas. E a de sentir que outras ainda cá estão.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Um mês de ginásio...
... e eis que tivémos a nossa primeira aula de kizomba. Lição número 1: 'soltar a anca'.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Feeling radioactive
Tenho para mim que não voltamos a ser os mesmos depois de nos injectarem líquido radioactivo na veia. Just a wild guess. [e tudo isto para descobrir se o meu nódulo é, afinal, quente ou frio].
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Só comigo
A menina sai de casa e vai à bomba de gasolina. Compra um pãozinho com queijo para ir a comer pelo caminho, que o tempo não dá para tudo. Pára num semáforo encarnado. Vidro aberto. E um senhor que se aproxima e diz 'Bom apetite...'. E a menina agradece. E assim começa mais um dia.
domingo, 5 de outubro de 2008
Porque hoje é domingo
Passeavam-se as amigas pelo centro comercial à hora de almoço quando uma menina daquelas que oferecem, a quem por ali passa, cartõezinhos perfumados à porta das perfumarias, nos estende um papelinho borrifado com Dior Homme Sport. O perfume é ÓPTIMO (ou não fosse Dior), mas a pergunta que se impunha era precisamente a que eu fiz:
«E o Jude Law, não tem, para oferecer?»
Não tinha. Uma pena.
Breathtaking. In a good way.
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