Faz hoje uma semana que comecei as minhas mini-férias e estava um dia lindo, com calor e tudo. Em Viana do Castelo, imagine-se. Hoje, já em casa, preparando-me para o regresso ao trabalho, sou confrontada com a maior ventanosga de que há memória e um frio de fazer bater o dente. É impressão minha ou o tempo devia estar um bocadinho melhor, dado que estamos praticamente em Maio?!?...
Whatever...
O roteiro de férias incluiu Viana do Castelo. Confirma-se como uma das minhas cidades portuguesas predilectas. A região de Portugal de que mais gosto é sem dúvida o Alentejo. Não tenho qualquer ligação familiar ao Alentejo, apenas emocional. Gosto da paisagem em tons de terra.
Porém, e mesmo que isto possa parecer contraditório, a minha cidade alentejana de eleição é Alcácer. Porque é Alentejo com água.
Apesar disso, não fico indiferente ao encanto minhoto. Ainda para mais com água, água salgada, como sucede em Viana. A Praia do Norte é um sítio lindíssimo, onde espero voltar outras vezes.
E depois há as pessoas e a pronúncia, que me deixa com pele de galinha. Gosto de os ouvir falar só por ouvir, porque a pronúncia do Norte põe calor nas palavras. Aqui em baixo somos demasiado frios e circunspectos.
Rumámos depois à Galiza, mais precisamente à Ilha da Toxa, em Pontevedra, com o tempo já a fazer caretas. As meninas da meteorologia galega [a TV Galicia é uma das piores coisinhas deste mundo, registe-se] passaram os dias a anunciar chuva e descida de temperatura, de maneiras que não tardou muito para que decidissemos que em Portugal se estaria provavelmente melhor.
Fizemos a viagem sempre pela costa, que é lindíssima, e aproveitámos a travessia de ferry até Caminha. Belo passeio.
Antes do Porto ainda houve tempo para (re)visitar Braga, cidade da qual tinha memórias já muito distantes. É ainda mais encantadora do que me lembrava. Cheia de gente, de animação e de vida. Gosto de cidades assim, onde ainda há comércio de rua, e tem clientes, onde as pessoas se juntam nos cafés, onde se vêem crianças e jovens nos jardins.
Tenho pena que Cascais seja cada vez menos isto. Cada vez mais deserta à noite. Cada vez mais descaracterizada. É uma pena, de facto.
De todo o modo, é a minha terra, e já lhe sentia a falta.
No regresso, o tempo foi escasso para preparar o jantar rotativo, que no passado sábado aconteceu cá em casa. Doze à mesa, mais o g., que não tarda nada está cá fora. A avaliar pelo tamanho da barriga que a a. carrega, não há-de tardar mesmo nada...
Aqui entre nós que ninguém nos ouve, dá trabalho e é cansativo, mas não me importava nada de ser a anfitriã de um destes jantares pelo menos uma vez por mês. Gosto da casa cheia.
O projecto de ter pelo menos três filhos ancora neste desejo de ter uma casa cheia de gente, a família, os amigos, as crianças mais os amigos das crianças. Tipo chegar aos cinquenta, meter a chave à porta, e ter a casa cheia de adolescentes. Para de seguida ter um fanico, desatar aos gritos, ordenar que arrumem a roupa, que façam as camas, que ponham a loiça na máquina, que desliguem A PORCARIA DA APARELHAGEM... pronto, já passou...
Veremos, o que o futuro me reserva...
segunda-feira, 30 de abril de 2007
sexta-feira, 20 de abril de 2007
Era uma vez...
A coisa não se deu propriamente à primeira.
Não foi fulminante. Não me atingiu como um dardo, certeiro, ‘in the bull’s eye’.
Foi-se fazendo. O sentimento. De toda a maneira, não estava para aí virada [como se isso em ti fosse impedimento para alguma coisa, miúda].
A braços com um relacionamento que ia andando mas na realidade não ia a lado nenhum, não abri uma brecha sequer para o deixar entrar.
Mas esgueirou-se. Fez-se da espessura de uma folha de papel e esgueirou-se.
Quando dei por isso, já lá estava. Instalado. Pegou no auscultador do outro lado do vidro à prova de bala e sussurrou-me “e agora que fazes? Já aqui estou…”.
E estava.
Apesar de tudo.
Não conseguia tocar-lhe, senti-lo, por estar para lá do tal vidro, mas via-o claramente instalado.
Quando quis saber se era verdade, se seria possível, disseram-me que só eu ainda não tinha percebido, que de fora se via bem.
O que é que se faz quando se percebe que um amigo nos demonstra que ser amigo já não chega.
Foge-se.
Ou não.
Acho que não fiz nem uma nem outra.
Andei ali ao sabor do vento, a enganar-me, a enganá-lo também, por consequência.
E passaram-se anos.
Diria que nunca até então me tinha sentido tão amada. Mas talvez não seja correcto dizê-lo, porque na realidade o amor não chegou nunca a ser consumado.
Foi ardendo, ateado todos os dias por pequenos nadas.
Talvez seja mais verdadeira se disser que nunca me senti objecto de tanta dedicação. Sim, dedicação, é essa a palavra.
Dedicava-se-me.
Chegou uma altura em que se tornou difícil a convivência. Ardia na garganta, picava nos olhos, comichava na pele. Apetecia coçar até fazer ferida. Apetecia que passasse mas apetecia que continuasse.
Nunca quis verdadeiramente que parasse de gostar de mim.
Mas sabia quão injusto é usufruir do amor de alguém a quem não dedicamos amor de volta.
Talvez não tenha feito as melhores escolhas.
Fiz as que me pareceram acertadas no momento.
É melhor pensar que tinha mesmo de ser assim.
Dizer a alguém “gosto de ti” durante anos sem nunca ouvir realmente “gosto de ti” de volta custa. Deve custar.
Mas eu gostava. Gostei. Muito. Faltou-me o suficiente para mandar à fava os argumentos. Os quilómetros. A distância. As diferenças. Que afinal era possível compatibilizar.
A vida também vale pelas histórias que vivermos sem termos vivido. Pelos abraços. Pelos beijos. Pelas palavras. Pelos passeios. Pelos dias. Pelas noites. Não dados. Não recebidos. Não trocadas. Não feitos. Não gozados. Não dormidas.
Casa-se hoje.
Há dez anos, acho que passou pela cabeça dos dois que podíamos vir a casar no mesmo dia. Um com o outro.
Não foi. Já não arde. Já não pica. Já não comicha.
Sabe a doce. Sabe a lembrança. Hoje, sabe a bolo de noiva.
quinta-feira, 19 de abril de 2007
Green-eyed monster
O tema da conversa era o ciúme.
Esse “monstro de olhos verdes”.
Diz-se que não há amor sem ciúme.
Entendido enquanto manifestação do receio que se sente relativamente à perda de alguém que se ama, o ciúme até pode ser compreensível.
Mas tenho, sinceramente, muita dificuldade em entender os ciumentos obsessivos e, mais ainda, em desculpar as atitudes motivadas pelo ciúme.
Claro que já senti ciúmes. Senti ciúmes dos homens com quem me relacionei, senti ciúmes de amigos e de amigas, senti ciúmes dos meus pais, em miúda.
Mas muito poucas vezes me deixei dominar pelo ciúme.
Lembro-me de, há muitos anos, ter tido uma crise de ciúmes. No nosso grupo de amigos existiam vários casais de namorados e houve um tempo em que o meu insistia em elogiar a namorada de um dos amigos, comparando-me com ela.
Quando tinha ataques de mau feitio ele, para piorar, punha-se com conversas do género “a não-sei-quantas é tão porreira, tão divertida, sempre tão bem-disposta… devias pôr os olhos nela”.
Ora isto era claramente estupidez da parte dele.
Chama-se 'cutucar a onça com vara curta'.
Ninguém gosta de ser comparado, muito menos quando a comparação nos é desfavorável e menos ainda quando é o nosso namorado a fazer a comparação, com a namorada de um amigo dele!
Irritava-me tanto com aquela conversa que comecei a embirrar solenemente com a rapariga que, coitada, não tinha culpa nenhuma da idiotice do meu namorado.
Tornámo-nos, depois, até muito amigas.
Mas não foi fácil, para mim, lidar com aquilo. Passei a olhá-la com desconfiança e cheguei a não suportar vê-los (a ela e ao meu namorado) a conversar e a rir, coisa que era perfeitamente normal que acontecesse, dado que éramos todos amigos.
Julgo que a coisa só amenizou depois de um dia o meu namorado me ter jurado a pés juntos que era a mim, e só a mim, que queria, mesmo que às vezes eu fosse insuportável.
Ora era precisamente aqui que eu queria chegar.
Na base do ciúme só pode estar, na minha opinião, uma grande insegurança e/ou grande falta de auto-estima.
Felizmente, os anos foram-me reforçando ambas, a segurança e a auto-estima…
Ataques de ciúmes, crises de ciúmes, cenas de ciúmes, redundam em quê?
Em discussão, em agressão, em problemas.
Achar que a galinha da vizinha é melhor que a nossa ou que a relva é mais verde no jardim do vizinho é perfeitamente normal.
Que atire a primeira pedra quem, seja ao fim de um mês ou de dez anos de casamento, não se sentiu atraído por outra pessoa que não o seu ‘legítimo/a’.
Quando alguém me provar que as pessoas ciumentas são menos enganadas que as não-ciumentas, 'I rest my case'.
Mas todos sabemos que isso não é verdade.
As pessoas ciumentas têm tantas probabilidades de ser enganadas como as não-ciumentas, sendo que, como bem apontava uma amiga minha há pouco, são normalmente este tipo de atitudes que motivam a mentira.
Afinal, entre contar a verdade e dar azo a uma discussão e ‘omitir’ e passar incólume, mais vale ‘omitir’, ou não?...
Julgo que na nossa geração já muito poucas pessoas mantêm um casamento só por manter ou para salvaguardar aparências.
Fica casado quem quer e porque quer.
Longe de mim imaginar que o meu marido permanecia casado comigo por algum outro motivo que não fosse o facto de querer, e muito.
É por isso que me custa entender o ciúme. Acho que é uma forma muito básica de demonstrar amor. Muito simplista. Muito infantil.
Sobretudo quando vem acompanhada de revistas passadas às mensagens recebidas e enviadas pelo telemóvel da outra pessoa, as chamadas feitas, os e-mails enviados e recebidos.
Vamos lá a esclarecer que um casal é um casal, duas pessoas portanto, e que isso de nos tornarmos um só é muito bonito mas é na poesia.
Vou tendo cada vez mais dificuldade em abdicar da minha liberdade e acho que neste aspecto me tornei ‘pior’ depois de casada.
Na realidade, acho que me tornei muito mais independente e senhora do meu nariz depois do casamento.
Afinal, para dar justificações de tudo a toda a hora já bastaram os 28 anos em que vivi com os meus Pais, a quem, a esses sim, e por direito, dava conhecimento de todos os passos.
O meu marido às vezes mete-se comigo, diz que eu tenho a “mania que sou muito independente”.
É isso.
Preciso de mimo, tanto quanto toda a gente (às vezes mais...), preciso de ser confortada, tenho uma imensa necessidade de aprovação, de ser elogiada, de ser cortejada.
Acho isto normal.
Porque, para mim, a melhor forma de demonstrar amor é amando.
“Adoro-te”, “és linda”, “és maravilhosa”, “és doce” [:)], são bonitas manifestações do ‘gostar’.
Muito melhores do que ‘onde é que andaste? com quem?’.
Esse “monstro de olhos verdes”.
Diz-se que não há amor sem ciúme.
Entendido enquanto manifestação do receio que se sente relativamente à perda de alguém que se ama, o ciúme até pode ser compreensível.
Mas tenho, sinceramente, muita dificuldade em entender os ciumentos obsessivos e, mais ainda, em desculpar as atitudes motivadas pelo ciúme.
Claro que já senti ciúmes. Senti ciúmes dos homens com quem me relacionei, senti ciúmes de amigos e de amigas, senti ciúmes dos meus pais, em miúda.
Mas muito poucas vezes me deixei dominar pelo ciúme.
Lembro-me de, há muitos anos, ter tido uma crise de ciúmes. No nosso grupo de amigos existiam vários casais de namorados e houve um tempo em que o meu insistia em elogiar a namorada de um dos amigos, comparando-me com ela.
Quando tinha ataques de mau feitio ele, para piorar, punha-se com conversas do género “a não-sei-quantas é tão porreira, tão divertida, sempre tão bem-disposta… devias pôr os olhos nela”.
Ora isto era claramente estupidez da parte dele.
Chama-se 'cutucar a onça com vara curta'.
Ninguém gosta de ser comparado, muito menos quando a comparação nos é desfavorável e menos ainda quando é o nosso namorado a fazer a comparação, com a namorada de um amigo dele!
Irritava-me tanto com aquela conversa que comecei a embirrar solenemente com a rapariga que, coitada, não tinha culpa nenhuma da idiotice do meu namorado.
Tornámo-nos, depois, até muito amigas.
Mas não foi fácil, para mim, lidar com aquilo. Passei a olhá-la com desconfiança e cheguei a não suportar vê-los (a ela e ao meu namorado) a conversar e a rir, coisa que era perfeitamente normal que acontecesse, dado que éramos todos amigos.
Julgo que a coisa só amenizou depois de um dia o meu namorado me ter jurado a pés juntos que era a mim, e só a mim, que queria, mesmo que às vezes eu fosse insuportável.
Ora era precisamente aqui que eu queria chegar.
Na base do ciúme só pode estar, na minha opinião, uma grande insegurança e/ou grande falta de auto-estima.
Felizmente, os anos foram-me reforçando ambas, a segurança e a auto-estima…
Ataques de ciúmes, crises de ciúmes, cenas de ciúmes, redundam em quê?
Em discussão, em agressão, em problemas.
Achar que a galinha da vizinha é melhor que a nossa ou que a relva é mais verde no jardim do vizinho é perfeitamente normal.
Que atire a primeira pedra quem, seja ao fim de um mês ou de dez anos de casamento, não se sentiu atraído por outra pessoa que não o seu ‘legítimo/a’.
Quando alguém me provar que as pessoas ciumentas são menos enganadas que as não-ciumentas, 'I rest my case'.
Mas todos sabemos que isso não é verdade.
As pessoas ciumentas têm tantas probabilidades de ser enganadas como as não-ciumentas, sendo que, como bem apontava uma amiga minha há pouco, são normalmente este tipo de atitudes que motivam a mentira.
Afinal, entre contar a verdade e dar azo a uma discussão e ‘omitir’ e passar incólume, mais vale ‘omitir’, ou não?...
Julgo que na nossa geração já muito poucas pessoas mantêm um casamento só por manter ou para salvaguardar aparências.
Fica casado quem quer e porque quer.
Longe de mim imaginar que o meu marido permanecia casado comigo por algum outro motivo que não fosse o facto de querer, e muito.
É por isso que me custa entender o ciúme. Acho que é uma forma muito básica de demonstrar amor. Muito simplista. Muito infantil.
Sobretudo quando vem acompanhada de revistas passadas às mensagens recebidas e enviadas pelo telemóvel da outra pessoa, as chamadas feitas, os e-mails enviados e recebidos.
Vamos lá a esclarecer que um casal é um casal, duas pessoas portanto, e que isso de nos tornarmos um só é muito bonito mas é na poesia.
Vou tendo cada vez mais dificuldade em abdicar da minha liberdade e acho que neste aspecto me tornei ‘pior’ depois de casada.
Na realidade, acho que me tornei muito mais independente e senhora do meu nariz depois do casamento.
Afinal, para dar justificações de tudo a toda a hora já bastaram os 28 anos em que vivi com os meus Pais, a quem, a esses sim, e por direito, dava conhecimento de todos os passos.
O meu marido às vezes mete-se comigo, diz que eu tenho a “mania que sou muito independente”.
É isso.
Preciso de mimo, tanto quanto toda a gente (às vezes mais...), preciso de ser confortada, tenho uma imensa necessidade de aprovação, de ser elogiada, de ser cortejada.
Acho isto normal.
Porque, para mim, a melhor forma de demonstrar amor é amando.
“Adoro-te”, “és linda”, “és maravilhosa”, “és doce” [:)], são bonitas manifestações do ‘gostar’.
Muito melhores do que ‘onde é que andaste? com quem?’.
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Bem-vinda!
A semana passada estive a ver, com toda a atenção, o programa “Portugal, um retrato social”. Excelente, mesmo.
Impressiona, sobretudo, ver como e quanto mudou o País ao longo das últimas três, quatro décadas.
Só assim nos apercebemos, tal como a dada altura refere o António Barreto, que apesar de estarmos ainda, como se costuma dizer, ‘muito atrasados’, quando comparados com a chamada ‘Europa desenvolvida’, estamos já a anos-luz daquilo que éramos há trinta ou quarenta anos.
O caso da Fonte da Telha, a aldeia na praia, foi dos que mais me chocou. Incrível, aquele Portugal tão presente e ao mesmo tempo já tão passado.
Isto para não falar dos gigantescos bairros de lata às portas de Lisboa, meu Deus, de facto, caminhou-se muito!
A tentação de nos deixarmos deprimir ao ver aquelas imagens (é impossível não pensar ‘fogo, isto era mesmo mau’) não apaga o imenso orgulho que sinto em ser portuguesa.
Somos, de facto, um povo muito… como dizer… peculiar… mas no bom sentido…
A minha mania de achar que os países nórdicos são o máximo tem a ver com o meu lado metódico e arrumadinho. A desordem faz-me cócegas, e isso aplica-se tanto à minha casa, como ao meu guarda-fatos e às minhas gavetas (neste particular sou maníaca), como à minha secretária e ao País.
Gosto de tudo feito a régua e esquadro, de preferência com ângulos rectos e poucos desvios.
Depois o meu lado tresloucado revê-se muito na forma de encarar a vida dos espanhóis, sobretudo no que respeita a ‘cañas’, a tapas e a esplanadas.
É por isso que gosto tanto dos holandeses. A conjugação perfeita entre a organização e o civismo característicos do Norte da Europa e um espírito descontraído, o pensamento livre e a quase ausência de preconceitos. Muito próximos da perfeição, portanto.
Outra coisa que me prendeu à televisão a semana passada foi uma série da qual, confesso, sabia muito pouco mas da qual fiquei fã. ‘Os Amigos de Brian’, ‘What about Brian?’ no original. Muito bom. Dá às quintas, na RTP2.
O ‘Brian’ não está mal mas eu gostei mesmo foi do ‘Adam’… :)
Refreshing…
‘Not refreshing at all’ o dia de hoje.
Acho que é oficial, chegou a Primavera, iupi, iupi!
Está o chamado calor do caraças, o que a mim, particularmente, me transmite ‘good vibes’…
Porque o fim-de-semana já cheirava a Primavera, celebrei com o meu primeiro passeio a pé pela ciclovia do Guincho, na companhia da minha amiga e sempre excelente companheira m.m.
Para estragar tudo, refastelámo-nos depois na Casa da Guia e deliciámo-nos com uma tosta mista que só provada (com direito a tomate e orégão, ah pois é…), e estivemos a pôr a escrita em dia.
A Primavera também já chegou à minha varanda, de maneiras que ontem passei duas horas com as mãos na terra (as mãos, os pés, o nariz, enfim…) e plantei os primeiros ‘pelargoniums’ e as primeiras petunias deste ano.
Sô Dona Primavera seja, pois, muito bem vinda!
Impressiona, sobretudo, ver como e quanto mudou o País ao longo das últimas três, quatro décadas.
Só assim nos apercebemos, tal como a dada altura refere o António Barreto, que apesar de estarmos ainda, como se costuma dizer, ‘muito atrasados’, quando comparados com a chamada ‘Europa desenvolvida’, estamos já a anos-luz daquilo que éramos há trinta ou quarenta anos.
O caso da Fonte da Telha, a aldeia na praia, foi dos que mais me chocou. Incrível, aquele Portugal tão presente e ao mesmo tempo já tão passado.
Isto para não falar dos gigantescos bairros de lata às portas de Lisboa, meu Deus, de facto, caminhou-se muito!
A tentação de nos deixarmos deprimir ao ver aquelas imagens (é impossível não pensar ‘fogo, isto era mesmo mau’) não apaga o imenso orgulho que sinto em ser portuguesa.
Somos, de facto, um povo muito… como dizer… peculiar… mas no bom sentido…
A minha mania de achar que os países nórdicos são o máximo tem a ver com o meu lado metódico e arrumadinho. A desordem faz-me cócegas, e isso aplica-se tanto à minha casa, como ao meu guarda-fatos e às minhas gavetas (neste particular sou maníaca), como à minha secretária e ao País.
Gosto de tudo feito a régua e esquadro, de preferência com ângulos rectos e poucos desvios.
Depois o meu lado tresloucado revê-se muito na forma de encarar a vida dos espanhóis, sobretudo no que respeita a ‘cañas’, a tapas e a esplanadas.
É por isso que gosto tanto dos holandeses. A conjugação perfeita entre a organização e o civismo característicos do Norte da Europa e um espírito descontraído, o pensamento livre e a quase ausência de preconceitos. Muito próximos da perfeição, portanto.
Outra coisa que me prendeu à televisão a semana passada foi uma série da qual, confesso, sabia muito pouco mas da qual fiquei fã. ‘Os Amigos de Brian’, ‘What about Brian?’ no original. Muito bom. Dá às quintas, na RTP2.
O ‘Brian’ não está mal mas eu gostei mesmo foi do ‘Adam’… :)
Refreshing…
‘Not refreshing at all’ o dia de hoje.
Acho que é oficial, chegou a Primavera, iupi, iupi!
Está o chamado calor do caraças, o que a mim, particularmente, me transmite ‘good vibes’…
Porque o fim-de-semana já cheirava a Primavera, celebrei com o meu primeiro passeio a pé pela ciclovia do Guincho, na companhia da minha amiga e sempre excelente companheira m.m.
Para estragar tudo, refastelámo-nos depois na Casa da Guia e deliciámo-nos com uma tosta mista que só provada (com direito a tomate e orégão, ah pois é…), e estivemos a pôr a escrita em dia.
A Primavera também já chegou à minha varanda, de maneiras que ontem passei duas horas com as mãos na terra (as mãos, os pés, o nariz, enfim…) e plantei os primeiros ‘pelargoniums’ e as primeiras petunias deste ano.
Sô Dona Primavera seja, pois, muito bem vinda!
quarta-feira, 11 de abril de 2007
No sugar, please
Passada a Páscoa, instalou-se o stress.
Souberam-me pela vida, os quatro dias de ‘férias’. Gosto, sobretudo, de ficar em casa (ou devo dizer de não vir trabalhar…) em dias de semana, quando todas as outras pessoas estão a trabalhar.
Acho que esses dias rendem sempre mais do que os sábados e os domingos.
A quinta-feira (santa), chegou e sobrou para fazer imensas coisas, algumas das quais andava a adiar, como fazer uma visita à j. e à a. e, de caminho, entregar-lhes em mãos a papelada do meu (nosso) IRS.
Soube-me bem porque almoçámos as três descansadinhas (os quatro, se contarmos com o gui, na barriga da a.), ficámos que tempos à conversa, coisa que é difícil fazermos quando nos encontramos ao fim-de-semana, porque as crianças são demasiado absorventes e acabamos por ter dificuldade em começar e terminar uma conversa de jeito.
Como a única criança presente era o g., apesar dos pontapés na barriga da mãe, deu para pôr a escrita em dia.
E, atenção, isto não significa que eu não ADORE as minhas ‘sobrinhas’, que são as coisas mai’lindas deste Mundo!
O que acontece é que depois de terem filhos (no caso, filhas), as minhas amigas passaram a ser, antes de mais nada, mães e isso, claro, muda tudo.
De maneiras que foi bem bom ficarmos ali esquecidas do tempo, a deitar conversa fora.
Depois disto, ainda tive tempo para ir encher um bocadinho mais o mealheiro do sr. eng. Belmiro de Azevedo.
Fiz as compras calmamente, regressei a casa e mais tarde foi decretado, oficialmente, o início de um alucinante fim-de-semana tipicamente familiar.
Isto incluiu diversas refeições em casa dos meus sogros, na companhia dos meus queridíssimos tios e prima (como a minha família cresceu, desde há dois anos para cá…), uma visita aos tios de Sacavém (sim, estes também são novas aquisições), e o descansadíssimo almoço de domingo de Páscoa em casa dos meus Pais.
Só ao final da tarde de domingo começaram a soar os alarmes dentro da minha cabeça. Primeiro, a consciência de que segunda-feira era (e foi) dia de trabalho. Depois, a sensação de que se continuasse a comer ao ritmo do fim-de-semana, rapidamente o meu marido teria de rasgar paredes lá em casa para que eu conseguisse passar.
Decretei, por isso, o início de um rigoroso regime alimentar, até porque dentro de duas semanas vou de férias e, se eu bem me conheço, vou voltar a cometer muito mais excessos do que aqueles que o tamanho da minha roupa permite.
O meu marido, que não tem culpa nenhuma disto, foi, por isso, arrastado para dentro de uma dieta que, sendo eu muito determinada, vai acabar por levá-lo à loucura… :)
Descobri, graças a tudo isto, as potencialidades do café sem açúcar adicionado.
Foi um novo mundo que se abriu perante mim. Café sem açúcar é, de facto, outra coisa. É ‘a coisa’. No seu estado puro.
Avisaram-me de que seria uma questão de hábito e de que, uma vez habituada, jamais voltaria a querer bebê-lo com açúcar.
Parece que tinha razão, quem falou assim.
Entretanto, estou de regresso ao trabalho e a dar ‘fogo à peça’, porque quero ir de férias descansada e com aquela fabulosa sensação de ‘dever cumprido’. :)
Souberam-me pela vida, os quatro dias de ‘férias’. Gosto, sobretudo, de ficar em casa (ou devo dizer de não vir trabalhar…) em dias de semana, quando todas as outras pessoas estão a trabalhar.
Acho que esses dias rendem sempre mais do que os sábados e os domingos.
A quinta-feira (santa), chegou e sobrou para fazer imensas coisas, algumas das quais andava a adiar, como fazer uma visita à j. e à a. e, de caminho, entregar-lhes em mãos a papelada do meu (nosso) IRS.
Soube-me bem porque almoçámos as três descansadinhas (os quatro, se contarmos com o gui, na barriga da a.), ficámos que tempos à conversa, coisa que é difícil fazermos quando nos encontramos ao fim-de-semana, porque as crianças são demasiado absorventes e acabamos por ter dificuldade em começar e terminar uma conversa de jeito.
Como a única criança presente era o g., apesar dos pontapés na barriga da mãe, deu para pôr a escrita em dia.
E, atenção, isto não significa que eu não ADORE as minhas ‘sobrinhas’, que são as coisas mai’lindas deste Mundo!
O que acontece é que depois de terem filhos (no caso, filhas), as minhas amigas passaram a ser, antes de mais nada, mães e isso, claro, muda tudo.
De maneiras que foi bem bom ficarmos ali esquecidas do tempo, a deitar conversa fora.
Depois disto, ainda tive tempo para ir encher um bocadinho mais o mealheiro do sr. eng. Belmiro de Azevedo.
Fiz as compras calmamente, regressei a casa e mais tarde foi decretado, oficialmente, o início de um alucinante fim-de-semana tipicamente familiar.
Isto incluiu diversas refeições em casa dos meus sogros, na companhia dos meus queridíssimos tios e prima (como a minha família cresceu, desde há dois anos para cá…), uma visita aos tios de Sacavém (sim, estes também são novas aquisições), e o descansadíssimo almoço de domingo de Páscoa em casa dos meus Pais.
Só ao final da tarde de domingo começaram a soar os alarmes dentro da minha cabeça. Primeiro, a consciência de que segunda-feira era (e foi) dia de trabalho. Depois, a sensação de que se continuasse a comer ao ritmo do fim-de-semana, rapidamente o meu marido teria de rasgar paredes lá em casa para que eu conseguisse passar.
Decretei, por isso, o início de um rigoroso regime alimentar, até porque dentro de duas semanas vou de férias e, se eu bem me conheço, vou voltar a cometer muito mais excessos do que aqueles que o tamanho da minha roupa permite.
O meu marido, que não tem culpa nenhuma disto, foi, por isso, arrastado para dentro de uma dieta que, sendo eu muito determinada, vai acabar por levá-lo à loucura… :)
Descobri, graças a tudo isto, as potencialidades do café sem açúcar adicionado.
Foi um novo mundo que se abriu perante mim. Café sem açúcar é, de facto, outra coisa. É ‘a coisa’. No seu estado puro.
Avisaram-me de que seria uma questão de hábito e de que, uma vez habituada, jamais voltaria a querer bebê-lo com açúcar.
Parece que tinha razão, quem falou assim.
Entretanto, estou de regresso ao trabalho e a dar ‘fogo à peça’, porque quero ir de férias descansada e com aquela fabulosa sensação de ‘dever cumprido’. :)
quarta-feira, 4 de abril de 2007
I like the way you move...
Graças à generosidade de alguém, e se tudo correr como previsto, saio daqui hoje e só regresso, para trabalhar, na segunda-feira de manhãzinha. Dispenso comentários relativos à minha alegada condição de “funcionária pública”… :)
Em homenagem a este fim-de-semana ultra-prolongado, o(s) pensamento(s) do dia vai(ão) para estas duas músicas.
Já há algum tempo que andava para falar delas, porque são duas daquelas que me dão mesmo pica. A pica que convém ter armazenada para um fim-de-semana de quatro dias! ‘Bora lá cantar, então, a plenos pulmões…
«I know,
You gonna want me
Baby,
A song for any season,
I got so many reasons,
You're gonna wanna make it some day
Some say, boy you're always teasing
I think you best be leaving,
Why you've gotta drive me crazy (x2)
I know,
You gonna want me,
But when you want me,
It might be a different story (x2)
Baby,
A song for any season,
I got so many reasons,
You're gonna wanna make it some day
Some say, boy you're always teasing
I think you best be leaving,
Why you've gotta drive me crazy (x2)
I know,
You gonna want me,
But when you want me,
It might be a different story (x6)
I know,
I know,
I know...»
You gonna want me, Tiga
«There's so many things I like about you, I…
I just don't know where to begin,
I like the way you look at me with those beautiful eyes,
I like the way you act all surprised,
I like the way you sing along,
I like the way you always get it wrong,
I like the way you clap your hands,
I like the way you love to dance,
I like the way you put your hands up in the air,
I like the way you shake your hair,
I like the way you like to touch,
I like the way you stare so much,
But most of all...
Yeah
Most of all...
I like the way you move
I like the way you move
I like the way you put your hands up in the air,
I like the way you shake your hair,
I like the way you like to touch,
I like the way you stare so much,
But most of all...
Yeah
Most of all...
I like the way you move
I like the way you move
I like the way you put your hands up in the air,
I like the way you shake your hair,
I like the way you like to touch,
I like the way you stare so much,
But most of all…
Yeah
Most of all…
I like the way you move!»
I like the way, Bodyrockers
Em homenagem a este fim-de-semana ultra-prolongado, o(s) pensamento(s) do dia vai(ão) para estas duas músicas.
Já há algum tempo que andava para falar delas, porque são duas daquelas que me dão mesmo pica. A pica que convém ter armazenada para um fim-de-semana de quatro dias! ‘Bora lá cantar, então, a plenos pulmões…
«I know,
You gonna want me
Baby,
A song for any season,
I got so many reasons,
You're gonna wanna make it some day
Some say, boy you're always teasing
I think you best be leaving,
Why you've gotta drive me crazy (x2)
I know,
You gonna want me,
But when you want me,
It might be a different story (x2)
Baby,
A song for any season,
I got so many reasons,
You're gonna wanna make it some day
Some say, boy you're always teasing
I think you best be leaving,
Why you've gotta drive me crazy (x2)
I know,
You gonna want me,
But when you want me,
It might be a different story (x6)
I know,
I know,
I know...»
You gonna want me, Tiga
«There's so many things I like about you, I…
I just don't know where to begin,
I like the way you look at me with those beautiful eyes,
I like the way you act all surprised,
I like the way you sing along,
I like the way you always get it wrong,
I like the way you clap your hands,
I like the way you love to dance,
I like the way you put your hands up in the air,
I like the way you shake your hair,
I like the way you like to touch,
I like the way you stare so much,
But most of all...
Yeah
Most of all...
I like the way you move
I like the way you move
I like the way you put your hands up in the air,
I like the way you shake your hair,
I like the way you like to touch,
I like the way you stare so much,
But most of all...
Yeah
Most of all...
I like the way you move
I like the way you move
I like the way you put your hands up in the air,
I like the way you shake your hair,
I like the way you like to touch,
I like the way you stare so much,
But most of all…
Yeah
Most of all…
I like the way you move!»
I like the way, Bodyrockers
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