quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Três décadas

Este ano fazemos 30 anos. O l.s.g., eu, e mais uma data de amigas e amigos. Geração de 76 ao poder!
O l. faz hoje. 30 aninhos! Conhecemo-nos com 18... bem, eu tinha 17, na realidade (sou a última a fazer 30 anos, eh, eh, eh, só em Dezembro, no finalzinho, mesmo). Feitas as contas, já lá vão 12 anos. Incrível, não é?
Com tantas miúdas na turma, tantas e tão diferentes, porque raio haveria eu de começar a relacionar-me com os três rapazes que, sentados no topo do anfiteatro, pareciam dispostos a tudo menos a aturar uma menina da Linha, com todos os seus caprichos e manias?...
Certo é que aturaram, e durante quatro (inesquecíveis) anos! Reticentes, ao início, acho que não lhes apetecia mesmo nada ter de levar comigo. Não que o tenham demonstrado, isso não, mas, bolas, é óbvio!
Passaram, mais tarde, a falar de tudo na minha presença. Bem, tudo, tudo, não, havia sempre as escapadelas para a casa de banho dos homens, em que, invariavelmente, o l. e o a. se retiravam, deixando-me entregue ao p., que tinha sempre uma tirada na manga para me escandalizar mais um bocadinho...
Tenho saudades daquilo tudo, tenho saudades deles, daquilo que representámos uns para os outros, da intimidade conquistada, da cumplicidade, do estar, no dia-a-dia... foi bonito, o que ali se gerou, entre aquelas quatro alminhas (mais a F.), aparentemente sem nada em comum.
Afinal tínhamos. Eu e o l., ele e o a., eu e o a., todos nós com o p. Tal como eu previa, acabou-se tudo. Agora somos amigos mas nunca nos vemos. Cada um na sua vidinha, um em Leiria, outro em Sines, eu e o a. em Lisboa, mas tão distantes, mesmo assim.
Gosto tanto deles todos que começa a doer falar sobre o assunto. Tinha-os sempre por perto, se pudesse ser. Hoje teria particularmente o l., para lhe dar um abraço e um beijinho de parabéns.
Faz hoje anos (quantos? seis, sete, oito?) saí de Cascais ao final do dia, sozinha, no Peugeot, para ir jantar com ele a Leiria. Não dormimos nessa noite. Ficámos à conversa até ao nascer do sol, porque tinha de voltar a Cascais, seguia com a r. para o Algarve nesse mesmo dia.
Recordo essa noite, hoje, com um grande carinho e com muita saudade. Gosto muito dele. Parabéns, amigo.

1 comentário:

nica disse...

Retenho a expressão "arrogante mete-nojo"... achas bem, p.m.?
Quanto à gloriosa tarde na Praia das Avencas, só pode mesmo competir com o glorioso almoço no restaurante chinês e com a tarde que se lhe seguiu, na Avenida da Liberdade... em muito boa companhia... um beijo e um xi-coração para ti!

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