terça-feira, 30 de setembro de 2008

Implorando

Esta excitação toda em torno do casamento entre homossexuais é uma coisa que me dá nos nervos.
Num momento em que a instituição casamento, como a concebemos, se apresenta falida e condenada aos olhos da sociedade - a recentemente aprovada lei do divórcio confirma-o sem margem para dúvidas - (não confundir casamento com o 'amorrrrreeeee'), p'ra que raio é esta excitação toda? Ai, por favorrreeeee...
E a música do Madcon, o Beggin, bem catita, hã?

Beggin, beggin you
Put your loving hand out baby
Beggin, beggin you
Put your loving hand out darlin

Pinoquar

É provável que já toda a gente tenha dito isto. Ainda assim, para que fique registada a minha opinião, o programa que a Teresa Guilherme apresenta na SIC é mau de mais para ser verdade.
Ontem vi um bocado, naquela lógica de precisar de ver com os meus próprios olhos algo que todas as pessoas que viram dizem ser horrível.
Pelo que me foi dado compreender, até agora todos os programas giraram em torno de um mesmo assunto: sexo. Ora são as pessoas com quem se fez e não era suposto que se soubesse, ora são as pessoas com quem não se fez mas se queria e também não era suposto que se soubesse.
Talvez o problema seja meu, mas entre um programa onde é suposto os concorrentes dizerem a verdade, sempre a verdade e nada mais que a verdade, e um outro, como o que é apresentado pelo Malato, no Canal 1 ('Jogo Duplo'), onde a lógica é precisamente a inversa, prefiro este último. Mas é que sem sombra de dúvidas.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Hot

Uma médica disse-me hoje que tudo aponta para que tenha um nódulo quente na tiróide.
As coisas banais não são para mim. A ter uma merda, havia de ser uma assim, com um nome destes: nódulo quente.
O bom do nódulo quente (além de ser quente) é que não implica, forçosamente, a cirurgia. Pode ser facilmente tratado com drogas. Que é uma coisa que também me dá jeito nesta fase da minha vida.
Contudo, é preciso confirmar que o meu nódulo é mesmo quente. E para tal, amiga, vais fazer mais um exame, que até te lixas.
Quem me quer ver feliz é deitada numa marquesa.

Jet Lag

Chegar ao trabalho às oito da manhã, sair do trabalho às oito da noite, é algo que deve dizer muito acerca do meu estado de total e completa insanidade mental.
Aprendi que as primeiras horas da manhã são calmíssimas, logo, favorecem a super-produção. Tal e qual as horas do final do dia, a partir das seis da tarde.
Enquanto estou aqui sozinha, faz-me companhia e isola-me do resto do Mundo o meu querido Ipod, cuja bateria, a propósito, acabou de berrar.
Música boa para produzir é a da Joss Stone. Nem demasiado apagada nem demasiado acelerada. Perfeita. Assim como esta música, que é tão catita, tão catita, que não me importo de ouvir em repeat. A miúda está lá.

«Little angels
Whisper softly
While my heart melts
For you and I'll see
Only sunshine
Only moonlight
For the first time it's real

And the higher you take me
The more that you make me
Feel so hazy
Tell me what this means

I got jet lag and I never even left the ground
See it's like that every time you come around
Oh, I'm so hung over and I never even touched a drop
See I can't get enough
This must be love

How the time flies
When you're near me
Get those butterflies
Inside and I'll be
Where the stars shine
Where the birds fly
'Till the next time you're mine

And the higher you take me
The more that you make me
Feel so hazy
Tell me what this means

I got jet lag and I never even left the ground
See it's like that every time you come around
Oh, I'm so hung over and I never even touched a drop
See I can't get enough
This must be love

Whenever you're with me
It feels like gravity
Ain't got no hold on me
Tell me what does this mean
This must be love
Love

I got jet lag and I never even left the ground
And it's like that every time you come around
I'm so hung over and I never even touched one drop
See I got jet lag

Baby don't cha know
You really really got it goin' on
Baby don't cha know
You really really got it goin' on
Baby don't cha know
You really really got it goin' on
Baby don't you know
Baby don't you know

I got jet lag and I never even left the ground
See it's like that every time you come around
Oh, I'm so hung over and I never even touched a drop
I never even left the ground
I never no no
Jet lag, jet lag»

Jet Lag

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Dá-me

Depois de ter lido e ouvido tanta coisa acerca do concerto de domingo, só posso concluir que o *Psicológico* não foi, de todo, o pior sítio para ver e ouvir a Madonna.
Percebo, agora, que vi, certamente, muito mais do concerto do que muitas centenas (quem sabe milhares) dos que pagaram bilhete para lá estar.
E com uma vantagem adicional: apesar de sermos muitos dentro da roullote, espaço para dançar não nos faltava e o chão escorregadio ajuda, e muito, ao balanço da anca. ;-)
Quanto a hamburgueres, cachorros-quentes e pita shoarma, não, por favor, nos próximos meses, não me convidem.

«What are you waiting for?
Nobody's gonna show you how
Why wait for someone else
To do what you can do right now?

Got no boundaries and no limits
If there's excitement, put me in it
If it's against the law, arrest me
If you can handle it, undress me»

Give it 2 me, LINDO :-)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Perfectly perfect

Uma noite que começa perfeita, acaba perfeita e durante a qual tudo pelo meio é perfeito, só pode mesmo ser a noite perfeita.
E quando se vive a noite perfeita tudo o resto são pormenores.
Porque quando se vive a noite perfeita ficamos a saber que é possível fazer acontecer a noite perfeita. E que as fantasias se realizam, mesmo.
Foi no sábado e foi uma viagem inesquecível.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Porquê?

Porque é que há pessoas que nos desvendam quase imediatamente? Sabem do que eu estou a falar, alguém que conhecemos ainda agora e já nos sabe de cor. Nos reconhece os gestos e os olhares, as hesitações e os silêncios. Alguém que provoca em nós aquela sensação estranha de nos conhecer melhor do que nos conhecemos a nós mesmos. E que, por causa disso, nos faz acordar com um nó na garganta e os órgãos todos trocados, todos fora do lugar. O coração esmagado na traqueia, os pulmões abaixo do estômago, o cérebro nos pés.
Porque é que há pessoas que nos fazem sentir que precisamos de psicanálise? Que temos o mundo todo ao contrário. Que estamos a caminhar em contra-ciclo com o resto do planeta. Que ninguém nos entende, sobretudo, porque não queremos parar para pensar no que realmente queremos, e porquê.
Porque é que hoje me sinto como se me tivesse passado um camião por cima? Porque é que me apetece enfiar-me dentro do carro, embasbacar no infinito e ficar horas sem falar e sem fazer nada?
Porque é que as melhores pessoas do universo insistem em atravessar-se no meu caminho? Será porque mereço mesmo? Ou isto é castigo, assim de um modo muito retorcido?
A sério, se alguém fizesse um ranking das 20 melhores pessoas do universo inteiro, podem ter a certeza, eu conheço-as a todas. E gostam de mim, o que é mais fantástico. Sim, isso é que é, de facto, fantástico. Mesmo que algumas delas me virem do avesso, uma vez por outra...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Não é bom. É a seguir.

Uma vez escrevi aqui que, se fosse possível, gostava de ter, um dia, assim, vá lá, metade do sex appeal da Fergie.
A juntar a isso, e se não for pedir de mais, pode ser também metade do talento do António Lobo Antunes... Pronto, um terço, para não parecer demasiado ambiciosa.
É que a crónica de hoje na Visão inclui isto que se segue. Leiam e chorem, por favor.
«Claro que tens defeitos: alguns divertem-me, outros enternecem-me, nenhum me incomoda, talvez por serem os defeitos das tuas qualidades da mesma maneira que um automóvel possui os travões adequados à potência do motor. Se fosse Deus não mudava grande coisa em ti: talvez trocasse um móvel de posição, alterasse uma jarra, substituísse um quadro. Na casa não mexia: agrada-me que seja como é.»
E posto isto, vou ali desmaiar e já venho.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Não podem mesmo


Razão pela qual também é bom ler o Diário Económico.
Porque podemos sempre dar de caras com um anúncio de página inteira da Louis Vuitton onde a estrela é Keith Richards, fotografado de forma magistral, no que aparenta ser um quarto de hotel, com a sua guitarra e, ao lado, uma malinha LV.
E a legenda: "Algumas viagens não podem ser contadas em palavras".
É que não podem mesmo.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

As coisas já não são como eram

A minha amiga c. fez-me companhia até à farmácia, hoje pela manhã. Enquanto esperávamos que me atendessem, detivemo-nos perante o expositor da Durex. Pois que há muita novidade, dizem os senhores da marca, "para uma vida sexual mais saudável e prazerosa". 'Prazerosa', sim.
Achei que a coisa tinha potencial, e vai daí enfiei um folheto explicativo dentro da mala.
À hora de almoço decidimos olhar para aquilo com olhos de ver.
Os senhores explicam, logo à partida, que "as coisas já não são como eram". Ah pois não... e este folheto é uma boa prova disso.
A Durex explica que "a utilização dos brinquedos sexuais na prática sexual é cada vez mais comum e, ao contrário de outros tempos, para além de serem utilizados de forma individual, são desfrutados principalmente a dois". Mas... fizeram algum inquérito que tenha permitido chegar a esta conclusão?
Quantos aos produtos.
A gama de lubrificantes inclui três produtos. Um deles provoca "efeito calor". A descrição explica "com doce sabor e uma agradável sensação de calor ao assoprar". Ao assoprar?!? Mas soprar como em "blow"?... Não explicam...
Um outro tem "efeito refrescante" . Provoca "sensação de cócegas" mas a marca não o recomenda para "penetração anal". Porque será?... Há sensação mais "prazerosa" do que cócegas, enfim, vocês sabem onde...
Temos ainda toalhetes refrescantes ("despreocupação antes e depois") e o anel vibrador que, dizem os senhores "inspira divertimento e riso". Ai, que graça...
A Durex também tem uma gama de estimuladores, bem catitas, em prateado e roxo (a cor da moda, atenção).
Mas a minha parte preferida foi, sem dúvida, descobrir, na gama de preservativos (sim, também têm o clássico, o mais tradicional), o "prazer mais natural", os que garantem "maior sensibilidade", os que proporcionam "máximo prazer", os aconselhados aos "alérgicos ao látex" e, TCHANAN, os especiais "PARA OS INDECISOS".
Uma salva de palmas para os senhores da Durex. Clap, clap, clap.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Amazing

O pensamento do dia (na realidade, devia ter sido o pensamento de sexta-feira passada, mas whatever), vai direitinho para as pessoas que nos surpreendem.
Pessoas que nos fazem sentir que os preconceitos e todas as ideias pré-concebidas são de facto muito ridículas e que nos fazem jurar que nunca, nunca mais, vamos julgar uma pessoas antes de a conhecermos o suficiente. O mínimo. Claro que voltaremos a fazê-lo, mas enfim, fica a intenção.
Este pensamento aplica-se tanto a alguém que ainda estamos a descobrir como a alguém que conhecemos há muitos anos.
A alguém que, por um ou outro motivo, julgávamos impenetrável e que [afinal] não é.
Ou a uma amiga que, de repente nos surpreende ao garantir que sim, que nos vamos inscrever no ginásio e que sim, que vamos mesmo fazer as aulas de ragga.
Ain't life amazing?...
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