terça-feira, 11 de novembro de 2008

Há qualquer coisa em mim que está fora do sítio

A sério, há qualquer coisa em mim que está fora do sítio.
Não sei ao certo o que é, mas houve, de certeza, algum fio que se soltou, algum parafuso que se desapertou, alguma coisa está a fazer mau contacto ou entrou em curto-circuito.
Alguma coisa está, definitivamente, fora do sítio.
Na sexta-feira achei que tinha pedalada suficiente para fazer duas aulas de ginásio seguidas. E tive.
Primeiro uma de ragga, depois uma de hip-hop. Acontece que a coreografia da primeira aula contemplava diversos agachamentos. E piruetas. E braços no ar. O que é muito bom e muito bonito. Na altura.
Fiz a segunda aula encharcada até aos ossos. Acho que nunca tinha transpirado tanto numa aula. A meio da aula de hip-hop comecei a ouvir o meu corpo a pedir "senta-te, por favor, senta-te". Aguentei estoicamente até ao fim, fiz a coreografia todinha, com todo o empenho. Esmerei-me mesmo, apesar do cansaço. Alguma coisa em mim está fora do sítio.
Escusado será dizer que cheguei a casa morta. Mas quente. O pior foi no sábado, quando os músculos arrefeceram. Passei o dia todo a andar como um pinguim. O que não me impediu de passar a tarde toda no centro comercial com a minha Mummy. (e o vestido que comprei? ai. que lindo).
A situação piorou no domingo. Passei de pinguim a pinguim com reumático. Os músculos da parte superior/frontal das pernas fizeram questão de me fazer saber que existem.
Felizmente, eu sou uma gaja muito inteligente. Achei que nada melhor para aliviar a dor que ir fazer a minha caminhada pelo Guincho. Há qualquer coisa em mim que está fora do sítio.
O que é certo é que melhorei bastante. Não deixou de me doer, mas aliviou.
Percebi, entretanto, que estou viciada naquilo. Como estava assim meio que morta, defini que só caminharia uma hora, no máximo.
Acontece que ao fim de uma hora não me apetecia parar. i just can't get enough. Só mais dez minutos. Só mais um quarto de hora. A sério. Há qualquer coisa em mim que está fora do sítio.
Entretanto, aluguei o "Sexo e a Cidade", que não tinha ido ver ao cinema.
Não sei se o problema é meu, mas eu garanto que passei o filme TODO, do início ao fim, a chorar como uma Madalena. A sério. Eu sou de lágrima fácil, é verdade, mas não me lembro de alguma vez ter chorado tanto com um filme.
Chorei porque é triste. Porque é bonito. Porque é verdadeiro. Porque é mesmo comovente. Ou então, o que é mais provável, porque há qualquer coisa em mim que está fora do sítio.

8 comentários:

BHS disse...

Só agora é que percebeste isso??? .-)

Anónimo disse...

Sim... Tipo post redundante do século!!! Duh!

nica disse...

ah que gracinha... como se o meu amigo BHS fosse muito normal... ;)

BHS disse...

Pronto, pronto...
Está tudo no lugar e muito bem enquadrado.

nica disse...

agora estamos a falar de outra coisa, não é? sabes muito...

Anónimo disse...

MUITO POUCO...OS DOIS

Anónimo disse...

muito pouco os dois, e o anónimo também.

nica disse...

dizer que não respondo a provocações anónimas já é, em si, uma resposta, não é?... não faz mal.

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