segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sobre como perdi a consciência na Festa do Avante

Bem, na realidade não cheguei a perder a consciência. Era só para dramatizar. Mas estive lá perto. Assustadoramente perto.
Sexta-feira, primeiro dia da Festa do Avante. Saímos de casa da i. por volta das oito para ir jantar à Quinta da Atalaia. Só não contávamos com um engarrafamento monstruoso que começava logo depois da saída para Almada e se prolongava até à saída para o Seixal.
Três horas depois do previsto, lá chegámos ao nosso destino, esfomeados como se imagina. A pressa de comer levou-nos direitinhos a uma barraca de pão com chouriço, pão que deglutimos furiosamente, acompanhado de uma imperial estupidamente fresca.
Até aqui tudo bem. A coisa só começou a piorar quando, poucos minutos depois de ter acabado de comer, percebi que o meu organismo não estava a reagir da melhor forma à combinação estômago vazio-cerveja gelada.
A partir daqui, é sempre a piorar. Indisposição, tonturas, suores frios, vista turva, enfim, sintomas que não indiciam, em conjunto, nada de bom. Acabei sentada na relva a fazer a única coisa que podia livrar-me daquele estado de agonia. Não terá sido uma coisa bonita de se ver. Mas pôs-me nova.
Ir à Festa do Avante é giro. Ir à Festa do Avante e desmaiar lá é logo a seguir.

2 comentários:

Anónimo disse...

Uma coisa é certa.
Regressaste em grande.
Depois do sexo como uma das tuas matérias favoritas, este post está mesmo de ir ao grego.
De qualquer forma, há que saudar o teu regresso - prova de que passado este tempo tens as ideias mais em ordem, ou pelo menos numa desordem que te permite escrever.

Eu já tinha saudades.
O resto da malta decerto que também.

Ainda bem que voltaste.
Seja o que/quem for: aqui fica o meu "publico" - ainda que para os restantes leitores que não tu - ainda que anónimo reconhecimento.

Beijos

Apneves disse...

Ora bem.
Foi a primeira vez que foste ao Avante! (nunca esquecer o "!"), mas viveste a experiência completa da malta que não perde um ano.

Quem Avanta! com frequência já com certeza deu por si:
- Amaldiçoando o capitalismo selvagem que incentiva o individualismo automobilizado
- Abençoando a livre iniciativa que fornece ao trabalhador (a preços quase especulativos, é certo) o pão, o chouriço e a cerveja que o capacitam para a luta de classes
- Prostrado na relva, vítima de excesso de entusiasmo revolucionário

Agora o desmaio...confesso que aí houve originalidade. Porventura assististe ao discurso do camarada Jerónimo? Se assim foi, está perfeitamente explicado.

Ver as vermelhuscas todas a ondular no fim de tarde da Atalaia enquanto soa "A Internacional" arrepia qualquer um(a) e mete respeito a qualquer outro partideco esquerdalho.

Até pró ano, camarada.

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