quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Esperem lá...

... andaram tigres à solta na Azambuja?

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Quem, eu?

Um homem com mais alguns anos que eu [sábio?], que considero extraordinariamente inteligente, culto e louco, disse-me outro dia, com a naturalidade com que dizemos 'bom dia', que vê em mim "algo de mulher africana".
Se a afirmação, por si só, me desarmou, a explicação que se lhe sucedeu, essa, fez-me corar até à raiz dos cabelos.
Lá está porque é que vermo-nos retratados nas palavras dos outros nos permite sempre aprender alguma coisa sobre nós mesmos.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

About life, in general

Estes últimos dias tenho andado de Smart.
Inicialmente reticente, converti-me.
De facto, o carro é muito castiço. E cabe mesmo em qualquer lado. E também lá cabem muitas coisas dentro. Se cabe a minha enorme auto-estima, imaginem...
O meu carro [isto de ser meu é relativo porque lá em casa os carros estão sempre todos à venda, logo...] foi submetido a uns tratamentos, tipo pastilhas de travão e assim.
Parece que amanhã volto a conduzir um crro de cinco lugares. Acho que vou ter saudades do Smart. Vou ter de me portar bem para que o meu marido me empreste um para andar de vez em quando.
*
Estou quase a terminar o livro que tenho andado a ler.
Acho que estou mesmo no último capítulo (não tenho a certeza porque não fui espreitar o final).
O livro tem para aí 350 páginas. É grande.
Eu, que sou fácil como tudo, passei 300 páginas a torcer pelo romance entre o Mario, 18 anos, e a sua tia Júlia, divorcida, 32 anos.
Finalmente, para aí na 300.ª página, consumaram o amor que os unia e casaram-se, com 500 peripécias à mistura, devido ao facto de ele ser menor (maioridade aos 21) e não ter autorização dos pais para casar (muito menos com a tia).
E acabou?
Não, não acabou.
No último capítulo, que comecei a ler ontem, a história já avançou uns anos.
Vai daí, Mario conta que o casamento com a tia Júlia, ao contrário do que tudo parecia indicar, correu muito melhor do que alguma vez poderiam supor.
Durou oito anos.
COMO?!?
300 páginas a torcer por um romance e é isso, oito anos?!?
Vai daí, lembrei-me de algo que a tia Júlia tinha, em tempos, dito ao Mario.
Que se ficassem juntos cinco anos já teria valido a pena.
Porque tinha a certeza que seria feliz durante cinco anos.
O que é mais do que a maioria das pessoas pode dizer.
[e foi assim que aprendi mais qualquer coisa sobre a vida]

Comprovado

Interessei-me pelo romance do Sarkozi e da Bruni. É quase impossível passar ao lado da questão, diga-se.
Hoje, 'Sábado' e 'Visão' dedicam reportagens ao assunto.
Eu, que só vejo o meu umbigo, interessei-me particularmente pelo facto de a Carla Bruni ter nascido no mesmo dia que eu. Uns anos antes, é certo. O que é indiferente. Conhecida a minha obsessão com o dia do meu aniversário, o meu interesse pela Carla Bruni aumento muito ao saber que faz anos a 23 de Dezembro.
Ainda mais, quando percebi que se assumia como uma manipuladora, uma sedutora e totalmente descomplexada em relação aos seus relacionamentos com os homens. Parece que acha a monogamia uma seca. Uma maluca, é o que é.
E assim se confirma que por baixo da aparência hiper-racional de uma capricorniana se pode esconder a melhor das... cabras.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Mesmo

Gosto do disco do James Blunt, de uma forma geral. Soa bem, as letras bem escritas, é calminho.
Mas há uma música, em particular, que mucho me encanta .
Chama-se 'I really want you' e não me canso de a ouvir.

«I really want you to really want me but I really don't know if you can do that.
I know you want to know what's right but I know it's so hard for you to do that.
And time's running out as often it does and often dictates that you can't do that.
But fate can't break this feeling inside that's burning up through my veins.
I really want you.
I really want you.
I really want you - now.
No matter what I say or do, the message isn't getting through,
And you're listening to the sound of my breaking heart.»

Catita, hã?

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Hot just like your oven

Algo que ao longo dos últimos meses me tem deitado um bocadinho a baixo significa, desta vez, que amanhã começo a tomar os (assim o espero) mágicos comprimidinhos que estimulam a evolução.
Nem de propósito, enquanto escrevo isto, o Ben Harper está aqui a cantar-me ao ouvido uma musiquinha que dá pelo nome de "Sexual Healing"... Diz ele (traduzindo) que está "quente como o meu forno" [ahahahahah]. E mais. "Let's make love tonight, 'cause you do it right". Ah, pois é... :-)

Esplanadar?

As pessoas têm a mania de ver sempre o lado negativo das coisas.
Ontem, ao comentar com uma colega o dia lindo que estava, a dita respondeu-me "vamos pagar isto bem caro, no Verão".
Desculpa?...
Estou-me perfeitamente a borrifar para isso neste momento.
Está um dia lindo e isso é tudo o que me importa hoje. OK?...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Às vezes tenho dúvidas

O que será que sente um jornalista que, durante um directo de televisão, entrevista o cabecilha de uma manifestação que lhe diz que a criança que faleceu em Anadia à porta do hospital foi, e cito, "vítima da política do governo"?
O que é que impede o dito jornalista de cortar a palavra ao entrevista, de contra-argumentar, de o impedir de prosseguir aquele raciocínio colocando, no mínimo, uma pergunta, como "dispõe de elementos que possam justificar essa afirmação?".
A mim, aqueles segundos de televisão provocaram-me náuseas.
Revolveu-se-me o estômago e mudei de canal.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Não, obrigada

Gostava que me explicassem [na realidade não gostava, é só uma força de expressão]por que raio haveríamos de ter que dizer 'sim' ou 'não' à assinatura do tratado de Lisboa através de um referendo.
Já relativamente ao referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez tive dúvidas que, aliás, expressei aqui.
Mas neste caso tenho a certeza: fazer o referendo seria um erro.
Em primeiro lugar porque para alguma coisa elegemos os deputados que estão na Assembleia da República. Conferimos-lhes autoridade para decidir, em nosso nome, boa?... Ao votarmos, certo?...
Em segundo lugar porque toda a gente sabe que os portugueses votam cada vez menos nas eleições e quanto à participação nos referendos então sabe Deus... Ninguém lá ia pôr os pés! Ninguém ia votar!
Ninguém sabe o que diz o tratado de Lisboa e, pior, ninguém quer saber. E ninguém se ia dar ao trabalho de saber para votar no referendo.
Gastava-se dinheiro, perdia-se tempo e o referendo acabaria por não ser vinculativo.
É por isto que dispenso bem o referendo. Este e outros.
Experimentassem referendar a lei do tabaco, para verem...
Já que falo nisso, e sem querer parecer obcecada, ouvi hoje da manhã [mas não quis acreditar]uma notícia que dava conta de que a DGS teria sugerido que os estabelecimentos para fumadores fossem inspeccionados pela ASAE de forma prioritária. Porra, começa a ser de mais.
Qual é a ideia?
Para além de serem poucos os cafés/restaurantes que permitem fumar, querem o quê? Que o ar esteja tão limpo nos locais para fumadores como naqueles onde não se fuma?
Quer dizer, calminha!
Falta pouco para instalarem na cabeça de cada fumador um exaustor portátil.
O meu marido lembrou-se outro dia, a propósito da lei, de uma coisa que nos aconteceu em Barcelona.
Estávamos na fila para a bilheteira do Museu Picasso (na rua) e atrás de nós estava uma típica família americana. Como a coisa estava demorada, cada um de nós acendeu um cigarro.
Os americanos quase nos fulminaram com os olhos! Começaram a resmungar lá entre eles, reacção que provocou, em mim e no meu marido, uma claríssima postura de desafio e de gozo.
Assim que a fila começou a mover-se, reservaram para aí dois metros de distância relativamente a nós.
Não fosse dar-se o caso de inalarem algum fumo tóxico... Americanos, essa raça...

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Um regalo


É certo que me obriguei a ler o Código de Procedimento Administrativo e o regulamento orgânico da Câmara durante as férias.
É certo que me esfalfei em limpezas e arrumações.
É certo que me submeti à minha primeira ecografia endovaginal [é uma coisa muito simples mas o nome assusta, eu sei].
Mas em compensação aproveitei as noites para, entre outras coisas, me regalar com o Gabriel e com o Mario.
Em relação ao Gabriel: dizer que se gosta dele tornou-se praticamente um lugar comum. Eu gosto porque gosto e não por ter ouvido dizer que é bom. 'Memórias das minhas putas tristes' foi o quarto livro que li dele. Comecei-o ao final da tarde de um dia e acabei-o no dia seguinte.
Em relação ao Mario: com este a minha relação é mais intensa, mais passional. No espaço de um ano, já vou no terceiro dele. Gosto do Gabriel, mas o Mario tem qualquer coisa que me queima. O do momento é 'A Tia Júlia e o Escrevedor'. Estou a lê-lo com a urgência e com o desejo que caracterizam as paixões assolapadas.
'Breath taking'.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Várias coisas

Hora de jantar, televisão ligada, estamos a ver o telejornal. Um intervalo para publicidade e eis que... "a diarreia aparece sempre nas piores alturas".
Não, desculpem, este anúncio é que aparece sempre nas piores alturas. A hora de jantar, por exemplo, é uma péssima altura. Eu, que visualizo tudo, incomodo-me com o facto de ouvir repetida uma dúzia de vezes a palavra 'diarreia' no espaço de 30 segundos, enquanto estou sentada à mesa a jantar. Será porque sou muito esquisitinha?...
Pior, e pior era difícil, começou a acontecer esta semana. No mesmo intervalo do mesmo telejornal. Mas muito mais explícito. Uma gota de sangue que cai dentro dum lavatório. E a seguir um dente. Por favor, poupem-me. Chega a ser obsceno de tão... blharc!
Queria deixar aqui o pedido aos senhores da televisão no sentido de, pelo menos à hora das refeições, não permitirem a emissão de anúncios que explicitamente se refiram - ou exibam imagens - de dejectos ou sangue. Obrigada.
*
Agora para algo completamente diferente.
O sol. Deu o ar de sua graça hoje. Maravilha. Estava a começar a convencer-me que estava de férias em Londres.
*
Só mais uma coisinha.
Aqui há tempos fui fazer uma entrevista a um senhor que me disse, com o maior descaramento, que, mesmo não conhecendo o meu trabalho, estava perfeitamente convencido de que não ia gostar do que eu escrevesse sobre ele. Porque, de uma forma geral, detestava ver-se retratado nas palavras de outros. Respondi-lhe que se tratava de um problema de personalidade que devia tentar resolver e segui a minha vida.
Ontem recebi um e-mail do dito senhor. Que tinha acabado de ler a entrevista e que era obrigado a confessar-se 'agradavelmente surpreendido'. Agradecia, elogiava e dava-me os parabéns.
Pronto.
É por estas e por outras.
Que vale a pena.
E assim se confirma, também, uma das minhas teorias.
A de que não há homens implacáveis.
O que há são mulheres incompetentes.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Férias para...

... above all, para descansar.
Meaning, dormir.
Estou a testar os meus próprios limites, confirmando que é possível, ao longo de uma semana consecutiva, dormir uma média de dez horas por noite.
Não que eu (ou o meu marido ou os meus pais, todos profundos conhecedores da minha capacidade de dormir horas seguidas, sem acordar nem para ir à casa-de-banho), tivesse grandes dúvidas a este respeito, mas, enfim, é sempre bom obter uma confirmação científica.
Férias também para operar radicais arrumações/limpezas em determinados sectores do meu lar, a saber, o meu próprio guarda-vestidos (guardava vestidos e muitas outras coisas absolutamente inúteis, devo frisar), a cozinha, incluindo armários e esse inexplorado universo chamado 'marquise' e, last but not least, os armários da casa-de-banho.
Devo dizer que a tarefa está praticamente concluída (bastaram dois dias e meio...) e que na ressaca posso tirar diversas conclusões, úteis, quem sabe, para o futuro, nomeadamente:
a) é possível acumular, ao longo de apenas dois anos e meio de casamento, uma absurda quantidade de, vamos lá, objectos inúteis;
b) tenho gasto demasiado dinheiro a comprar objectos, vamos lá, inúteis;
c) ninguém, nem mesmo eu, necessita de possuir uma obscena quantidade de malas, sobretudo se, como é o caso, utilizar, no dia-a-dia, invariavelmente, duas: uma castanha; uma preta;
d) não vou precisar de adquirir, nos meses, quem sabe anos, mais próximos, qualquer par de sapatos;
e) já no que respeita a botas, bem...;
f) existem determinados produtos alimentares que não devo mesmo voltar a adquirir porque cá em casa eles vão acabar por ficar fora de prazo. Aqui incluo puré de batata instantâneo e hamburgueres vegetarianos (?!);
g) descongelar um congelador é uma coisa que não deve ser feita com a frequência que indicam os manuais. A cozinha fica inundada, é chato, dá trabalho e obriga a ter de o esvaziar para depois o voltar a encher. Uma vez por ano é mais que suficiente;
h) finalmente, ponderar, muito mas muito bem mesmo, qualquer compra feita com base nos argumentos 'ai que barato' / 'ai que giro'. 'Giro' is not good enough. 'Barato' acaba por ir parar ao caixote do lixo. De ora em diante não me contentarei por nada menos de 'breath taking'. E vou aplicar esta regra a todos as áreas da minha vida.
Conclusões à parte, estas arrumações têm sido muito terapêuticas, estou bastante arejadinha e quase pronta para enfrentar a legislação autárquica que prometi a mim mesma estudar durante as férias. É que vem aí concurso para a função pública e a malta quer entrar!
Por outro lado, depois de amanhã temos a nossa primeira consulta de infertilidade, pela qual estou ansiosa. Enquanto o dia não chega, estou a pensar pesquisar na internet sobre os apoios que o Estado concede a casais que necessitam de tratamentos para a infertilidade. Os seguros de saúde não cobrem, essa já eu sei. E nos hospitais públicos de Lisboa a lista de espera para a primeira consulta é de um singelo ano. Doze mesinhos. Só.
Entretanto amanhã vou à Fnac, porque férias sem engolir um ou dois livrinhos não são férias. E diz que a Fnac é no shopping. E diz que no shopping há saldos. 'Breath taking'...

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Perfeito, perfeito...

Uma de que o meu ipod me ensinou a gostar.
E que é perfeita para o dia de hoje.

«A noite vem às vezes tão perdida
E quase nada parece bater certo
Há qualquer coisa em nós inquieta e ferida
E tudo o que era fundo fica perto

Nem sempre o chão da alma é seguro
Nem sempre o tempo cura qualquer dor
E o sabor a fim do mar que vem do escuro
É tantas vezes o que resta do calor

Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

Trocamos as palavras mais escondidas
Que só a noite arranca sem doer
Seremos cúmplices o resto da vida
Ou talvez só até amanhecer
Fica tão fácil entregar a alma
A quem nos traga um sopro do deserto
Olhar onde a distância nunca acalma
Esperando o que vier de peito aberto

Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho»

Mafalda Veiga, Cúmplices

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Aqui pode-se


Esforcei-me por manter a calma, mas esta história da lei do tabaco agora começa mesmo a enervar-me.
As notícias que davam conta do facto de o presidente da ASAE ter sido fotografado a fumar uma cigarrilha na noite de ano novo, já depois da meia-noite, revelam jornalismo de alto nível, hã?... sim senhor...
Até porque toda a gente sabe, ou devia saber, que dentro do Casino não vigoram as leis da República, mas sim 'Ho's laws'. Aquilo é um território à parte. Uma espécie de região autónoma.
Tenho para mim que há por aí um grande número de pessoas a retirar um prazer muito especial desta perseguição aos fumadores. Que tal se experimentassem trocar uns fluidos corporais com outra pessoa?... Ou com várias?... É todo um outro nível de prazer que, admito, desconhecem, mas altamente recomendável. Deviam experimentar.
O café onde habitualmente vou, de manhã, com um grupo de amigas, não permite fumar. Vai daí hoje, pela manhã, fomos à procura de um que permitisse. Acontece que não há. Apesar do frio, sentámo-nos numa esplanada. Tinham acabado os cafés de poisar em cima da mesa quando o céu começou a desabar em cima de nós. Águinha, iupi!... Duas das minhas amigas, que já tinham acendido o cigarro, apagaram-no à pressa e fugimos todas para dentro do café, onde 'no se puede'.
Mesmo com chuva, e com vento, havia pessoas à porta, debaixo do toldo, a fumar. Pareciam (parecemos) criminosos, a fazer algo de muito mau e proibido, às escondidas. Isto não está assim lá muito certo. Ficámos danadas, mesmo. Viemos fumar aqui à porta do edifício, sujeitas aos comentários jocosos dos colegas não fumadores.
Isto está mesmo a começar a enervar-me. E eu até já só fumo quatro cigarros por dia.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

:-)

Só para que conste, a Cristina Candeias já fez saber que 2008 vai ser um ano em grande para os signos de Terra e que sendo Capricórnio o rei dos signos de Terra, 2008 vai ser um ano estupendo para os capricornianos.
Posto isto, no segundo dia do ano já toda eu sou optimismo, toda eu sou pensamento positivo, toda eu sou sorrisos.
Eu e o a. fizémos um acordo, reduzimos drasticamente o número de cigarros fumados por dia, deixámos de fumar dentro de casa e estamos esperançados de que isso não o faça engordar muito, a ele, e me ajude, a mim, a engordar, vá lá, um quilo por mês, durante nove meses... :-)
    follow me on Twitter