segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Querias...

Estou de férias.Bem, é só uma semana. Um daqueles períodos de férias que costumo tirar sem motivo nenhum em particular. São férias do ano passado, tinha de gozá-las de qualquer forma. E gosto de passar assim uns dias em casa, em alturas improváveis, porque apesar de estar toda a gente a trabalhar, permite-me fazer coisas que me dão gozo.
Tipo perceber a que nível de imbecilidade já chegaram os programas da manhã da nossa televisão. Saltei da cama tarde (iupi!) mas ainda a tempo de constatar que o do Canal 1 continua a ser, de longe, o melhor, quando comparado com os da SIC e da TVI.
Se bem que, tenho de reconhecer isto, detive-me na SIC enquanto a apresentadora falava com o João Ferreira e com aquele amigo ex-toxicodependente, aquele da reportagem "Agonia", que escreveu um livro onde relata a sua experiência com as drogas e o processo de desintoxicação.
Lembro-me de ter visto a reportagem, vi depois o "Perdidos e Achados", que recuperou o caso, e comovi-me até às lágrimas. Pronto, chorei compulsivamente é a expressão certa.
É certo que tenho muita dificuldade em controlar as lágrimas, mas isso não significa que chore por tudo e por nada...
É certo que chorei no final do episódio de ontem da "Anatomia de Grey", mas, bolas, isso é perfeitamente compreensível... A Meredith tinha descoberto que o Dr. McDreamy (ou McBrasa, na tradução portuguesa...) era casado. Sentiu-se péssima, ainda mais depois de conhecer a mulher dele, também médica. No final do episódio descobre-se que, afinal, a adúltera era ela, que o tinha enganado, imagine-se, com o melhor amigo. Só depois disso é que ele se envolveu com a Meredith.
Pior: a Dra. Grey confrontou o McDreamy, perguntando-lhe "afinal, para que é que eu servi?", ao que ele responde, cretinamente, "só te posso dizer que foste uma lufada de ar fresco". Dito isto, ela diz-lhe que isso não chega, vira costas e vai-se embora. BUUUÁÁÁÁÁÁÁ!!!
O pensamento final do episódio gira em torno dos procedimentos cirúrgicos, com a Dra. Grey a reflectir sobre coisas como pensar cada vez mais como um cirurgião fará de nós melhores cirurgiões (ou qualquer coisa do género), sobre a frieza do corta e sotura aplicado à cirurgia... tudo com duplos sentidos, já se vê...
Por isso é que eu nunca poderia ser médica. A minha racionalidade exacerbada mascara um excessivo sentimentalismo e uma vez vencidas as defesas revela-se uma carne fraquinha, fraquinha, que um pequeno golpe pode fazer sangrar durante... séculos...
A semana passada foi turbulenta. Ando por aqui a recolher os destroços. Das fragilidades expostas.
Já devia saber que a garganta é o meu calcanhar de Aquiles. Um bocadinho mais fragilizada e PIMBA! toma lá com uma valente dor de garganta e uma constipação para ver se percebes de que terra és!
Ao meu estado de demência provocado pelas dores e pelas drogas juntou-se a ausência do meu marido que desde segunda-feira está fora. Regressa amanhã, se Deus quiser, a tempo de me apanhar quase saudável, mas ainda na ressaca.
Dormi mal quase todos os dias da semana passada. Já sabia que isto aconteceria porque é normal ter noites mais atribuladas sempre que ele dorme fora.
Reflecti com uma amiga sobre a importância da experiência de viver sozinho, depois de sair da casa dos pais e antes de nos casarmos.
Concluímos que ideal seria que todos tivéssemos essa oportunidade, que certamente faria de nós pessoas diferentes.
O meu marido viveu sozinho (e acompanhado também, mas isso não vem ao caso...) antes de casarmos. Fartou-se. É natural. Entre viver sozinho e viver comigo... qual é a dúvida?!?!
Eu não. Não vivi sozinha. E depois de uma semana sozinha em casa, chego à conclusão que isto tem vagamente piada porque sabemos que não dura para sempre. Mais ou menos como quando os pais iam de férias. Grande festa e tal, mas porquê? Porque era por pouco tempo e, no máximo, duas ou três vezes por ano. Permitia-nos fazer coisas que não faríamos na sua presença mas deixava de ter graça ao fim de duas semanas.
De regresso à minha constipação. Abatida, cansada (com péssima cara, na opinião da minha Mãe), comecei a tentar recompor-me ontem, porque feridas abertas não são nada a minha cara. Pelo menos não agora. A pessoa que sou hoje (a pessoa que quero ser com 30 anos) não alimenta o negativismo. NÃO!
Se baixo as minha "defesas emocionais", tenho de estar preparada para levar pancada. Pensavas o quê? Que te ias safar sem uma ou duas "nódoas negras sentimentais"? (ah, grande Palma, sempre uma palavra...).
O que não nos mata torna-nos mais fortes. Todas as experiências nos ensinam alguma coisa. E fazem de nós, certamente, melhores pessoas. Por isso, sacudo o pó da roupa e agarro na arma que melhor me defende de tudo. O sorriso. Esse já cá mora. :)
Quando, em cima de tudo isto, ligo o rádio do carro e saem de lá de dentro as Pussycat Dolls, maravilha, 'bora lá dar ao pézinho!!!

Ok
Yeahh
Oh, we about to get it just a lil hot and sweaty in this mu' (Baby)
Ladies let's go
Soldiers let's go (Dolls)
Let me talk to y'all and just you know
Give you a little situation... listen (Follows)

Pussycat Dolls
Ya see this shit get hot
Everytime I come through when I step up in the spot (I'm Waiting)
Make the place sizzle like a summertime cookout
Prowl for the best chick
Yes I'm on the lookout (Last dance)
Slow bangin shorty like a belly dancer with it
Smell good, pretty skin (Uh baby) so gangsta with it
No tricks only diamonds under my sleeve
Gimme tha number
But make sure you call before you leave

I know you like me (I know you like me)
I know you do (I know you do)
That's why whenever I come around
She's all over you
I know you want it (I know you want it)
It's easy to see(It's easy to see)
And in the back of your mind
I know you should be on with me

Don't cha wish your girlfriend was hot like me?
Don't cha wish your girlfriend was a freak like me?
Don't cha
Don't cha
Don't cha wish your girlfriend was wrong like me?
Don't cha wish your girlfriend was fun like me?
Don't cha
Don't cha

Fight the feeling (Fight the feeling)
Leave it alone(Leave it alone)
Cause if it ain't love
It just aint enough to leave my happy home
Let's keep it friendly (Let's keep it friendly)
You have to play fair (You have to play fair)
See I don't care
But I know She ain't gonna wanna share

Don't cha wish your girlfriend was hot like me? (Oh)
Don't cha wish your girlfriend was a freak like me? (Like me)
Don't cha (Don't cha baby)
Don't cha (Alright say)
Don't cha wish your girlfriend was wrong like me? (wrong)
Don't cha wish your girlfriend was fun like me? (play fair)
Don't cha
Don't cha

Ok, I see how it's goin' down
Seems like shorty wanna little menage pop off or somethin, let's go
Well let me get straight to it
Every broad wan watch a nigga when I come through it
It's the god almighty, lookin all brand new
If shorty wanna jump in my ass then vanjewish
Lookin at me all like she really wanna do it
Tryna put it on me till my balls black an blueish
Ya wanna play wit ah play a girl then play on
Strip out the channel
And leave the lingerie on
Watch me and I'mma watch you at the same time
Lookin at ya wan break my back
You the very reason why I keep a pack ah the Magnum
An wit the wagon hit chu in the back of tha magnum
For the record, don't think it was somethin you did
Shorty all on me cuz it's hard to resist the kid
I got a idea that's dope for y'all
As y'all could get so I could hit the both of y'all

I know she loves you (I know she loves you)
So I understand(I understand)
I'd probably be just as crazy about you
If you were my own man
Maybe next lifetime (Maybe next lifetime)
Possibly (Possibly)
Until then old friend
Your secret is safe with me

Don't cha wish your girlfriend was hot like me? (Oh)
Don't cha wish your girlfriend was a freak like me? (Like me)
Don't cha (Don't cha baby)
Don't cha (Alright say)
Don't cha wish your girlfriend was wrong like me? (wrong)
Don't cha wish your girlfriend was fun like me? (play fair)
Don't cha
Don't cha

Don't cha, Pussycat Dools

2 comentários:

Totoia disse...

Estava a comentar com a minha colega de trabalho que tenho muitas coisas em comum contigo.

Quando li este post tive de me rir, apesar de ser um dos textos mais tristes que já li escritos por ti.

Passo a explicar, adoro ver a Anatomia de Grey e tb me comovi com esse diálogo no domingo.

Odeio qd o meu namorado vai para fora, não consigo dormir. Vivi um ano sozinha antes de ir viver com ele, adorei, foram tempos inesqueciveis, mas não voltava atrás, gosto ainda mais de viver acompanhada.

O meu calcanhar de Aquiles tb é a garganta e quando fico doente sou um caco autêntico e preciso imenso de mimos.

Anima-te pq amanhã tudo vai estar melhor!

nica disse...

Mesmo vindas de alguém que só conheço da blogosfera, foram palavras que me reconfortaram imenso!
Já tinha reparado, que tínhamos coisas em comum!
Obrigada por leres com tanta atenção, por comentares e, já agora, pelas simpáticas palavras.
Um beijinho e até breve! :)

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