terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Travessuras da Menina Má

E pronto, já cá estamos, em 2007. Vai ser um ano fantástico. Esta foi a minha resolução de ano novo. Fazer deste ano um ano fantástico.
Começou bem, lá em casa. Para não destoar em relação ao Natal, permiti-me comer e beber tudo o que me apetecia, o que, certamente, vai resultar num ou dois quilinhos a mais... Nada que me tire o sono. Já comecei a beber água em quantidades industriais e, se vir o caso mal parado, até chá verde marcha!
Passadas as festas, é tempo de regressar em força ao trabalho (não que eu tenha estado de férias...) e ao corre-corre do quotidiano, mas tudo bem, como ouvi dizer ontem na televisão a um jovem brasileiro, o que é preciso é "saúde e paz, o resto a gente corre atrás!".
Nestes dias entre o Natal e o ano novo é costume agarrar-me cheia de vontade aos livros que me oferecem. O primeiro a sair do saco foi "Travessuras da Menina Má", do Mario Vargas Llosa.
Foi o primeiro que li dele. Li, não, devorei é o verbo certo, porque o livro derreteu-se nas minhas mãos entre a noite de Natal e a noite de ano novo.
Não sei se é do meu coração mole, mas foi um dos livros mais bonitos e intensos que já li. Uma história de amor maravilhosa, mas não feliz. Passei metade do livro a acreditar que podia ter um final feliz, mas a dada altura convenci-me de que isso não ia acontecer. O que me fez saborear ainda mais os momentos felizes daquela relação estranhíssima entre o "Ricardito" e a "menina má", precisamente por estar certa de que aquilo não ia acabar bem.
E daí, talvez tenha acabado bem. Talvez não pudesse, ou não devesse, acabar de outra forma. Fartei-me de chorar e de rir com o livro. Não me canso de dizer, que história lindíssima. Cada encontro e cada desencontro fazem perfeito sentido no todo da história, que se resume a um amor avassalador de um homem a uma mulher de mil caras que lhe diz, a dada altura, que nunca lhe vai dizer que o ama, mesmo que venha a amá-lo um dia. Ela trata-o tão mal, tão mal, mas nunca, em nenhum momento, deixei de torcer para que ficassem juntos, porque os momentos de felicidade que partilham são tão intensos que só é possível torcer para que ele continue a aceitá-la de volta, mesmo depois de ela o fazer sofrer imenso...
Adorei. Era mesmo o livro que eu precisava de ler. Acho que foi mesmo a melhor escolha, para primeiro livro dos meus 30 anos.
Obrigada ao meu amorosíssimo marido, que foi quem mo ofereceu, e que às vezes também tem de aturar as neuras de uma menina má...

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