As atenções voltam-se esta semana para o referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez e, em particular, para o teor da pergunta a colocar aos portugueses.
Não tenho quaisquer dúvidas sobre o meu voto, em referendo. A minha posição é claramente a favor, vou votar sim, e nem sinto necessidade de me justificar a esse respeito.
Se ainda não me sinto convencida em relação a alguma coisa, essa coisa é a necessidade de referendar esta matéria. A este repeito não tenho certezas. Mas parece-me, a mim, que o parlamento podia, talvez devesse, decidir a este respeito. Afinal fazem-no, relativamente a outras matérias, que afectam directamente a vida de milhões de portugueses, certamente mais do que os que alguma vez se verão confrontados com a questão da IVG.
O argumento da «consciência» de cada um também não me convence. Alterada a lei, caso o "sim" vença, permanecerá sendo uma questão de consciência, uma questão pessoal.
Perturba-me a ideia de assistir (outra vez) a uma campanha eleitoral a este respeito. Porque não vai ser uma campanha de esclarecimento. Vai ser um esgrimir de argumentos, sempre defendidos por quem não é imparcial, por quem luta pela defesa de uma ou outra posição. E a manipulação será inevitável. ´
É por isso que ainda não estou convencida relativamente à necessidade do referendo.
terça-feira, 17 de outubro de 2006
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